Os impactos da pandemia nas bolsas de valores

  • 01/06/2021
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Que a Covid-19 impactou diretamente a nossa saúde, hábitos e comportamentos não é mistério para ninguém. Mas, você já parou para pensar quais foram os impactos da pandemia nas bolsas do mundo?

Neste artigo, vamos fazer um comparativo entre as ondas de contágio do novo Coronavírus com o comportamento das bolsas nos períodos.

Início da pandemia

No início, as previsões de impactos da pandemia nas bolsas eram catastróficas. Haviam poucos dados disponíveis e as previsões projetavam quedas imensas na atividade econômica e sérias consequências para a sociedade.

As bolsas do mundo todo sofreram as quedas mais rápidas e contundentes da história. A bolsa brasileira, por exemplo, em poucas semanas acumulou queda de 40% sendo que, apenas em um dia, chegou a cair quase 20%.

Mas os governos e bancos centrais mostraram-se atentos, com injeção de dinheiro na economia e apoiando pessoas e empresas a atravessar a crise com os menores impactos possíveis.

Impactos da pandemia nas bolsas

Desde o início da pandemia, diversos centros passaram por mais de uma onda de contágio, por isso, vamos mostrar em números qual foi o impacto no mercado financeiro, principalmente no Brasil e nos Estados Unidos.

Utilizando os dados de casos confirmados deste link, podemos perceber que as ondas de contágio foram:

Brasil

  • Entre julho e setembro de 2020
  • Entre fevereiro e abril de 2021

Estados Unidos

  • Entre junho e agosto de 2020
  • Entre dezembro e janeiro de 2021

É importante observar que optamos por analisar as informações referentes ao Brasil e aos Estados Unidos pelo fato de que os países da União Europeia passaram por ondas de contágio em períodos distintos dos mencionados, o que dificulta a comparação.

Além disso, no Brasil e nos EUA também foram percebidos outros picos de contágio, porém, como forma de comparação, iremos utilizar apenas os períodos citados acima.

Os índices utilizados para a pesquisa foram: Ibovespa, S&P 500 e Dow Jones.

Ibovespa

Os gráficos nos mostram que, tirando o início da pandemia, as outras ondas de contágio – tanto nos EUA quanto no Brasil – não geraram impactos significativos no Ibovespa.

Entre julho e setembro de 2020, podemos analisar uma queda na bolsa brasileira, mas outros fatores, além da segunda onda, foram fundamentais para isso. No período, as dificuldades brasileiras eram em torno do problema fiscal, com um grupo grande em busca de dinheiro e a equipe econômica tentando segurar os gastos.

Já entre fevereiro e abril de 2021, a queda foi influenciada por fatores como o resultado do PIB, a desvalorização do real frente a outras moedas, além de outros fatores socioeconômicos.

Dow Jones

No início da primeira onda nos Estados Unidos, houve uma queda no índice Dow Jones, mas com recuperação quase imediata, o que não gerou grandes mudanças na economia do país.

Acredita-se que, com a experiência em crises de anos anteriores, os bancos centrais conseguiram reagir de forma contundente, fazendo os mercados financeiros se recuperarem de forma rápida, se antecipando aos fatos.

Já na segunda onda, o índice teve uma ligeira ascensão, mas no geral, manteve-se estável.

S&P 500

O índice S&P 500, diferente do Dow Jones, teve suas variações relacionadas ao cenário americano, com as eleições presidenciais e a tensão política do país.

As ondas de contágio da Covid-19 não geraram grandes impactos no mercado, mantendo-se estável com a sua volatilidade natural.

Saiba mais: Impacto econômico das epidemias mundiais

Conclusão

A pandemia da Covid-19 teve um impacto devastador no cenário social. Milhões de pessoas foram contaminadas, o que nos fez alterar completamente a nossa consciência social e nossos hábitos diários.

Apesar disso, os mercados financeiros não sofreram muitos impactos da pandemia nas bolsas e conseguiram, em sua grande maioria, se reerguer e atingir índices maiores do que antes.

Outras questões também foram responsáveis pelas quedas do período inicial, como por exemplo, a “guerra do petróleo” entre Rússia e Arábia Saudita, a incerteza em relação a como as empresas iriam sobreviver e como isso iria afetar os empregos, o consumo e o crescimento da economia.

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