Diariamente, lidamos com comportamentos que podem nos levar a desvios de lógica e a tomar decisões irracionais, muitas vezes opostas ao que desejamos ou que tínhamos planejado.
Alguns desses comportamentos são consequências da forma como processamos as informações, ou seja, são atalhos mentais que o cérebro usa para tomar decisões ou fazer julgamentos.
Essa série é baseada em estudos científicos e muita prática do dia a dia. Alguns nomes que utilizamos para descrevê-los são criados por nós mesmos, pois misturamos conceitos, aplicamos na prática e percebemos que funcionam. O objetivo é ajudar as pessoas a se perceberem e melhorarem suas relações com o dinheiro, que é o nosso propósito.
Vamos falar sobre alguns comportamentos que atrapalham as nossas vidas, citar exemplos deles no dia a dia, nas finanças e nos investimentos e também mostrar como driblá-los para conseguir fazer o que é melhor para nós.
Geralmente, tomar uma decisão envolve a razão e a emoção e cada decisão tomada gera uma consequência, que nem sempre é possível prever. Fazemos escolhas e tomamos decisões o tempo todo e o processo para tomar uma decisão pode ser fácil e automático ou pode ser algo difícil e complicado, dependendo da situação.
Porém, é bem comum observarmos pessoas tomando decisões simplistas em situações complexas, baseadas somente na visão superficial. Um bom exemplo disso é quando compramos por impulso.
Annalisa Blando Dal Zotto, CEO da ParMais, fala sobre como as pessoas costumam tomar decisões considerando apenas uma etapa:
Tendemos a tomar decisões considerando somente um aspecto, veja um exemplo clássico que pode representar um mau negócio:
Parar para refletir e racionalizar pode ajudar muito nas nossas decisões financeiras, pessoais e profissionais:
Tenha muita calma quando tiver que tomar uma decisão importante. Procure sempre avaliar a situação como um todo, busque considerar todas as consequências e etapas possíveis antes de fazer a escolha.
Outra armadilha mental que pode afetar a vida e os investimentos é conhecida como “Maria vai com as outras”, que ocorre quando as pessoas realizam uma ação, principalmente porque outras pessoas estão fazendo, independente da sua vontade individual. Este comportamento também é chamado de “efeito manada”.
Na sua essência, o “Maria vai com a outras” é um comportamento irracional e a principal maneira para combater o impulso de agir conforme a maioria é ter disciplina, racionalidade e paciência.
Este é um comportamento extremamente recorrente. Veja:
Na vida e nos investimentos, o efeito manada pode impactar nas decisões e, muitas vezes, prejudicar as escolhas.
Para não acabar sendo uma “Maria vai com as outras” é preciso entender como as coisas funcionam, analisar as informações e refletir:
Antes de tomar uma decisão por influência do grupo, busque pesquisar para conhecer melhor o que está prestes a fazer e veja se realmente existe uma razão plausível para aquele comportamento. Avalie com cuidado os riscos envolvidos e verifique se é, de fato, a melhor opção para você.
Próximo artigo: Armadilhas Mentais – Calculadora mental e não consigo poupar
A calculadora mental se refere a tendência das pessoas em separar seu dinheiro em diferentes categorias, ou “contas mentais”, baseado em critérios completamente subjetivos, como a fonte de recebimento do dinheiro ou a sua intenção de uso.
Já quando as pessoas não conseguem poupar, é porque geralmente priorizam o consumo no presente em vez de economizar para o futuro. Isso acontece porque é muito melhor garantir o prazer presente, do que uma eventual escassez no futuro.
MANUAIS DA NOSSA GESTÃO DE INVESTIMENTOS
© Todos os direitos reservados.
ParMais – Sua referência em gestão patrimonial
CNPJ: 21.719.643/0001-60