Tipos de fundos de investimentos

  • 02/10/2018
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tipos de fundos de investimentos

Os fundos de investimentos são aplicações financeiras, onde o dinheiro de diversas pessoas é gerido de forma comum, fazendo com que eles sejam comparados a condomínios, em que esse patrimônio é dividido em cotas. Os fundos de investimentos permitem que o investidor tenha acesso a diversos ativos com um investimento inicial relativamente baixo, facilitando a diversificação da carteira. Vamos apresentar a seguir os tipos de fundos de investimentos:

Tipos de fundos de investimentos

Existem diversos tipos de fundos de investimentos. Eles são classificados de acordo com a composição da carteira. Neste artigo explicaremos os seguintes tipos de fundos de investimento:

Fundos de investimento em renda fixa

Fundos de renda fixa devem aplicar pelo menos 80% dos seus recursos em ativos relacionados à variação da taxa de juros ou índice de preços (inflação). Os fundos de renda fixa remuneram conforme o andamento de indexadores, que são os índices que servem de referência para o mercado financeiro, como é o caso da taxa SELIC ou do CDI.

São ideais tanto para quem está começando a investir como investidores mais sofisticados. Eles podem ser fundos de baixo risco e alta previsibilidade, neste caso sendo os fundos mais adequados para o curto prazo devido à sua baixa volatilidade.

É possível também investir em fundos com estratégias ativas atrelados a índices prefixados ou de inflação, buscando ganhos expressivos em determinados cenários.

Fundos de investimento em ações

Um fundo de ações deve possuir no mínimo 67% do patrimônio líquido em ações puras ou ativos relacionados, como: bônus de subscrição, cotas de fundos de ações e BDR’s – Brazilian Depositary Receipts.

Os recursos que excederem 67% poderão ser aplicados em quaisquer outras modalidades de ativos financeiros.

O investimento em fundos de ações traz mais riscos e volatilidade que a renda fixa, no entanto aumenta também o rendimento potencial da carteira e costuma fazer sentido no longo prazo.

Existem fundos com diversas estratégias que se baseiam em análise fundamentalista e técnica. A diversidade nas estratégias é positiva, pois possibilita que o investidor encontre a que mais faz sentido para si.

Fundos de investimento multimercado

Fundos Multimercados são fundos que tem liberdade para operar nas mais diversas classes de ativo. Nesse tipo de fundo, os cotistas dão liberdade ao gestor para que obtenha rentabilidade aonde estiverem as oportunidades, sem as amarras de um fundo de uma classe específica de ativo.

Devido a essa liberdade, esses fundos costumam ser altamente versáteis e muitas vezes se beneficiam de períodos de alta volatilidade no mercado.

As características dos Fundos Multimercado fazem deles um tipo de fundo muito interessante para as mais diversas carteiras. A possibilidade de exposição em diversos mercados faz com que o fundo seja diversificado e descorrelacionado de outros tipos de fundos. No entanto, esses fundos são especialmente impactados por eventos de cauda.

Fundos imobiliários

Fundos imobiliários investem principalmente em ativos imobiliários ou em ativos que tenham lastro em ativos imobiliários. Os fundos imobiliários são negociados na Bolsa de Valores e, por isso, passam por um processo de Oferta Pública Inicial, ou IPO, assim como acontece com as ações.

No IPO de um fundo imobiliário geralmente constam os ativos que o gestor busca comprar com a oferta.

Os fundos imobiliários são uma opção de renda variável alternativa ao investimento em ações. Eles possuem uma dinâmica diferente, sendo mais líquido e versátil que o investimento diretamente em imóveis, porém com um risco específico maior do que o investimento em ações.

Fundos de índice: ETF’s – Exchange Traded Funds

ETF’s são fundos de índices que possuem cotas negociadas em bolsa de valores, assim como os fundos imobiliários. Estes fundos buscam acompanhar a performance de um determinado índice, portanto, sua carteira costuma replicar os ativos inseridos neste índice.

Estes fundos podem ser atrativos em alguns casos específicos. Por possuírem uma gestão passiva, eles costumam ter uma taxa de administração mais baixa.

Fundos de ativos no exterior

Um fundo de investimento no exterior é um fundo cujo principal fator de risco esteja relacionado ao comportamento de ativos no exterior. Segundo classificação da ANBIMA, isso significa que eles devem ter no mínimo 40% do patrimônio do fundo investido em ativos no exterior, apesar de geralmente a sua exposição ser maior do que isso.

Fundos no exterior podem investir em ativos de um país específico ou investir em diversos países ao mesmo tempo. Esse tipo de fundo pode também optar por investir em renda fixa, renda variável, ou ainda em outros ativos, de acordo com o interesse do gestor.

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Fundos cambiais

Um fundo cambial é um fundo de investimento que aplica pelo menos 80% do seu patrimônio em ativos relacionados direta ou indiretamente a uma moeda estrangeira. Esse investimento costuma ser realizado na forma de derivativos, como por exemplo swaps cambiais.

São fundos com uma gestão principalmente passiva. Eles acompanham o comportamento de uma ou mais moedas em relação ao real. Esses fundos fazem sentido em três situações principais:

  • Despesas previstas em moeda estrangeira, sejam elas a viagem de uma família ou pagamentos de uma empresa;
  • Diversificação de uma carteira de investimentos, tendo em vista a baixa correlação do comportamento das moedas em relação aos ativos locais;
  • Especulação com o comportamento de uma moeda em relação ao real.

Fundos de investimento em direitos creditórios – FIDCs

Os FIDCs são fundos que investem no mínimo 50% do seu patrimônio em direitos creditórios. Os direitos creditórios, por sua vez, são provenientes de créditos que uma empresa tem a receber, como duplicatas, aluguéis, cheques, pagamentos de cartão de crédito, entre outras possibilidades.

São fundos de baixa volatilidade e alto rendimento, o que faz deles bastante atraentes a um primeiro olhar. Apesar disso, eles são fundos de baixa liquidez e alto risco de crédito, por isso apenas investidores qualificados podem acessar esse tipo de fundo. A análise desse tipo de fundo deve ir além da rentabilidade e volatilidade, incluindo também indicadores como o índice de subordinação, grau de perda, grau de recompra, entre outros.

Fundos de investimento em participações

Os FIPs são fundos de renda variável que investem em empresas. Enquanto os fundos de ações investem em empresas de capital aberto, a maioria dos FIPs investem em empresas de capital fechado, ou seja, que não são negociadas na Bolsa de Valores.

Eles investem principalmente em Private Equity. Esse tipo de investimento tem baixa correlação com outras estratégias de investimento e também um grande potencial de valorização. Apesar disso, os riscos desse tipo de investimento também são enormes, portanto uma extensa análise prévia é essencial.

Fundos de ativos distressed

Ativos Distressed são ativos depreciados, emitidos por uma companhia que está à beira da falência ou que já passou por ela. Estes ativos, que podem ser ações ou dívidas, são negociados com valores muito descontados devido ao enorme risco de continuidade da empresa em questão. Um fundo de ativos distressed busca uma reestruturação da empresa para que então haja uma posterior venda.

Esses ativos possuem um grande risco atrelado, mas são comprados a um preço tão descontado que a relação risco/retorno do ativo pode fazer sentido. Esses são fundos com alto potencial de valorização, no entanto é necessário que o gestor tenha grande capacidade nesse tipo de estratégia para que o investimento faça sentido.

Conclusão

Entender os diferentes tipos de fundos de investimentos e como são elaboradas as estratégias de cada um, é essencial para o investidor. Através dessa análise é possível definir quais estratégias mais se adequam à carteira de investimentos de cada um. A aplicação em fundos com diferentes estratégias de investimento é extremamente importante para uma boa diversificação da carteira, diminuindo a correlação e os riscos da mesma.

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