Os melhores fundos de investimento do 1º semestre de 2020

  • 28/07/2020
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O ano de 2020 começou com uma expectativa de que o crescimento global seguiria em gradual aceleração, apoiado pelo Acordo Comercial entre EUA e a China, pelo afrouxamento monetário e a baixa inflação em países desenvolvidos.

No Brasil, o cenário também era de otimismo, com expectativa de que a atividade econômica apresentaria crescimento próximo a 2% no ano e uma agenda positiva no Congresso. Porém, um vírus descoberto na China se espalhou no mundo, ocasionando uma pandemia. Com a disseminação da COVID-19, os mercados globais e locais apresentaram um forte movimento de desvalorização e grande volatilidade no primeiro semestre de 2020, principalmente no mês de março, dadas as respostas preventivas adotadas por governos, empresas e indivíduos para minimizar os impactos na saúde pública.

A bolsa brasileira chegou a cair mais de 36% e o dólar atingiu máximas históricas, perto dos R$5,90. Vimos uma queda sem precedentes da atividade econômica mundial, por conta do esforço sincronizado para evitar uma disseminação descontrolada da Covid-19. Vimos também que medidas de isolamento social tiveram êxito em produzir uma inflexão relativamente rápida das curvas epidemiológicas.

Com isso, o mercado foi se apegando às boas notícias. Ao longo dos meses de maio e junho, economias foram reabrindo, vacinas estão cada vez mais próximas de se tornarem realidade, bancos centrais inundaram as economias com liquidez e, no final do primeiro semestre, a bolsa americana praticamente voltou aos patamares pré-crise e a bolsa brasileira recuperou aproximadamente 20% desde a sua maior queda.
No semestre, a bolsa brasileira caiu 17,80%, o dólar subiu 35,86% e o ouro teve uma alta de 17,28%.

Visto esse cenário, preparamos uma lista com os melhores fundos de investimentos do 1º semestre de 2020.

Os melhores fundos foram selecionados a partir da base de fundos que estão no radar de avaliação da ParMais. Foram escolhidos os fundos respeitando os seguintes critérios:

  • Foram escolhidos apenas fundos com PL – Patrimônio Líquido -, maior que R$ 50 milhões;
  • Foram considerados apenas fundos não exclusivos;
  • Fundos “master” foram desconsiderados, ou seja, fundos que apenas recebem investimentos de outros fundos de investimentos foram deixados de lado;
  • Foram levados em conta apenas fundos que não são destinados a investidores qualificados;
  • A aplicação mínima inicial é menor ou igual a R$100.000;
  • Foram escolhidos os três fundos com maior retorno em 2020 por classe.

O motivo de realizarmos essas restrições justifica-se pelo fato de que não faz sentido apresentarmos fundos que não são acessíveis ao investidor pessoa física, por isso, foram retirados fundos exclusivos, destinados a investidores qualificados ou que possuem aplicação mínima inicial muito elevada, por exemplo.

Após esse filtro inicial, listamos os melhores fundos de investimento em termos de risco/retorno, classificando-os pelas seguintes categorias: renda fixa pós-fixada; multimercado e ações.

De forma simplificada, segue um resumo da composição da carteira de cada um desses fundos de investimento:

  • Fundo de ações: deve ter, ao menos, 67% de seu patrimônio aplicado em ações, bônus de subscrição, certificados de depósitos de ações, cotas de fundos de ações e de fundos de índices e BDRs níveis II e III;
  • Fundo multimercado: aqui não há uma regra definida, pois o gestor tem liberdade para investir em vários ativos na carteira, como renda fixa, câmbio, ações, derivativos, etc.
  • Fundo de renda fixa: no mínimo 80% da carteira em ativos relacionados à variação da taxa de juros, de índice de preços ou ambos.

Melhores Fundos de Renda Fixa Pós-Fixada

Esse primeiro semestre de 2020 foi bastante volátil para a renda fixa. Devido a queda da bolsa brasileira e a queda da taxa de juros no Brasil, muitos investidores migraram para a renda variável, fazendo com que diversos gestores vendessem seus ativos no mercado secundário, distorcendo o preço dos ativos. Os fundos que melhor performaram nessa classe de ativos foram os fundos que possuíam direitos creditórios em carteira, visto que esses não são negociados no mercado secundário.

FundoRetorno nominalRetorno % CDIVol 12MSharpe 12MLiquidezAplic. Mínima (R$)Patrimônio (milhões R$)
PRASS FIC FIM CP2,16%122,93%0,0913%11,8492D+6025.00094.520
QUATÁ MULTISETORIAL FIC FIM CP1,89%107,71%0,9629%1,1367D+3025.00069.669
ANGÁ PORTFÓLIO FIM1,87%106,34%0,6645%0,8747D+410.000248.691

Melhores Fundos Multimercado

O primeiro semestre foi bastante disperso para essa classe de ativos. Enquanto fundos que possuíam exposição grande a Brasil acabaram ficando negativos no semestre. Fundos que em fevereiro conseguiram visualizar o cenário conturbado a frente e diversificaram sua exposição, conseguiram ter uma boa rentabilidade no semestre.

FundoRetorno nominalRetorno % CDIVol 12MSharpe 12MLiquidezAplic. Mínima (R$)Patrimônio (milhões R$)
MOAT CAPITAL EQUITY HEDGE FIC FIM7,25%413,52%8,5148%1,4155D+3120.000303.268
CLARITAS INSTITUCIONAL FIM3,01%171,50%0,9770%1,7513D+11.0001.672.534
LEGACY CAPITAL FIC FIM2,65%151,28%9,9111%0,3788D+3125.000934.974

Melhores Fundos de Ações

O Ibovespa fechou o semestre aos 95.055 pontos e os fundos que melhor performaram, mesmo com a queda do índice no semestre, foram os fundos que fazem stock picking e possuem bons papéis em carteira, além de se aproveitarem da queda da bolsa para compor o seu portfólio ainda mais diversificado.

FundoRetorno nominalRetorno % CDIVol 12MSharpe 12MLiquidezAplic. Mínima (R$)Patrimônio (milhões R$)
IP PARTICIPAÇÕES FIC FIA BDR NÍVEL I6,60%24,40%27,8084%0,6433D+62100.000399.317
TRUXT I VALOR FIC AÇÕES5,09%22,89%42,2282%0,7111D+3220.000377.858
CONSTELLATION INSTITUCIONAL FIC FIA-1,92%15,88%42,8373%0,5815D+6250.000837.666

Conclusão

Este artigo listou os melhores fundos de investimentos de 2020, considerando dados do primeiro semestre  do ano. Classificamos os fundos em três categorias: fundos de renda fixa, fundos multimercado e fundos de ações. 

Vale lembrar que investir em fundos é uma forma de ter acesso a diversos ativos, beneficiando-se da diversificação, mesmo sem precisar desembolsar valores elevados. 

Por fim, outro ponto importante é a alocação dos ativos. Apesar dos fundos de investimento aplicarem em diversos produtos financeiros, eles são categorizados em classes. Por isso o investidor precisa diversificar sua carteira entre fundos de investimento de classes diferentes.

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