Gestão do fluxo de caixa: dinheiro em caixa não é o mesmo que lucro

  • 10/05/2017
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Gestão do fluxo de caixa

Para conseguir tomar decisões rápidas do dia a dia o empresário precisa ter as informações sobre sua empresa de forma rápida e transparente. Uma ferramenta essencial para isso é o fluxo de caixa da operação. Porém, mais importante que ter em mãos essa ferramenta corretamente elaborada, a gestão do fluxo de caixa é imprescindível para uma boa saúde financeira da empresa.

As dívidas e a má gestão do fluxo de caixa

Inúmeras vezes, nas empresas, nos deparamos com problemas de fluxo de caixa que são frutos da má gestão financeira, principalmente pela contratação de dívidas caras para cobrir uma necessidade de caixa de curto prazo.

A lógica por trás do custo das dívidas está associada às garantias que a instituição financeira possui em cada operação que irá realizar. Enquanto nos financiamentos há a exigência de uma garantia (alienação fiduciária), nos empréstimos não existe a mesma exigência. Dessa forma, os financiamentos possuem em geral taxas mais baratas e prazos mais longos, enquanto os empréstimos  possuem taxas mais caras e prazos mais curtos.

Quando a empresa não consegue prever sua necessidade de caixa, pois não possui uma gestão de fluxo de caixa eficiente, ela terá que  contrair empréstimos de capital de giro, que normalmente são caros e de curto prazo.

Outro problema da má gestão do fluxo de caixa ocorre quando a empresa não consegue definir o valor mínimo necessário para o capital de  giro da sua operação. Isso ocorre por inúmeros motivos, um deles é a empresa simplesmente não saber quais são as suas despesas fixas e variáveis e não ter uma projeção mensal do fluxo de caixa.

Os lucros da empresa e a gestão do fluxo de caixa

Em relação aos lucros e a gestão do fluxo de caixa, outro erro comum ocorre quando chega o final do mês: se a empresa tem saldo na conta corrente o valor é distribuído para os sócios.

Todavia, antes de distribuir o saldo em conta corrente é preciso mensurar se há lucro no período: pode ser que a empresa tenha um fluxo financeiro excelente, todavia, não tem lucratividade. Isso ocorre quando o ciclo financeiro é positivo (recebimento dos clientes antes do pagamento aos fornecedores). Todavia, lucro é o excedente da operação após o pagamento de todos os custos e despesas da empresa.

Lucro é diferente de fluxo de caixa

Lucro é o excedente resultante da dedução dos custos, despesas e tributos do faturamento da empresa. O lucro não é mensurado a partir das entradas e saídas de caixa necessariamente, mas sim a partir do que foi gerado de vendas ou de compras.

Já o fluxo de caixa é fruto do saldo entre o que entrou e saiu do caixa da empresa em determinado período, representando os valores que de fato foram pagos ou recebidos. 

Outro exemplo clássico de erro de muitos empresários é a falta de provisionamento do pagamento de impostos. Parte dos impostos são pagos trimestralmente e precisam ser previstos no orçamento para não gerar problemas na gestão do fluxo de caixa.

Conclusão: a importância da gestão do fluxo de caixa

Independente da área de atuação da empresa ou da especialização do empresário, conhecimentos em gestão e em finanças são necessários para uma boa saúde financeira da empresa.  Uma das soluções para melhorar a gestão do fluxo de caixa é ter um fluxo de caixa projetado, pois é preciso conhecer o ciclo financeiro da operação e a necessidade de caixa para cada mês.

O acompanhamento de uma consultoria em finanças costuma ser uma ótima saída para identificar, na prática, os problemas de gestão do fluxo de caixa e apresentar soluções.  

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