Padrão de vida: ganhar mais ou gastar menos

  • 14/06/2016
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Rendas e despesas são as variáveis que definem o padrão de vida de uma família. A renda limita o consumo, ou seja, quanto menor a renda, menores são as opções de consumo da família, limitando seu padrão de vida.

No melhor cenário, quanto maior a renda e menor o consumo, maior a capacidade de poupança da família, sobrando recursos para investimentos, conquista de objetivos e independência financeira.

No pior cenário, quanto menor a renda e maior o consumo, menor a capacidade de poupança da família e, em muitos casos, maior o pagamento de juros do cheque especial e cartão de crédito para manter o padrão de vida.

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Ganhar mais e gastar mais

“Quanto mais se ganha, mais se gasta”. Esse é o ditado das famílias que tem alta renda e alto consumo, sobrando muito pouco, ou nada, para investimentos, conquista de objetivos e independência financeira.

Você acredita que existem famílias com renda de R$ 40.000… R$ 50.000… R$ 60.000… que pagam juros do cheque especial e atrasam pagamento do cartão de crédito? Então, isso é mais comum do que você imagina.

Essas famílias tem a vantagem da alta geração de renda, mas que é consumida pelo alto padrão de gastos.

Como resultado, a família consome toda renda para manter um grande imóvel, automóveis, casas de praia e etc, ficando sem capacidade de investimento. No longo prazo, essa família terá grandes problemas, pois chegarão na aposentadoria apenas com recursos do INSS, ou seja, caso marido e mulher recebam, cada um, uma aposentadoria do INSS no teto (hoje em aproximadamente R$ 5.200) a renda familiar será de R$ 10.400, frente a gastos 4, 5 ou 6 vezes maiores. No fim, a família precisará reduzir, na marra, o seu padrão de vida.

Ganhar mais e gastar menos

“Quem come e guarda, duas vezes põe a mesa”. Esse é o ditado das famílias que tem alta renda e baixo consumo, pois garantem a perpetuidade do padrão de vida, mantendo as despesas do dia a dia e investindo para que, no futuro, não falte recursos para manter esse mesmo padrão.

Neste caso, a família entende que é necessário seguir um plano de independência financeira para garantir uma renda complementar ao INSS.

É difícil falar em um percentual de renda que deve ser investido mensalmente para garantir essa renda complementar, pois esse valor vai depender da idade, taxa de juros a ser obtida em uma carteira de investimentos e tempo restante até a independência financeira.

É importante, apenas, que a família tenha noção de quanto é esse valor, evitando poupar mais do que o necessário para manter o padrão de vida no futuro. Ou seja, a família se privaria de maior qualidade de vida hoje, mas sem necessidade.

Ganhar menos e gastar menos

“Quem tem cem e deve cem, nada tem”. Esse é o ditado das famílias que tem baixa renda e baixo consumo, sobrando muito pouco, ou nada, para investimentos e para o futuro.

Ao contrário das famílias que ganham muito e gastam muito, essas famílias não tem condições de baixar o gasto para aumentar a capacidade de investimento, pois o consumo já é bastante restrito.

Para atingir seus objetivos essas famílias, obrigatoriamente, devem buscar novas fontes de renda e não elevar o consumo na mesma proporção de aumento da renda.

Ganhar menos e gastar mais

“Vão-se os anéis, ficam-se os dedos”. Esse é o ditado das famílias que tem baixa renda e alto consumo, tendo que recorrer ao cheque especial e ao parcelamento do cartão de crédito para manter o padrão de vida.

Muitas vezes, essas famílias se veem obrigadas a vender algum bem (carro, moto, casa de praia) para saldar as dívidas contraídas para manter o padrão de vida sustentado, pois ajustes no orçamento, orientados por ganhar mais e gastar menos, demandariam muito tempo, enquanto a família pagaria muitos juros.

Afinal, devemos ganhar mais ou gastar menos, para adquirir o padrão de vida desejado?

“Tempo é dinheiro”, em linhas gerais, este é o ditado que permeia a decisão entre ganhar mais ou ganhar menos. Por quê? Para ter maior renda, precisamos dedicar mais horas ao trabalho, limitando ou reduzindo tempo para lazer ou com a família.

Trabalhar mais para garantir um determinado padrão de vida pode ser arriscado, pois corre-se o risco de deixar de aproveitar os bons momentos da vida para ser escravo do dinheiro e, consequentemente, do consumo. Porém, trabalhar mais para ganhar mais pode ser um opção para realizar um sonho ou para garantir uma independência financeira mais confortável no futuro.

Gastar menos é sempre uma opção a ser levada em conta, pois não demanda mais tempo de trabalho. Demanda, apenas, uma análise crítica do seu padrão de vida. Nesta avaliação é preciso verificar o que promove o bem estar da família, focando em hábitos de consumo que proporcionem um maior bem estar e cortando aqueles que não são tão relevantes.

No final, geralmente esta será uma decisão entre trabalhar 1 ou 2 horas a mais por dia ou trocar os almoços e jantares de luxo por restaurantes mais acessíveis. Você prefere acompanhar o crescimento do seu filho ou levá-lo para jantar nos lugares mais caros da cidade? Com qual situação ele aprende mais? Qual delas pode contribuir para um futuro melhor?

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