2021 está chegando ao fim e, certamente, foi mais um período marcante no cenário econômico e no mercado financeiro.
No começo do ano, a expectativa era de um tempo de retomada econômica e social completa com o fim da pandemia da Covid-19, mas, na prática, o que aconteceu foi mais um ano de idas e vindas.
Confira a retrospectiva do cenário econômico de 2021 feita pela ParMais e relembre os principais fatos desse período.
No Brasil, o ano foi marcado pela lentidão no processo de vacinação no primeiro semestre do ano e pela imensa adesão popular à vacina no segundo semestre. No começo do ano, a expectativa do mercado era por uma retomada completa da economia e das atividades sociais em geral.
Contudo, o que aconteceu foi que a demora para chegar as vacinas contra a Covid-19 acarretou em uma nova onda fortíssima e muito mais letal que a vista em 2020. Entre março e abril deste ano, foram registradas mais de três mil mortes diárias por conta da doença, o que fez com que restrições à circulação fossem implementadas.
A partir dos meses de maio e junho, contudo, a vacinação acelerou e contou com alta adesão local. Atualmente, mais de 77% da população tomou a sua primeira dose e mais de 65% estão com a segunda dose da vacina. Isso levando em conta que ainda não existem imunizantes aprovados para menores de 12 anos. Além disso, a dose de reforço já chega a quase 10% de adesão.
Na economia, o efeito da contaminação no primeiro semestre foi forte – especialmente nos setores de varejo e serviços – e o PIB (Produto Interno Bruto) também foi afetado. A expectativa, de acordo com o relatório Focus divulgado no dia 6 de dezembro de 2021, é de avanço na economia de 4,71%, variação inferior à estimada pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) em relação a outras nações sul-americanas, como Chile, Peru e Colômbia.
Também pesou na economia brasileira o avanço da inflação, muito acima da meta elaborada pelo Banco Central, cujo centro é de 3,75% ao ano. A expectativa, também de acordo com o relatório Focus, é de avanço nos preços na casa de 10,18% neste ano. Esse movimento acarretou em forte alta na taxa básica de juros, a Selic, que fechou o ano em 9,25% ao ano, seu maior patamar desde 2017.
Outro fator que impactou a inflação foi a crise hídrica. O Brasil tem como sua principal matriz energética as usinas hidrelétricas e, com a escassez de água, foi preciso ligar usinas termelétricas, que produzem energia a um custo mais alto, o que impactou no preço da conta de luz de todas as pessoas. Sobre a crise hídrica, atualmente o risco de um apagão segue mais distante, mas ainda é monitorado pelo mercado. Fora isso, o avanço no preço internacional do petróleo também trouxe altas nos preços dos combustíveis.
No cenário político, 2021 também foi turbulento, com tensões entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O ápice dessa crise aconteceu no final do mês de agosto e início de setembro, com um desfile promovido pela Marinha na praça dos Três Poderes e críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal) em manifestações no dia 7 de setembro. A crise foi apaziguada após o feriado nacional, com carta pública escrita pelo Presidente Bolsonaro.
Já no final do ano, os ânimos do mercado se agitaram com a decisão do governo de aprovar um novo programa social, chamado Auxílio Brasil. Esse programa, somado a outros gastos, fez com que o teto fiscal fosse descumprido e a solução do Estado foi propor a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) dos Precatórios, que vem passando por longa tramitação nas casas legislativas.
O campo internacional também foi marcado pela questão da Covid-19. Nos EUA, por exemplo, apesar de a vacinação ter começado com muito mais velocidade em relação ao Brasil, a adesão estacionou na casa dos 60%.
Na Europa, o percentual de pessoas vacinadas também é semelhante. Essa questão fez com que os países desenvolvidos passassem por um intenso movimento de “abre e fecha” da circulação de pessoas. Na China, por sua vez, a política de tolerância zero fez com que vários lockdowns tenham sido decretados ao menor sinal da doença, o que trouxe impactos na cadeia global de suprimentos.
Adicionalmente, um dos grandes fatos que marcaram esse ano foi a posse do presidente americano Joe Biden, que já foi marcada por turbulência ainda antes do mandato do democrata, com a invasão no Capitólio perpetrada no dia 6 de janeiro.
Em seu primeiro ano no poder, Biden – apesar de ter se diferenciado de seu antecessor na retórica – manteve boa parte da plataforma política internacional de Trump, em especial o forte antagonismo com a China. Outro destaque foi a atrapalhada retirada de tropas americanas após 20 anos de presença no Afeganistão, que culminou com a volta do Talibã ao poder.
Ainda no cenário político, outro grande destaque foi a saída de Angela Merkel do comando da Alemanha. Após 16 anos no poder, a chanceler saiu do Bundestag e, agora, é sucedida por Olaf Scholz que, apesar de ser de outro partido, o SPD de centro-esquerda, já foi vice-chanceler e ministro das finanças de Merkel.
Já na economia, o grande destaque foi com a retomada econômica global, que acarretou em um cenário também de inflação generalizada e, no caso dos EUA, no início da redução de estímulos monetários (também conhecido como tapering) a partir do mês de novembro.
Como pudemos ver na retrospectiva do cenário econômico feita pela ParMais, 2021 foi marcado por idas e vindas.
O ano começou com lentidão no processo de vacinação no Brasil, mas a partir dos meses de maio e junho a vacinação acelerou e contou com alta adesão local.
Na economia, o efeito da Covid-19 no primeiro semestre foi forte – especialmente nos setores de varejo e serviços – e até o PIB (Produto Interno Bruto) foi afetado.
O avanço da inflação também pesou na economia brasileira, assim como a crise hídrica que afetou praticamente o país inteiro.
No cenário político, o ano foi turbulento, com tensões entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e com a decisão do governo de aprovar um novo programa social, chamado Auxílio Brasil.
No cenário internacional, a questão da Covid-19 também foi destaque, além da posse do presidente Joe Biden nos EUA, a saída de Angela Merkel do comando da Alemanha e a retomada econômica global, que acarretou em um cenário de inflação generalizada.
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