Finanças comportamentais: o que são e como driblar as armadilhas?

  • 18/01/2022
Página inicial - Blog - Finanças comportamentais: o que são e como driblar as armadilhas?

As finanças comportamentais estão ligadas à irracionalidade do investidor na hora de tomar decisões. Ou seja, elas dizem respeito ao comportamento das pessoas em tomar decisões baseadas apenas na emoção, deixando a razão de lado quando o assunto é dinheiro. 

Entenda neste artigo o que são finanças comportamentais, conheça alguns comportamentos corriqueiros dos investidores e saiba como driblar as armadilhas. 

O que são finanças comportamentais?

O conceito de finanças comportamentais está ligado ao comportamento e ao processo de tomada de decisão do ser humano em situações de risco e nas escolhas relacionadas ao dinheiro. 

Nas finanças tradicionais, o objetivo é mostrar para as pessoas como gastar menos dinheiro do que ela ganha e os caminhos para poupar para o futuro. 

Já as finanças comportamentais estudam as influências cognitivas, emocionais e sociais no comportamento econômico das pessoas e buscam entender o motivo pelo qual algo simples, como gastar menos dinheiro do que ganha, não é realizado pela maioria. Resumidamente, é como a razão e a emoção influenciam nas suas decisões relacionadas a dinheiro.

Razão e emoção

Em todos os momentos das nossas vidas precisamos fazer escolhas. Elas podem ser decisões simples, como o horário que pretendemos acordar pela manhã, ou decisões que podem mudar o rumo da vida, como casar ou ter filhos. 

Ao precisar tomar uma decisão, podemos usar a razão ou a emoção. 

A emoção geralmente nos faz agir por impulso, pensando no prazer que teremos naquele momento.

Já a razão costuma nos manter alertas e nos faz pensar nas consequências da decisão que estamos prestes a tomar.

Quando o assunto é dinheiro, os comportamentos apresentados também são impulsionados pela razão e emoção. Veja alguns desses comportamentos:

Aversão ao risco

É comum optarmos por investimentos mais seguros, abrindo mão de um retorno maior. Isso acontece porque somos avesso às perdas e pouco propenso aos riscos. E isso, geralmente, se deve ao fato de que as perdas financeiras impactam mais do que os ganhos.

Ou seja, o nível de satisfação proporcionado por um ganho é menor do que o descontentamento provocado por uma perda de igual montante.

Decisões míopes

As decisões míopes ou “efeito disposição” acontecem geralmente quando enxergamos somente um aspecto e evitamos outros pontos de vista ou opiniões contrárias, porque fogem do que queremos acreditar.

Por exemplo, quando fizemos uma compra parcelada por impulso, temos uma sensação de felicidade pelo ganho, mas esquecemos de avaliar o impacto dessas parcelas nos meses seguintes.

Segurança a qualquer custo

Esse comportamento está relacionado ao fato de que, quando nos deparamos com uma possibilidade de perda, fazemos de tudo para evitá-la. Porém, quando há possibilidade de ganhos, preferimos ficar com o que é “certo” do que arriscar um pouco para ter ganhos maiores.

Excesso de confiança

Aqui, os investidores costumam atribuir a si os resultados positivos de suas ações e atribuir o que deu de errado a fatores externos, não considerando as informações disponíveis e nem as consequências. 

Efeito manada

Também chamado de “Maria vai com as outras”, provavelmente esse é um dos comportamentos mais conhecidos e ocorre quando as pessoas realizam uma ação, principalmente porque outras estão fazendo, independentemente da sua vontade individual. Quando o assunto é finanças, o primeiro pensamento é: “melhor perder com os outros do que perder sozinho”.

Não conseguir poupar

Muitas pessoas não têm o hábito de economizar para o futuro e isso geralmente acontece porque elas priorizam o consumo no presente. Ou seja, acreditam que é melhor garantir o prazer no presente do que pensar em uma eventual escassez no futuro. 

O que fazer para não cair nas armadilhas das finanças comportamentais?

Todas essas armadilhas mentais estão ligadas a comportamentos corriqueiros, feitos muitas vezes por impulso ou por hábito. 

O primeiro passo para não cair nessas armadilhas é praticar o desapego e aceitar os erros. 

Importante também é criar o hábito de estabelecer objetivos de curto, médio e longo prazos, pois ajuda na hora de racionalizar e focar nas prioridades. 
Além disso, antes de tomar uma decisão, pesquise e estude para entender se o que você está prestes a fazer é a melhor opção e se existe uma razão plausível para o comportamento.

Avalie sempre com cuidado todos os riscos envolvidos e verifique se é, de fato, a melhor opção para você e para suas finanças.

Conclusão

Entender sobre finanças comportamentais é muito importante para conseguir racionalizar quando é preciso tomar alguma decisão financeira. Dessa forma, você consegue deixar as emoções de lado e evita as decisões irracionais. 

Todas essas armadilhas mentais estão ligadas a comportamentos corriqueiros que temos e que podem levar a pessoa a agir por impulso e prejudicar o dia a dia, as finanças e os investimentos. 

A série vieses fala sobre esses comportamentos e mostra mais exemplos de como driblá-los. Clique no botão abaixo e veja mais detalhes!

Nossos artigos