INPC é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor e é calculado pelo IBGE desde setembro de 1979. Este índice foi criado com o intuito de proteger o poder de compra dos salários da população brasileira, sendo o índice mais usado desde então nos dissídios e reajustes salariais em geral.
O INPC é rebalanceado de tempos em tempos para refletir os hábitos de consumo e o custo de vida de famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, residentes de áreas urbanas. Devido ao seu escopo, estima-se que o índice abrange aproximadamente 50% da população brasileira.
O INPC é calculado a partir dos IPC (Índices de Preços ao Consumidor) de 16 capitais brasileiras. Cada cidade tem um peso proporcional para o cálculo do INPC, sendo que São Paulo representa aproximadamente 25% do índice nacional.
As cidades que compõe atualmente o cálculo do INPC são:
Essas 3 últimas cidades passaram a fazer parte do índice a partir de junho de 2018 e fazem parte do esforço do IBGE de estender a abrangência do INPC ao Brasil todo. É interessante notar que as cestas mudam de acordo com os hábitos regionais das famílias. Em São Luís e Rio Branco, por exemplo, o preço dos peixes curimatã e tambaqui compõe o IPCA, enquanto em outras cidades não faz parte da cesta.
O INPC é calculado fazendo uma ponderação de uma cesta bem extensa de produtos que fazem parte do consumo médio das famílias que citamos anteriormente. Quanto maior for o consumo de um grupo específico de produtos, maior é o peso dele no índice. Segue abaixo uma tabela do peso de cada grupo de itens na composição do INPC.
Tipo de Gasto | Peso do Gasto |
---|---|
Alimentação e bebidas | 29,92% |
Habitação | 18,02% |
Transportes | 16,08% |
Saúde e cuidados pessoais | 10,22% |
Despesas pessoais | 7,52% |
Vestuário | 7,20% |
Artigos de residência | 4,71% |
Educação | 3,18% |
Comunicação | 3,15% |
Cada tipo de gastos é dividido em 3 níveis de subgrupos, sendo o menor deles os itens da cesta em si. Os itens são agrupados da seguinte forma:
O grupo com maior representatividade no INPC é o de alimentos e bebidas, representando quase 30% do índice. Apesar disso, o item individual com maior peso no INPC é o “aluguel residencial”, representando 5,29% do INPC. Outros itens de grande representatividade no INPC são os gastos com “ônibus urbano, refeição, energia elétrica residencial e gasolina”. Qualquer um desses itens sozinhos representa mais do que todos os itens agrupados como “educação” ou “comunicação”, por exemplo.
Mês/ano | Índice do mês | Índice acumulado no ano |
---|---|---|
Out/2018 | 0,40% | 3,5482% |
Set/2018 | 0,30% | 3,1357% |
Ago/2018 | 0,00% | 2,8272% |
Jul/2018 | 0,25% | 2,8272% |
Jun/2018 | 1,43% | 2,5708% |
Mai/2018 | 0,43% | 1,1247% |
Abr/2018 | 0,21% | 0,6917% |
Mar/2018 | 0,07% | 0,4807% |
Fev/2018 | 0,18% | 0,4104% |
Jan/2018 | 0,23% | 0,2300% |
Dez/2017 | 0,26% | 2,0669% |
Nov/2017 | 0,18% | 1,8022% |
Out/2017 | 0,37% | 1,6193% |
No que diz respeito a investimentos, o INPC não é mais utilizado como indexador de nenhum título do governo. Apesar disso, ele serve de referência, por exemplo, para várias metas atuariais de fundos de previdência complementar, sendo o indexador mais comum para esses fundos.
No mercado de títulos privados também é possível encontrar títulos indexados ao INPC, apesar de serem menos comuns que os títulos indexados ao IPCA. Alguns títulos de crédito privado que usam o INPC como indexador das suas taxas pós-fixadas são as debêntures, FIDCs, CRIs, entre outros.
O INPC é um índice de inflação que serve para medir a variação do poder de compra da população brasileira. A sua metodologia de cálculo é feita para que ele represente principalmente as famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos, residentes em áreas urbanas. A sua utilização principal se dá nos dissídios e reajustes salariais. Ele é usado também como indexador para alguns ativos de renda fixa, no entanto é menos comum que o IPCA.
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