Índices Econômicos – O que são e como influenciam na economia?

  • 09/07/2021
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Tendo ou não investimentos financeiros, diariamente você se depara com situações da vida cotidiana em que são utilizados índices econômicos.

Se você trabalha com carteira assinada (CLT), seu salário provavelmente será reajustado pelo INPC. Se paga ou recebe aluguel, tem a incidência do IGP-M. Se você investe, provavelmente tem algum investimento atrelado ao CDI.

Neste artigo, vamos explicar o que são índices econômicos, mostrar os principais e explicar a função deles na economia.

O que são índices econômicos?

Os índices econômicos são estatísticas que permitem fazer uma análise do desempenho econômico de determinada área da economia – como a taxa de desemprego, as médias salariais e a inflação – e também fazer previsões de desempenho futuro.

Calculados periodicamente por agências governamentais ou pela iniciativa privada, os índices econômicos são usados para avaliar o mercado financeiro e a situação financeira do país.

Principais índices econômicos

Os índices econômicos servem de referência para o governo, empresários e investidores, pois permitem diversas análises e auxiliam na tomada de decisões e na construção de boas estratégias para os investimentos.

Listamos abaixo os índices econômicos mais importantes e a função de cada um na economia:

Selic

A Taxa Selic – Sistema Especial de Liquidação e Custódia – é a taxa básica de juros da economia brasileira e é um dos principais instrumentos de política econômica do Banco Central para controle da inflação.

É a Selic que regula todos os juros praticados pelo mercado, tanto para investimentos quanto para financiamentos.

Além disso, a Selic é o indexador do Tesouro Selic, título de menor volatilidade e risco do Tesouro Direto.
A meta para a Selic é determinada nas reuniões do Comitê de Política Monetária (COPOM).

CDI

O CDI – Certificado de Depósito Interbancário – é um dos principais indexadores da renda fixa no Brasil e também um benchmark, ou seja, uma referência para comparar rentabilidades.

Eles são títulos emitidos entre instituições financeiras com o objetivo de “emprestar” dinheiro para os bancos que acabaram o dia no negativo.

Funciona da seguinte forma: ao final de um dia bancário normal, um determinado banco pode ter recebido mais depósitos que saques, enquanto outro banco recebeu mais saques do que depósitos. O banco que arrecadou mais empresta o seu dinheiro para o outro banco, recebendo em troca este certificado. A remuneração desses certificados é o CDI.

Apesar do CDI ser acessível apenas para instituições financeiras, ele é o principal indexador de produtos como CDBs, LCIs, LCAs, debêntures e diversos outros.

O CDI é calculado diariamente pela CETIP – Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados – empresa que compõe a B3 e funciona como câmara de registro e liquidação de títulos privados. A variação do CDI acompanha a taxa Selic.

TR

A TR – Taxa Referencial, é um indicador que serve de modelo para outras taxas do mercado financeiro.
Quando criada, a Taxa Referencial (TR) serviu como ferramenta para desindexar a economia dos índices de inflação.

Atualmente, ela é utilizada principalmente para corrigir financiamentos habitacionais e para compor a rentabilidade da poupança, do FGTS e de títulos de capitalização. A TR é calculada pelo Banco Central.

IPCA

O IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – é o indicador oficial de inflação para o Brasil. Ou seja, é com base nele que são estabelecidas as metas de inflação a serem cumpridas pelo Banco Central.

Ele representa a variação de preços de uma cesta de produtos de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos e vivem na região metropolitana de 16 capitais brasileiras.

O IPCA, além de ser utilizado no reajuste de diversos contratos atrelados à inflação, remunera também a maioria dos ativos financeiros atrelados à inflação, sendo o principal deles o Tesouro IPCA (antiga NTN-B). Ele é calculado pelo IBGE.

INPC

O INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor – também é um índice de inflação.

Ele foi criado com o objetivo de proteger o poder de compra dos salários da população do Brasil e, desde então, tem seu principal uso no reajuste dos salários em geral.

A sua abrangência é igual a do IPCA em termos geográficos, no entanto, ele busca representar a variação de preços de uma cesta de produtos de famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos. Ele também é calculado pelo IBGE.

IGP-M

O IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado – também é um índice de inflação, porém, ele é independente, tendo em vista que não é calculado por um órgão governamental, mas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O seu intuito é calcular a variação de preços no Brasil englobando as diferentes atividades e etapas distintas do processo produtivo.

Devido às suas características, o IGP-M funciona também como um indicador mensal do nível de atividade econômica no Brasil. Ele é composto pelo IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e INCC (Índice Nacional de Custos da Construção).

Ele é usado principalmente como um indexador de contratos, entre eles, os de aluguéis, imóveis, energia elétrica, entre outros.

Ibovespa

O Ibovespa é o principal índice da B3 – a bolsa de valores do Brasil – e serve como indicador do comportamento das ações das empresas do Brasil.

Ele tem uma metodologia própria de ponderação e consiste na variação do preço de mercado de uma carteira teórica com as principais ações negociadas na B3.

Ele é o principal índice de referência da renda variável no Brasil e é calculado pela B3.

PIB

O PIB – Produto Interno Bruto – é o total de bens e serviços finais produzidos em uma determinada economia durante um período determinado de tempo.

A variação do PIB anual ou trimestral do Brasil é um dos principais índices de atividade econômica do país e é utilizado em diversos estudos macroeconômicos para avaliação da saúde financeira do país. O PIB é calculado pelo IBGE.

Conclusão

Calculados periodicamente por agências governamentais ou pela iniciativa privada, os índices econômicos fazem parte do dia a dia da população e são muito importantes para acompanhar o mercado financeiro e fazer previsões de desempenho futuro.

Eles servem de referência, pois com eles, é possível realizar análises e construir boas estratégias de investimentos, além de auxiliar na tomada de decisões.

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