Como funciona um financiamento

  • 19/04/2016
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Como funciona um financiamento

Financiamentos se tornaram muito comuns no dia a dia dos brasileiros. Entre os tipos mais comuns estão o financiamento imobiliário e o de veículos (carros, motos, caminhões, entre outros).  Essa modalidade de crédito se tornou popular por facilitar a compra de bens de valor elevado. Acompanhe esse artigo para entender em detalhes como funciona um financiamento e quais são as suas principais características.

Como funciona um financiamento? Financiamento é diferente de empréstimo?

O empréstimo é outra modalidade de crédito bastante comum, mas possui algumas diferenças relevantes em relação aos financiamentos. A principal diferença entre as duas modalidades é que enquanto o empréstimo não possui destinação específica – o dinheiro pode ser usado para o fim que o tomador desejar -, o financiamento possui sim um destino certo, sendo que o recurso tomado apenas pode ser utilizado para a compra de determinado bem específico, como um carro ou uma casa.

Além disso, os financiamentos normalmente possuem taxas mais baixas e prazos mais longos que os empréstimos, isso se dá pela figura da alienação fiduciária. Ou seja, em um financiamento o bem adquirido fica alienado à instituição financeira, como garantia. A existência da garantia dá ao banco ou financeira uma maior segurança para o caso de inadimplência.

Por outro lado, pela própria questão da alienação fiduciária, o comprador apenas terá a propriedade do bem após a quitação completa do financiamento. Por exemplo: para trocar um carro que está financiado é preciso primeiro quitar o financiamento, apenas depois disso será possível vender o carro.

Outro elemento associado aos financiamentos é a hipoteca, muito comum em alguns países, como os Estados Unidos, mas não tão comum no Brasil. A hipoteca é a penhora de um bem em favor do credor devido ao não pagamento de uma dívida. Ou seja, diferentemente da alienação fiduciária, na hipoteca o bem se torna propriedade do comprador, mas deve ser entregue ao credor no caso de inadimplência.

Diferentes maneiras de calcular a parcela de um financiamento

Na prática existem diferentes formas de calcular o valor da parcela de um financiamento: a parcela será determinada pelo sistema de amortização escolhido. Amortização, no contexto financeiro, significa o quanto do saldo devedor de uma dívida já foi quitado.

O valor de uma parcela de uma dívida é composto por duas partes: amortização e juros. O método pelo qual será feita a combinação entre essas duas partes é dado pelo sistema de amortização. Veja dois exemplos bastante usuais:

  • Tabela Price – a caraterística principal é de que o valor da prestação é constante. É bastante comum em financiamentos de veículos e de prazos não tão longos;
  • Sistema de Amortização Constante (SAC) – a parcela reduz conforme o passar dos anos. É muito utilizado em financiamentos imobiliários com prazos longos.

Quando um financiamento é contratado a parcela deve “caber no bolso” do contratante – normalmente as financeiras não autorizam parcelas superiores a 30% da renda. Por isso, se a parcela reduz conforme o passar do tempo (SAC), então espera-se que a probabilidade de inadimplência ao longo do tempo também seja reduzida. Talvez esse seja um dos motivos pelos quais não seja comum encontrar financiamentos pelo sistema Price para prazos muito longos. Mesmo quando é possível escolher entre SAC ou Price, o sistema SAC costuma permitir prazos mais extensos.

Qual sistema de amortização escolher?

Falando em termos de matemática financeira, a escolha entre SAC ou Tabela Price é indiferente. Ambos sistemas são equivalentes na cobrança de juros, levando em conta o valor do dinheiro no tempo. Portanto, a escolha entre um sistema ou outro é meramente uma opção pessoal do contratante.

Cuidados na hora de fazer um financiamento

Na hora de contratar um financiamento é importante estar atento a alguns detalhes:

  • Alguns financiamentos imobiliários são feitos diretamente com construtoras. É comum que esses financiamentos possuam taxas mais elevadas do que se o processo fosse realizado com um banco ou instituição financeira;
  • É preciso estar atento se há algum indexador que corrige as parcelas. Alguns exemplos de indexadores são: TR, IPCA, IGP-M, INCC. Dependendo do indexador a correção das parcelas pode gerar um impacto significativo no orçamento.
  • Cuidado com a taxa de juros. Além da taxa de financiamento existem uma série de custos, taxas administrativas e seguros que encarecem o valor da parcela. Todas essas taxas reunidas constituem o Custo Efetivo Total – CET. É o CET que deve ser avaliado para avaliar um financiamento.
  • O não pagamento de um determinado número de parcelas – definido em contrato – poderá levar o bem para leilão, uma vez que em um financiamento o bem serve como garantia. Nesses casos o banco pode ingressar com ação de execução da dívida ou com uma ação de busca e apreensão do bem alienado;
  • Existem outros sistemas que podem ser praticados além do SAC e da Tabela Price, inclusive algumas instituições criam seus próprios sistemas. Na dúvida, consulte a Par Mais para lhe ajudar com as análises necessárias.

Conclusão

Esse artigo mostrou os principais detalhes de como funciona um financiamento. Como foi visto, financiamento é diferente de empréstimo. Mas também é diferente de consórcio e de leasing. Consórcio é um mecanismo de autofinanciamento veja a diferença entre consorcio e financiamento neste artigo. Já o leasing é uma espécie de aluguel no qual existe a possibilidade de compra do bem ao fim do período, normalmente por um baixo valor.

Se está com dúvidas acerca da viabilidade de adquirir um bem por financiamento ou de sanar questões como “vale a pena quitar um financiamento que já possuo?”, então entre em contato com a Par Mais e seja empoderado financeiramente!

 

Par Mais – 19.04.2016

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