Investir em CDB vale a pena? Veja quais são os riscos e garantias

  • 27/10/2016
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investir em CDB vale a pena

Um investimento bastante popular, utilizado como uma das formas de captação mais comuns para instituições financeiras, o Certificado de Depósito Bancário, popularmente conhecido como CDB. Mas, será que investir em CDB vale a pena?

Em linha gerais, do ponto de vista do investidor, o CDB se assemelha a LCI ou LCA, exceto pelo fato de que não possui isenção de Imposto de Renda e não são destinadas ao agronegócio, no caso da LCA, nem para o mercado imobiliário, no caso da LCI. Entretanto, assim como elas, possuem diversas formas de rentabilidade, prazo e risco. Além disso, os CDB’s, assim como LCA e LCI, possuem garantia do Fundo Garantidor de Crédito.

O que observar ao investir em CDB?

Os CDB’s possuem várias características que se não observadas no momento da sua contratação, podem transformar o investimento em um péssimo negócio.

Um banco utiliza o CDB para captar recursos para suas operações. Portanto, ele paga uma taxa mais baixa do que a taxa que cobra ao emprestar para os seus clientes, ganhando assim na diferença das taxas praticadas.

Investir em CDB vale a pena? O risco de crédito e o impacto na rentabilidade

O risco de investir em CDB está, justamente, na possibilidade do banco que emitiu o CDB não pagar de volta os recursos. Este é o chamado risco de crédito.

Então, de maneira geral, quanto maior a taxa de juros paga pelo CDB, maior deve ser o risco de que o banco não honre com o seu compromisso. É por isso que grandes bancos como Itaú, Bradesco ou Banco do Brasil oferecem taxas de juros mais baixas do que o BMG ou Original, por exemplo.

Cuidar com o prazo de vencimento ao investir em CDB

Além da rentabilidade, outro ponto relevante, que deve ser observado pelo investidor, é o prazo de vencimento do CDB e, ainda, a possibilidade de resgate da aplicação antes do vencimento dela.

Todos os Certificados de Depósitos Bancários possuem prazo de vencimento, entretanto, em alguns deles, o pedido de resgate pode ser feito antes da data final.

Por exemplo: um CDB com vencimento para dois anos, invariavelmente será finalizado ao fim do período pelo banco, devolvendo os recursos tomados do investidor, acrescidos de uma taxa de juros. No entanto, pode ser que o banco permita ao investidor resgatar a qualquer momento antes do prazo. Costuma-se chamar esse investimento de “CDB com liquidez”.

Normalmente, quando o CDB é sem liquidez, isto é, quando só pode ser resgatado na data do vencimento, uma rentabilidade maior é oferecida pelo banco. Dessa forma, o banco compensa a indisponibilidade do investidor resgatar os recursos caso necessite, e o risco de que aconteça algum problema e o banco não consiga pagar de volta o “empréstimo”.

Importante: a mesma dinâmica de “tempo x rentabilidade” acontece com outros investimentos financeiros, como as LCA ou LCI, por exemplo.

Alguns bancos também costumam acordar com o cliente, na hora da contratação de um CDB, que quanto maior o tempo que o cliente permanecer com o produto, maior o retorno. Por exemplo: até seis meses, 98% do CDI, até 12 meses, 100% do CDI e assim sucessivamente, utilizando no exemplo um CDB Pós Fixado.

Entenda o que é o mercado financeiro

O que cuidar ao investir em CDB?

Tendo em vista as diversas características de um CDB, é necessário ter alguns cuidados antes de contratar esse produto, e observar se ele está realmente de acordo com os seus objetivos de investimento.

Não faz sentido, por exemplo, um cliente que dispõe de um recurso em que ele sabe que não será necessário utilizá-lo no curto prazo, contratar um produto com liquidez diária, que normalmente paga uma taxa de juros menor.

Outro erro muito comum para ser levado em conta na hora de saber se investir em CDB vale a pena é quanto à tributação de IR que incide no CDB.

Como o CDB tem Imposto de Renda sobre os rendimentos, normalmente é uma opção mais interessante para os investidores que pretendem mantê-lo por mais de dois anos, pelo menos. Isso ocorre porque a partir desse período a alíquota de IR a ser cobrada é a mínima para renda fixa: 15%, conforme tabela regressiva, em que a alíquota de IR vai de 22,5% até 15%. Para prazos menores, aplicações isentas de Imposto de Renda geralmente são as mais atrativas.

Como investir em CDB’s de bancos médios?

A maneira mais fácil de acessar bancos menores é por meio de corretoras, que normalmente têm contrato de distribuição desses produtos com as instituições financeiras. Assim, o investidor não precisa abrir uma conta corrente no banco emissor para comprar o CDB, o que faria com que tivesse que abrir inúmeras contas bancárias somente para aplicar os recursos.

É claro que, a corretora vai cobrar uma taxa para intermediar a operação, mas é geralmente baixa, não inviabilizando a vantagem se comparado a investir em um banco grande.

Afinal, investir em CDB vale a pena?

Por fim, uma estratégia sempre interessante, é utilizar os bancos de médio porte para adquirir um CDB, já que quanto maior o risco maior o retorno. Porém, como essa aplicação é coberta pelo Fundo Garantidor de Crédito até o limite de R$250.000 por CPF e por instituição financeira, mesmo que ocorra algum problema no banco emissor, o investidor tem a segurança de que o recurso será pago pelo FGC, inclusive com os juros da aplicação.

Historicamente, poucos bancos passaram por processo de falência no Brasil, foram apenas 7 bancos nos últimos 10 anos, sendo que todos foram cobertos pelo FGC em um curto período de tempo. Dessa forma, o risco pelo retorno significativamente maior compensa.

Resumindo, investir em CDB vale a pena sim, desde que alguns pontos sejam considerados. CDB’s de bancos pequenos costumam ter rentabilidade atraente, basta ter atenção se ele é “sem” ou “com” liquidez para que o investimento seja coerente com os seus objetivos, e também levar em conta o limite de garantia do FGC.

Par Mais – 27.10.2016

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