Cuidados com o consumo pós-quarentena

  • 20/08/2021
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Com o avanço na vacinação no Brasil – cerca de 60% da população adulta vacinada com a primeira dose em agosto de 2021 – as medidas de restrições começam a ser retiradas nos Estados e as pessoas, aos poucos, estão voltando aos seus hábitos de antigamente, tanto de rotinas e convivência, como de consumo.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a meta do país é vacinar toda a população acima de 18 anos até setembro deste ano.

Considerando esses fatores, algumas despesas que foram diminuídas – ou até mesmo cortadas – do orçamento durante os meses de pandemia, aos poucos voltam a fazer parte do dia a dia das pessoas.

Pensando nisso, listamos neste artigo algumas das principais despesas que podem retornar para o orçamento dos brasileiros pós-quarentena e dicas para reduzir o impacto desses gastos.

Início da pandemia

Quando a pandemia iniciou em março de 2020, a primeira atitude da maioria das pessoas foi reduzir o orçamento doméstico e mudar alguns hábitos de consumo.

Gastos com lazer foram substituídos por serviços de streaming. As idas a restaurantes nos finais de semana foram substituídas por compras nos supermercados ou deliverys. Serviços que antes eram contratados, como salão de beleza, faxinas, jardinagem, passaram a ser realizados pelas próprias pessoas, gerando economia nas despesas domésticas.

O orçamento que antes era reservado para viagens acabou sendo utilizado para outros fins, como trocar de carro ou reformar a casa. Resumidamente, as pessoas começaram a gastar mais com bens do que com serviços.

Gastos comuns pós-quarentena

Com a volta parcial das rotinas de antigamente, os gastos que foram reduzidos no período também acabam voltando para o orçamento. Confira os principais:

Transportes

Saindo mais de casa, seja para ir ao trabalho, para um passeio ou até mesmo para uma pequena viagem de final de semana, o deslocamento acaba impactando no bolso, principalmente com o cenário atual de inflação alta e com o preço da gasolina sofrendo aumentos constantes.

Lazer

A ida àquele restaurante especial, um happy hour com os amigos ou colegas de trabalho, um passeio diferente também são despesas que voltam para a rotina e para o orçamento.

Viagens

As pequenas viagens de final de semana ou até mesmo aquela viagem dos sonhos que foi adiada por causa da pandemia voltam a fazer parte dos planos e do orçamento anual.

Vestuário

Saindo mais de casa, os gastos com roupas, calçados e acessórios inevitavelmente também aumentam.

Escola dos filhos

Para quem tem filhos em idade escolar, com a volta às aulas presenciais, aumenta também o gasto com uniformes, alimentação, transportes, entre outros.

Cuidados com consumo pós-quarentena

Ao que tudo indica, quando as coisas voltarem “ao normal”, esses gastos citados também acabarão voltando para o orçamento. Para que eles não impactem o seu padrão de vida, é importante se preparar e se planejar antecipadamente para evitar problemas maiores no futuro.

A principal orientação nessa mudança de consumo pós-quarentena é que você revise todo o orçamento feito no início do ano e adapte os novos gastos para que você não perca a sua qualidade de vida.

Verifique as despesas que podem ser excluídas ou diminuídas do orçamento, como os serviços de streaming contratados no período de pandemia e a quantidade de delivery que você pede durante a semana.

Além disso, procure redirecionar os gastos ao invés de gastar mais. Por exemplo, o dinheiro que antes era gasto com gás e alimentos no home office pode ser usado para a alimentação em restaurantes na volta para o trabalho.

Outra dica é planejar as despesas e cuidar para não cair na tentação de comprar muitas coisas ao mesmo tempo, evitando o endividamento no cartão de crédito.

Cenário atual

Um ponto de atenção com a volta do consumo pós-quarentena é o cenário econômico.

A expectativa do IPCA – a inflação oficial do país – para este ano subiu para 7,05%. Com essa alta, a projeção do mercado fica cada vez mais acima do teto de metas do Banco Central.

A taxa básica de juros – a Selic – também foi elevada para esse ano, com previsão de 7,50% ao ano. Essa elevação da taxa Selic é uma medida para tentar conter o avanço da inflação no país.

Resumidamente, estamos vivendo um período de inflação alta, o que faz com que os brasileiros percam poder de compra. Ou seja, os investimentos também merecem atenção e cautela.

Para que você entenda melhor, criamos este material que explica o atual cenário de investimentos no Brasil e traz indicações de onde investir em 2021.

Conclusão

Com boa parte da população brasileira vacinada com a primeira dose contra a Covid-19, é inevitável que alguns hábitos de consumo de antigamente voltem aos poucos para as despesas da família.

Para não extrapolar nas despesas com esses gastos que estão retornando pós-quarentena, é preciso ter um bom planejamento e atenção redobrada ao orçamento doméstico.

Para isso, revise seu orçamento atual e adapte os gastos para a nova realidade. Além disso, fique de olho no cenário econômico e busque por opções de investimentos que preservem o seu poder de compra.

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