É normal, sempre que lemos algum artigo ou notícia financeira, ouvirmos alguma expressão que foge do que comum. Uma delas é a “alavancagem financeira”. Às vezes a leitura está agradável, interessante, aí aparecem jargões desse tipo que fazem com que o leitor fuja para outro site ou revista. Porém, continue a leitura e aprenda, em poucos minutos, o que é alavancagem financeira, famoso conceito do mundo dos investimentos.
Bem, podemos partir do princípio de que a alavanca é um instrumento usado para mover ou levantar algum objeto com maior facilidade. Portanto, alavancar é aplicar uma força para impulsionar, aumentar, multiplicar o impacto gerado pela força aplicada. Uma criança que consegue facilmente suspender outra com a ajuda de uma gangorra é uma boa demonstração de alavancagem.
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A alavancagem financeira é a capacidade de aumentar expressivamente os ganhos sem aumentar os gastos ou investimentos na mesma proporção. Uma forma de alavancar é trabalhar com recursos financeiros de terceiros — não próprios — para conseguir realizar operações com maiores volumes no mercado financeiro.
Fazendo uma analogia, a alavancagem financeira traz consigo a mesma ideia do exemplo da criança e da gangorra, em que, com pouca força, uma criança consegue levantar amigos até mesmo mais pesados do que ela mesma.
O conceito é muito utilizado no meio empresarial, em análises contábeis e financeiras. Mas a alavancagem financeira também é muito comentada em outros contextos, como no mercado de capitais, sempre indicando a possibilidade de aumento de ganhos sem o mesmo nível de aumento de esforços.
No meio empresarial, existem alguns indicadores específicos para calcular o grau de alavancagem financeira. O grau de alavancagem financeira mede se a empresa consegue aumentar seus lucros sem aumentar as despesas financeiras (como juros de financiamento, por exemplo) na mesma proporção.
No nível do investidor individual, por sua vez, a alavancagem financeira ocorre quando o investidor consegue realizar operações no mercado financeiro com valores superiores aos que possui em depósito no banco ou corretora.
Um exemplo: um investidor fez uma análise profunda de uma ação negociada na bolsa de valores e, com base nos seus estudos, imagina que há uma grande chance de seu preço subir 30% nas próximas semanas. Mas há um problema: ele só tem metade do dinheiro que gostaria de investir. O que ele decide fazer: toma dinheiro emprestado no banco, a juros de 5% ao mês. Caso sua previsão realmente se concretize, em poucas semanas a ação subirá 30%, ele quita o empréstimo e embolsa muito mais do que se tivesse investido apenas o que tinha disponível.
Atenção: a alavancagem financeira nem sempre será “boa”!
É bom frisar que não há só vantagens na alavancagem. E se, no exemplo anterior, a ação tivesse caído 30%? Além de ficar com o prejuízo do investimento, o investidor ainda teria que pagar os 5% de juros mensais ao banco.
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É muito importante ter em mente que quando se fala em alavancagem, fala-se de aumentar a exposição ao risco. Em investimentos financeiros sempre é necessário conhecer o nível de risco ao qual se está exposto. Isso significa que se o investidor está “alavancado” ele pode ter ganhos expressivos ao se concretizar um cenário positivo, mas também pode ter perdas arrasadoras na ocorrência de um cenário negativo.
Muitas vezes os gestores de fundos de investimentos, por exemplo, utilizam estratégias para “alavancar” o patrimônio do fundo, visando multiplicar os lucros e valorizar as cotas.
O gestor pode até conseguir gerar alta rentabilidade por algum tempo. Porém, assim como ele pode multiplicar seu dinheiro, é possível que — se as operações não ocorram conforme o esperado — você tenha que assumir os prejuízos.
Em casos extremos, pode-se perder até mais do que o patrimônio do fundo de investimento e, neste caso, os investidores são chamados para colocar mais dinheiro de forma a cobrir o rombo causado. Essa é uma situação rara de acontecer, mas não é impossível!
Sendo assim, fica sempre a nossa dica de que é preciso estar atento ao destino do seu capital. É fundamental saber se os investimentos estão de acordo com o seu perfil de risco e também conhecer o que há dentro da carteira dos fundos. Em outras palavras, é preciso saber o que o gestor está comprando com seu dinheiro.
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No mercado de capitais, que inclui o mercado de ações, derivativos, futuros, entre outros, a alavancagem financeira é comum e um tanto perigosa também, caso o investidor não tenha muita noção do que está fazendo.
Normalmente as corretoras disponibilizam um limite de crédito múltiplo do patrimônio que o investidor possui na corretora, sendo que esse limite pode ser de cerca de 25 vezes, ou até mais, dependendo da corretora. Isso significa que um investidor com R$ 100 mil em ações poderia operar com até R$ 2,5 milhões!!
Este artigo mostrou o que é alavancagem financeira, um termo comum no mundo das finanças e que possui implicações tanto em análises contábeis / financeiras no meio empresarial, como também é aplicada ao mercado financeiro, contemplando desde investidores individuais até gestores de fundos, por exemplo.
A alavancagem financeira é uma ferramenta que pode amplificar os ganhos em investimentos financeiros. Porém, pode também se tornar uma operação perigosa se realizada sem acompanhamento. Sem o uso de estratégias bem definidas, operações alavancadas podem comprometer todo o patrimônio conquistado ao longo de anos.
Conte com o apoio da Par Mais para lhe auxiliar nos seus investimentos. Vamos analisar seu perfil de risco e o seu momento de vida para aí sim lhe ajudar a construir uma sólida carteira de investimentos!
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