Radiografia dos Investimentos Brasileiros – ANBIMA

  • 16/01/2019
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radiografia dos investimentos brasileiros

A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), em parceria com a Datafolha, realiza anualmente uma pesquisa para conhecer os hábitos de poupança e de investimento da população brasileira. Essa é uma pesquisa bastante abrangente que analisa como o brasileiro lida com o dinheiro, o seu conhecimento sobre finanças e investimentos, buscando fazer um “Raio X do Investidor Brasileiro”, que aliás é o nome do estudo.

onde o brasileiro investe
*O total é superior a 100% porque os entrevistados podem escolher mais de uma opção aonde investem

Percebemos com esse estudo que grande parte dos brasileiros não investe, e mesmo entre os que investem a gigantesca maioria aplica na poupança. Questionados quanto à razão pela qual não investem, 84% dos entrevistados apontaram a sua condição financeira como a principal razão. O segundo motivo mais citado, por 5% dos entrevistados, foi a insegurança em aplicar em produtos do mercado financeiro.

Veja que a questão da insegurança e aversão a risco é percebida inclusiva entre os brasileiros que investem. De acordo com os dados da pesquisa, a gigantesca maioria dos brasileiros que investem aplicam somente na poupança, priorizando assim a segurança financeira em detrimento de um maior retorno financeiro.

Depois da poupança, as previdências privadas (como PGBL e VGBL) são o segundo tipo de investimento mais popular. Seguido deles temos os fundos de investimento (de todos os tipos, como renda fixa, multimercado, ações, entre outros), títulos privados (como debêntures, CDBs, LCIs, LCAs, entre outros) e títulos do Tesouro Nacional negociados através do Tesouro Direto.

Outro ponto interessante analisado nessa pesquisa diz respeito ao que as pessoas levam em consideração para escolher um produto financeiro.

fator de escolha de investimentos

66% dos investidores apontam os benefícios que a aplicação pode trazer como o maior motivo, no entanto esse percentual cai conforme a renda do investidor aumenta. Em segundo lugar aparece a liquidez do produto, com 59%. A liquidez aparece com destaque entre as faixas etárias mais velhas.

Rentabilidade e riscos aparecem praticamente empatados e os custos e tributação da aplicação são as duas questões menos consideradas na escolha de produtos financeiros.

Conclusão

A conclusão que tiramos desse estudo é que, apesar da condição financeira impedir que vários brasileiros invistam, boa parte dos que conseguem guardar e investir são bastante conservadores nas suas aplicações. Eles prezam principalmente pela segurança financeira e baixo risco, buscando investimentos de alta liquidez.

A pesquisa apontou que, dentre os investimentos conhecidos pelos entrevistados, a poupança aparece em primeiro lugar, citada por 32%. A familiaridade e as características do investimento ajudam a explicar porque ela aparece isoladamente como o investimento mais popular entre os brasileiros.

No entanto, é importante destacar que existem outras aplicações financeiras com tanta liquidez e risco quanto a poupança que remuneram melhor o investidor. Isso reforça a importância de buscar se educar quanto a investimentos e ter o auxílio de uma consultoria de investimentos para ajudar a avaliar as aplicações com a melhor relação de risco/retorno diante do objetivo esperado.

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