A Taxa Selic está em trajetória de queda – de 14,25% ao ano em 2016 para 2% atualmente, e com possibilidade de mais uma queda na próxima reunião do Copom. Motivo para se apavorar? Nada disso, a renda fixa ainda possui sua atratividade e nós vamos explicar o porquê e onde investir com a queda da Selic.
A Taxa Selic realmente alcançou 14,25% ao ano em 2015, sendo mantida nesse nível até 2016, mas essa foi uma situação extraordinária. As incertezas quanto à situação fiscal do Brasil fizeram com que a taxa fosse aumentada a patamares que não se viam desde 2006. Apesar disso, de 2015 para cá o cenário econômico mudou bastante e permitiu que a Selic caísse para níveis bem inferiores (atualmente a taxa está em 2%). Com a queda da Selic, a época de ganhos fáceis passou e a expectativa é que no futuro a taxa fique muito mais próxima dos patamares atuais do que dos 14,25% lá de 2015. Sendo assim, o bom é se acostumar.
Como todos os tipos de investimentos, a Taxa Selic também pode ser medida em termos nominais ou reais. A Selic nominal é a taxa que o Copom determina e divulga nas suas reuniões a cada seis semanas. Já a Selic real é calculada descontando a inflação da Selic nominal.
Exemplo prático:
Em 2017 a Selic nominal foi de 7,5% e a inflação (medida pelo IPCA) foi de 2,54%. Por isso, a Selic real foi de 4,96%. Veja, se você investisse R$ 100 em janeiro de 2017 numa aplicação que rendesse taxa Selic e deixasse o valor aplicado até dezembro de 2017, terminaria o ano com um lucro de R$ 7,50. No mesmo período, um produto que custava R$ 100 em janeiro de 2017, estaria custando R$ 102,54 em dezembro – um aumento de preço R$ 2,54. Ou seja, seu ganho real teria sido de R$ 4,96 (resultado do rendimento de R$ 7,50 menos o aumento de preços de R$ 2,54).
Sendo assim, saber a taxa real é importante para avaliar o quanto você está ganhando de poder de compra. Para mais informações sobre a diferença entre taxas nominais e reais, leia esse artigo.
A Taxa Selic nominal realmente caiu a patamares jamais vistos na economia brasileira. A inflação, no entanto, também teve uma queda tremenda, ajudando a manter um bom patamar de juros real. Observe o gráfico abaixo com a Selic nominal ao final de cada um dos anos, a inflação (IPCA) do ano e a taxa real de juros (Selic real).
Veja que apesar da Taxa Selic nominal ao final de 2017 (7,5%) ser quase a metade da Selic de 2015 (14,25%), a taxa real foi maior em 2017 (4,96%) que 2015 (3,58%). Outra questão interessante de ver é que a taxa real em 2017 é muito maior que a taxa real de 2012, única vez em que vimos a Selic em torno dos 7%. Em vista disso, aplicações que acompanham a taxa Selic apresentaram um bom rendimento acima da inflação e continuam sendo uma boa opção de investimento com baixo risco.
Caso a rentabilidade da Selic não seja satisfatória, existem outras opções na Renda Fixa que apresentam rendimentos maiores, mas com um pouco mais de risco.
Leia o nosso Infográfico que explica os diferentes títulos públicos e como investir neles.
O cenário mudou e os ganhos fáceis na renda fixa são coisa do passado. Saber onde investir com a queda da Selic pode parecer difícil, mas existem boas opções. É importante ficar atento na rentabilidade acima da inflação (taxa real). Apesar da queda, a Selic real continua alta e é uma boa opção de investimento, com baixo risco. Títulos Públicos Tesouro IPCA+ (NTN-B) e Crédito Privado também são alternativas rentáveis que vão além dos 100% do CDI.
E antes de começar a investir, lembre-se de montar seu objetivo financeiro, ele deve ser o guia na escolha do melhor investimento para você.
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Gostei muito.
Artigo está muito claro e didático. Os argumentos usados são coerentes