10 regras básicas para novos investidores

  • 19/07/2019
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10 regras básicas para novos investidores

Nem mesmo os investidores mais experientes estão livres de cometerem erros em suas aplicações. E para quem está começando a investir, a probabilidade de errar é ainda maior. Por isso, reunimos algumas regras básicas para ajudar os iniciantes, baseadas nos erros mais comuns cometidos por investidores inexperientes.

1. Ausência de um objetivo bem definido

Estabelecer objetivos e metas é algo essencial ao investir. Tendo um objetivo, fica mais fácil resistir à tentação de gastar o dinheiro e economizar para alcançar esse objetivo. Para isso é muito importante estabelecer metas realistas de curto, médio e longo prazo.

Como meta de curto prazo o ideal é algo que você consiga concluir em até dois anos, como juntar o dinheiro para fazer uma viagem ou trocar de carro. Para o médio prazo o ideal é um objetivo que você consiga concluir em até cinco anos, como juntar dinheiro para a faculdade de um filho ou para a realização de um MBA no exterior. Já um objetivo de longo prazo seria aquele que levaria mais de cinco anos para ser concluído, como comprar um imóvel ou juntar dinheiro o suficiente para se aposentar. Se um dos seus objetivos é ter renda quando parar de trabalhar para manter o seu padrão de vida, vale conhecer o nosso simulador “Viver de renda”. Você vai saber quanto precisa investir para ter uma renda extra no futuro.

2. Medo de perder

Em geral, o investidor brasileiro é muito avesso ao risco. Porém, as perdas fazem parte da vida da maioria dos investidores. Saber lidar com elas e transformá-las em aprendizado é fundamental.

No cenário atual, para obter retornos atraentes, é natural tomar um pouco mais de risco nos investimentos. Isso significa que você pode eventualmente perder um pouco de dinheiro em prazos mais curtos, mas isso faz parte do risco e investindo com consciência, no longo prazo, esse risco geralmente compensa.

O importante é ter planejamento e objetivos definidos. Dessa forma, você não se deixa levar pelo medo de perder e não fica preso a investimentos que não são tão bons, podendo aproveitar as oportunidades certas.

Entenda o que é volatilidade e risco, aqui!

3. Excesso de confiança

O outro lado da moeda é o excesso de confiança. Novos investidores podem se empolgar com os bons resultados e o excesso de confiança pode fazer com que eles subestimem os riscos. Não se deixe levar por um retorno atraente de curto prazo e tente medir sempre os riscos adequados ao retorno que você espera.

O ideal é agir com calma, planejando as ações com inteligência e prudência. Escolhas que são feitas por impulso podem se transformar em más escolhas e trazer prejuízos.

4. Imediatismo

A ansiedade e o imediatismo também são inimigos de quem começa a investir. A ideia sempre é a de gerar um bom retorno o mais rápido possível, no entanto, nem sempre ele vem tão rápido quanto se gostaria. Pessoas que querem enriquecer rapidamente acabam perdendo a noção dos riscos e investindo, muitas vezes, em fraudes ou caindo em golpes financeiros. Se a oferta for muito boa, desconfie.

O ideal é sempre analisar os fundamentos e razões que fizeram você escolher um determinado investimento. Por isso, não se deixe levar por uma performance aquém do esperado no curto prazo.

5. Falta de conhecimento sobre o mercado

Conhecer as características e peculiaridades de um determinado investimento é essencial ao investir. Muitas vezes, por dica de alguém ou por ser um ativo “da moda” os investidores colocam o seu dinheiro em ativos cujas peculiaridades e riscos envolvidos ele desconhece (criptomoeda é um ótimo exemplo desse caso). Conhecer a peculiaridade de um determinado investimento, como a sua liquidez, tributação e os fatores de risco é essencial para que não se tenham surpresas desagradáveis no futuro.

6. Não diversificar

A Teoria de Markowitz estabeleceu há muito tempo que diversificar os seus investimentos é uma ótima maneira de reduzir o risco e/ou melhorar o seu retorno esperado. A velha história de que colocar todos os ovos em uma só cesta não é a melhor opção vale perfeitamente nesse caso. Busque não apenas diversificar em ativos diferentes, mas em ativos descorrelacionados, para maximizar o benefício da diversificação.

Para quem está começando a poupar, o ideal é iniciar constituindo uma reserva de emergência, que irá sustentar o padrão de vida da família no caso de acontecimentos imprevistos. Para a reserva de emergência, são priorizados investimentos de renda fixa, com baixo risco e alta liquidez.

7. Ouvir opiniões alheias

Quando o assunto é investimentos, muita gente tem opiniões formadas e “dicas” para passar para quem está começando a investir. Muitas instituições, gerentes de bancos e corretoras podem agir por interesse próprio, movidos por metas e lucros que são mais favoráveis para eles do que para você. Geralmente nesses casos os ganhos e retornos positivos são exaltados enquanto eventuais perdas são deixadas de lado.

É muito importante filtrar bem as informações e ter um olhar crítico ao realizar os seus investimentos. O ideal é buscar conhecimentos sobre o mercado, ser disciplinado e agir com paciência.

8. Ignorar taxas de transações

As taxas, impostos e custos de transações podem acabar diminuindo o retorno do seu investimento. O ideal é minimizá-las sempre que possível. Verifique qual o investimento mais eficiente e sempre considere as taxas envolvidas na transação. Confira aqui o que é taxa nominal e taxa real de juros?

9. Fazer parte do efeito manada

O Efeito Manada ocorre quando vários investidores passam a investir de uma determinada maneira porque outros investidores estão fazendo o mesmo. Ele ocorre pelo medo do investidor de “perder sozinho” ou “ficar pra trás” nos seus investimentos. Nessas situações, evite agir emocionalmente, pois o efeito manada costuma agir contra os investidores. Encarar o senso comum e não perder os seus objetivos de vista costuma trazer melhores resultados do que seguir o efeito manada.

10. Não consultar um especialista

A melhor maneira de evitar erros ao investir é com a ajuda de um especialista, que tenha os seus interesses como prioridade. Uma das vantagens do especialista em investimentos é que ele não tem vínculos emocionais com as suas aplicações e consegue ver com mais nitidez os riscos e as oportunidades de cada investimento.

Ter alguém com experiência e focado na sua carteira costuma trazer ótimos resultados, tendo em vista que investir não é uma tarefa fácil e trivial, pois exige um bom conhecimento técnico e atualizações constantes. Muitas vezes é mais simples e vale a pena transferir a gestão do seu patrimônio para um profissional experiente e dedicado a essa atividade para se obter o retorno desejado com tranquilidade.

Conclusão

O mundo dos investimentos não é tão simples, mas também não é tão complicado. Com conhecimentos básicos sobre o mercado financeiro e com o auxílio de um especialista, é possível ter um bom resultado nas aplicações. Evitar esses 10 erros comuns apresentados no artigo já é um grande passo rumo ao sucesso e independência financeira.

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