Qual o melhor investimento de curto prazo?

  • 30/03/2017
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 Investimento de curto prazo

Todo mundo, mesmo quem diga não ter objetivos financeiros, deveria ter pelo menos um em especial: formar a reserva de segurança. Ou seja, ter uma economia em um investimento de curto prazo que alie rentabilidade justa e liquidez. Por isso, este artigo mostra o que você deve levar em conta ao fazer esse tipo de investimento de curto prazo e quais os produtos financeiros mais comuns para essa finalidade, suas características, taxas e particularidades.

Faça uma simulação de quanto você precisa ter na sua reserva de segurança.

Como escolher o melhor investimento de curto prazo?

Antes de saber qual o melhor investimento de curto prazo, é imprescindível definir os seus objetivos financeiros para o curto, médio e longo prazo.
Em geral, para avaliar qual o melhor investimento de curto prazo, deve-se analisar os seguintes aspectos:

  • Liquidez: quando eu solicitar o resgate do investimento, em quanto tempo ele entrará na minha conta?
  • Carência: qual é o tempo mínimo que devo deixar meu dinheiro investido no produto?
  • Tributação: qual será a tributação se eu resgatar o valor investido na data que eu precisar?
  • Risco: qual é a volatilidade do investimento? Até quanto posso ganhar (ou perder)? O investimento possui algum tipo de garantia como o FGC ou Tesouro Nacional?
  • Rentabilidade: a rentabilidade é fixa? Há alguma previsibilidade?

Para um investimento de curto prazo o investidor não pode correr risco de forma alguma, portanto excluem-se os fundos multimercados, fundos e títulos vinculados à inflação e ações. Sendo assim, uma das melhores opções acaba sendo investimentos pós-fixados indexados ao CDI. Nessa linha, entre os produtos financeiros mais indicados para um investimento de curto prazo estão:

  • Tesouro Selic: título público que varia conforme as oscilações no CDI;
  • CDB pós-fixado: título privado oferecidos pelos bancos e que também segue o CDI;
  • LCI/LCA pós-fixadas: letras de crédito emitidas por instituições financeiras e isentas de imposto de renda. As pós-fixadas são atreladas ao CDI;
  • Fundos de Renda Fixa pós-fixados: investem em diversos produtos como títulos públicos, CDB, LCA, LCI, debêntures, entre outros, facilitando para o investidor. Porém, é preciso cuidar com a taxa de administração.

Dentro dessas opções, o ideal é procurar aplicações nas instituições financeiras em que você possui conta, incluindo bancos e corretoras de valores, e então buscar informações sobre rentabilidade, fazer comparações, e lembrar de incluir os custos envolvidos em cada uma delas (imposto de renda, taxa de administração, taxa de custódia, entre outros).

Normalmente, encontram-se produtos com maior rentabilidade em gestoras independentes e corretoras de valores, sem ligação com grandes bancos, pois elas distribuem fundos de vários dos melhores gestores do país e títulos de renda fixa de bancos menores (CDB, LCI, LCA…), com rendimentos mais elevados. Alia-se isso ao fato de que elas possuem taxas baixas (ou nenhuma) em comparação às corretoras ligadas aos bancos, e oferecem um bom leque de produtos financeiros.

Na prática: simulando investimentos de curto prazo

Para ficar mais claro, simulamos alguns dos investimentos mais utilizadas no curto prazo e suas características. Para simular, consideramos o resgate da aplicação em 1 ano, fazendo um investimento de R$ 100.000:

  • Títulos Públicos: aqui, o investidor empresta dinheiro para o Governo Federal. Ultimamente essa modalidade de investimento em títulos públicos, via Tesouro Direto, está cada vez mais comum. Há alguns tipos, como os títulos prefixados, atrelados à inflação e os pós-fixados. Aqui, vamos focar no título pós-fixado, conhecido como Tesouro Selic (antes chamado de LFT), pois é mais coerente para objetivos de curto prazo.

Veja o abaixo o resultado da simulação feita diretamente no site da calculadora do Tesouro Direto, considerando uma taxa de administração da corretora de 0,25% a.a.: Investimento de curto prazo
O site do Tesouro Direto possui um ranking das instituições financeiras em que é possível investir em título públicos, relacionando as instituições que cobram menos taxas. Acesse o link aqui.

  • CDB: é um investimento muito conhecido, e se trata basicamente de um empréstimo feito pelo investidor ao Banco. Pode ser pós ou prefixado, e exigir uma carência mínima. Utilizamos, no exemplo, um produto pós-fixado, com rentabilidade de 110% do CDI, e resgate de no mínimo de 1 ano de carência:Investimento de curto prazo
  • LCI/LCA: outro tipo de investimento comum, semelhante ao CDB. A diferença é que a LCI é um título de crédito lastreados por créditos imobiliários, e a LCA são títulos lastreados por créditos do agronegócio. A grande vantagem destes produtos é a isenção de IR, porém, sempre deve-se fazer as contas e comparar com outros investimentos tributáveis, para ter certeza se realmente vale a pena:Investimento de curto prazo
  • Fundo de Investimento de grande banco: fundos são investimentos onde o gestor responsável, seleciona os produtos que vão compor a carteira. Normalmente seguem a tabela regressiva de IR (com exceção dos fundos de ações, onde a tributação é fixa em 15%), e possuem outros custos como taxa de administração. Abaixo um exemplo de um fundo de investimento de renda fixa, utilizado para objetivos de curto prazo, por possuir liquidez imediata e por ser pós-fixado:

Investimento de curto prazo

Este é o fundo BB Renda Fixa Referenciado DI, ele possui uma alta taxa de administração (2% ao ano). Para clientes do segmento alta renda, um fundo com as mesmas características é disponibilizado a uma taxa de 1% ao ano – o BB Referenciado DI Plus Estilo. Esses dois fundos investem todo seu patrimônio em um outro fundo, chamado de “master”. Neste exemplo, o fundo master investe basicamente só em títulos públicos do tipo Tesouro SELIC, uma aplicação já citada neste artigo e que o investidor poderia fazer diretamente.

Dos exemplos citados, a melhor opção, considerando as características ideais para um investimento de curto prazo, foi o CDB de um banco médio, contratado para render 112% do CDI, com vencimento de um ano. Além disso, como o valor de R$ 100.000 é bem abaixo do limite do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), de R$ 250.000, mesmo se o banco onde foi investido esse dinheiro quebrasse, o valor estaria garantido!

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Conclusão

A grande questão ao fazer um investimento de curto prazo é conseguir aliar rentabilidade, segurança, liquidez e carência de forma alinhada ao objetivo de curto prazo que você tiver. Realmente, para quem está no início da vida financeira ou mesmo nunca teve como se aprofundar no assunto (seja por falta de disponibilidade ou de vontade), parece complexo, mas, aos poucos, tudo faz sentido.

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