Completamos um ano de pandemia no Brasil e neste período, pudemos perceber algumas mudanças de comportamento e de hábitos das pessoas, que tiveram que se adequar à nova realidade e repensar atitudes.
Talvez o ano que passou tenha sido um dos mais desafiadores que já enfrentamos. Por isso, reunimos neste artigo algumas mudanças que aconteceram neste primeiro ano de pandemia no Brasil.
A primeira atitude da maioria das pessoas com o início da pandemia no Brasil foi reduzir o orçamento doméstico e também mudar os hábitos de consumo. Quem gastava bastante com lazer e restaurantes aos finais de semana, começou a fazer compras nos supermercados e deliverys. Serviços que antes eram contratados – como salão de beleza, faxina e afins – passaram a ser realizados pelas próprias pessoas.
O orçamento que antes era reservado para viagens, acabou indo para outros objetivos, como trocar de carro e reformar a casa. Com isso, as pessoas começaram a investir mais em bens do que em serviços.
Outra percepção que a pandemia no Brasil nos trouxe foi o aumento da preocupação com a reserva de emergência. As pessoas perceberam que uma reserva de emergência bem elaborada traz tranquilidade em momentos de crise. Para quem ainda não tinha, a reserva se tornou prioridade.
As pessoas começaram a se planejar e tomar atitudes pautadas mais na racionalidade do que no emocional. Questionamentos como “eu realmente preciso disso?” ficaram mais recorrentes antes de comprar qualquer coisa durante a pandemia.
Saiba mais: Como a razão e a emoção influenciam na tomada de decisões
Com o início da pandemia no Brasil, percebemos que a primeira reação das pessoas foi diminuir os gastos e montar uma reserva de emergência, afinal, a situação era complicada e o futuro incerto. O receio inicial era de ter a renda impactada e perder o emprego.
Nos meses iniciais, as pessoas diminuíram muito os gastos com lazer – também devido às medidas restritivas – mas com o passar do tempo, esses gastos foram voltando para o orçamento das famílias e vimos também o aumento de gastos pela sensação de “eu mereço”.
Nos investimentos, as primeiras sensações foram medo e incerteza, mas logo a reação inicial refletiu em mudança de hábitos, pois as pessoas começaram a procurar por ativos mais diversificados e estão tomando mais riscos.
No início da pandemia no Brasil, o mercado se mostrou bastante sensível por causa da imprevisibilidade dos fatos e do cenário pandêmico inédito. Isso causou muita volatilidade e aversão ao risco.
O mercado teve grandes quedas no início da pandemia, recuperando posições ao longo de 2020. As incertezas quanto à capacidade de recuperação da economia mundial persistem até hoje, principalmente no Brasil.
Qualquer mudança de cenário faz com que o mercado movimente suas posições entre classes de ativos diferentes e provoque bastante volatilidade.
Aqui no Brasil, o cenário de juros baixos acabou com o tripé estabilidade, rentabilidade e liquidez nos investimentos. Até mesmo os investimentos mais estáveis tiveram momentos de variação negativa.
Dessa forma, os investidores brasileiros começaram a conviver com a volatilidade e aumentar a exposição ao risco na carteira de investimentos
Os estímulos fiscais no início da pandemia continuam, mas as medidas compensatórias são incertas até o momento, levando o mercado a ter ainda mais incerteza quanto ao futuro fiscal do país. Além disso, o descontrole da pandemia e o ritmo lento de vacinação devem impactar negativamente o PIB (Produto Interno Bruto) para o 2º trimestre de 2021, tanto que o mercado já atualizou suas projeções de crescimento para baixo.
As pressões inflacionárias em torno de insumos para a atividade produtiva sustentam a taxa em alta do IPA (Índice de Preços por Atacado). Além disso, grandes commodities agrícolas e industriais seguem registrando aumento e impulsionando a inflação ao produtor.
O ajuste dos preços no combustível levou ao aumento de 10% na gasolina e 15% no Diesel, piorando as previsões dos economistas com inflação acima da meta final deste ano.
As commodities seguem com valorização persistente e devem voltar a registrar aumento no primeiro trimestre de 2021, o que pode impulsionar o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Se no início o mercado se perguntava em qual trade-off – economia ou vida – o governo iria focar seus esforços, ficou claro nesses últimos tempos que não houve escolha, o Brasil caminha para cerca de três mil mortes por dia e com uma economia fragilizada.
Após um ano de pandemia no Brasil, pudemos perceber algumas mudanças das pessoas em relação aos hábitos de consumo e com os orçamentos. Os objetivos foram se adequando à nova realidade e as pessoas passaram a gastar mais com bens do que com serviços.
A pandemia também trouxe a preocupação com a reserva de emergência e as mudanças de cenário causaram bastante volatilidade. No Brasil, o cenário de juros baixos acabou com o tripé estabilidade, rentabilidade e liquidez nos investimentos, fazendo com que os investidores aumentassem a exposição ao risco na carteira de investimentos.
O mercado ficou mais sensível a tudo. Seja pelo medo – no início – até as movimentações mais contundentes depois que o mercado foi inundado com dinheiro dos bancos centrais para estimular a economia. As incertezas quanto à capacidade de recuperação da economia persistem até hoje, principalmente no Brasil.
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