Os melhores fundos de investimentos de 2020

Este artigo mostra os melhores fundos de investimentos de 2020, levando em conta dados e também os eventos inesperados que aconteceram ao longo do ano que passou. Os selecionados estão no radar de avaliação da ParMais e atendem aos critérios de avaliação dos nossos especialistas.

Eventos improváveis

O ano de 2020 foi marcado por eventos imprevisíveis, os chamados “eventos de cauda”. Na estatística, consideramos que a maioria das coisas ocorrem dentro de uma curva de probabilidades e que os eventos imprevistos são aqueles que ficam nas pontas das caudas, pois são os que têm menor chance de ocorrer. A pandemia que enfrentamos pode ser considerada um desses “evento de cauda” que desencadeou uma série de outros eventos improváveis.

Os meses de março e abril foram muito intensos nos mercados, com previsões catastróficas e sensação de ruptura na economia global, o que motivou algumas reações exacerbadas de governos e bancos centrais.

A taxa Selic chegou ao seu menor patamar histórico de 2%. A inflação, que também era estruturalmente baixa, ficou alguns meses negativa e fechou o primeiro semestre muito próxima a zero.

Por causa da necessidade de liquidez, os fundos de renda fixa DI tiveram volatilidade e reportaram prejuízos pela primeira vez na história. O barril de petróleo chegou a ser negociado a preços negativos, pois como não havia capacidade de estocagem, os investidores pagavam para alguém ficar com os barris. Talvez esse tenha sido o cúmulo dos eventos inimagináveis.

Com o passar do ano, os estímulos monetários e os programas de manutenção de emprego e crédito foram dando resultado. Porém, pudemos ver mudanças significativas no cotidiano das pessoas, principalmente na necessidade de consumo e na forma de consumir. Enquanto alguns setores, como lazer, turismo e serviços continuavam fechados, outros setores, como alimentos, aluguéis de temporada e materiais de construção tiveram uma demanda inesperada.

Com isso, para a economia, o resultado final acabou não sendo tão ruim quanto se imaginava no início. O humor começou a melhorar significativamente no fim do ano com a entrega do resultado das vacinas e o início das campanhas de vacinação. O que também trouxe um ânimo adicional aos tomadores de risco foi a eleição de Joe Biden, pois a esperança é que o governo Democrata tenha menos ruídos para a economia mundial, com expectativa positiva para os países emergentes. No Brasil, 2020 trouxe uma série de problemas políticos e decisões contestáveis nos três poderes.

Considerando esse cenário, preparamos uma lista com os melhores fundos de investimentos de 2020.

Critérios de escolha

Os melhores foram selecionados a partir da base de fundos aprovados pelo comitê de investimentos da ParMais. Eles foram escolhidos respeitando os seguintes critérios:

• Fundos com PL – Patrimônio Líquido – maior que R$ 50 milhões;
• Foram considerados apenas fundos não exclusivos;
• Fundos “master” foram desconsiderados, ou seja, fundos que apenas recebem investimentos de outros fundos de investimentos foram deixados de lado;
• A aplicação mínima inicial é menor ou igual a R$100.000;
• Foram escolhidos os três fundos com maior retorno em 2020 por classe.

O motivo de realizarmos essas restrições justifica-se pelo fato de que não faz sentido apresentarmos fundos que não são acessíveis ao investidor pessoa física, por isso, foram retirados fundos exclusivos, destinados a investidores qualificados ou que, por exemplo, possuem aplicação mínima inicial muito elevada.

Após um esse filtro inicial, listamos os melhores fundos de investimento em termos de risco/retorno, classificando-os pelas seguintes categorias: renda fixa pós-fixada; multimercado e ações.

De forma simplificada, segue um resumo da composição da carteira de cada um desses fundos de investimento:

• Fundo de ações: deve ter ao menos, 67% de seu patrimônio aplicado em ações, bônus de subscrição, certificados de depósitos de ações, cotas de fundos de ações e de fundos de índices e BDRs níveis II e III;
• Fundo multimercado: aqui não há uma regra definida, mesmo porque o gestor tem liberdade para investir em vários ativos na carteira, como renda fixa, câmbio, ações, derivativos, etc.;
• Fundo de renda fixa: no mínimo 80% da carteira em ativos relacionados à variação da taxa de juros, de índice de preços ou ambos.

Fundos de Renda Fixa Pós-Fixada

Em um ano de eventos imprevisíveis, a renda fixa não ficou de fora. Os fundos DI, que contém crédito privado em suas carteiras, apresentaram volatilidade nunca vista anteriormente. E nem o Tesouro SELIC ficou de fora. Com a taxa de juros nos níveis atuais, até mesmo o tesouro (e consequentemente os fundos que investem exclusivamente em títulos públicos) tiveram seus meses negativos.

Os que melhor performaram foram os que possuíam em carteira ativos atrelados à inflação, visto o fechamento da curva ao longo do ano.

Fundos Multimercado

Os gestores de Multimercado tiveram um ano difícil, de grandes desafios. Mudanças de cenários e a imprevisibilidade exigiu atenção extrema dos gestores. No fim, os resultados foram positivos, especialmente para os fundos que possuem carteiras mais diversificadas e que atuam também no exterior.

Fundos de Ações

Após sofrer as maiores quedas históricas e ter o maior número de Circuit Breakers (concentrados em um período próximo de um mês), o Ibovespa fechou o ano aos 119.017 com uma alta de 2,92%.

Não houve uma regra para determinar a melhor performance nessa classe de ativos. Enquanto alguns obtiveram bons resultados por estarem mais protegidos durante a crise, outros ganharam com ativos no exterior ou ainda fazendo uma boa escolha de papéis em meio a retomada vista a partir do segundo semestre.

Conclusão

Listamos neste artigo os fundos de investimentos com melhor performance em 2020. Classificamos eles em três categorias: renda fixa, multimercado e ações.

Vale lembrar que investir em fundos é uma forma de ter acesso a diversos ativos, beneficiando-se da diversificação, mesmo sem precisar desembolsar valores elevados.

Por fim, outro ponto importante é a alocação dos ativos. Apesar dos fundos de investimento aplicarem em diversos produtos financeiros, eles são categorizados em classes. Por isso, o investidor precisa diversificar sua carteira entre fundos de investimento de classes diferentes.

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