Você sabe como usar o cartão de crédito? 47% dos brasileiros não sabem!

  • 31/10/2016
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Quem não conhece alguém que fale “estou endividado por causa do cartão de crédito”? No entanto, a pequena lâmina de plástico não é a grande vilã da história. Ao conhecer a melhor maneira de como usar o cartão de crédito, você vai ver que ele pode se tornar um grande aliado da saúde financeira.

Neste artigo vamos mostrar, como você pode mudar sua relação com o cartão de crédito e torná-lo seu aliado.

Cartão de crédito e brasileiros endividados

Com frequência, o SPC Brasil realiza pesquisas sobre o endividamento do brasileiro, e os dados demonstram a relação do cartão de crédito aos brasileiros endividados, veja:

  • 70% dos brasileiros possuem cartão de crédito e 44,5% possuem cartões de lojas. Conforme pesquisa do SPC Brasil de maio de 2016;
  • 30% dos brasileiros que fazem cartão de crédito e cartões de lojas não se atentam em querer saber quais são as tarifas e os juros cobrados.
  • A modalidade de crédito que mais deixa as pessoas com o nome sujo é o cartão de crédito!

Outra pesquisa de junho de 2016 trouxe dados alarmantes:

  • 76% dos consumidores veem o cartão de crédito como algo positivo, mas 47% dos usuários não controlam gastos.
  • As principais vantagens vistas pelos brasileiros no uso do cartão de crédito é o fato de não precisar andar com dinheiro, o que gera mais segurança; e também poder parcelar o valor das compras.
  • As principais desvantagens são o risco de acabar comprando mais coisas do que de fato precisa pela facilidade de não ter que pagar no momento, e a possibilidade de perder o controle do quanto já foi gasto e se surpreender com o valor da fatura.

Tendo em vista que quase a metade dos usuários não controlam seus gastos com cartão de crédito, e acabam entrando na famosa bola de neve das dívidas, reunimos neste artigo dicas valiosas para você não cair nessa estatística também. Leia a seguir.

Afinal, como usar o cartão de crédito?

Com a segurança e a praticidade dos cartões de crédito, eles vêm se tornando cada dia mais popular. Com ele não precisamos circular com grandes quantias de dinheiro, muito menos nos preocupar com o desembolso imediato. Porém, essa falsa sensação de dinheiro na mão é a maior responsável pelas tão conhecidas “bolas de neve” do cartão de crédito.

Sabendo como usar o cartão de crédito saudavelmente e com responsabilidade, ele pode ser uma grande ferramenta de controle financeiro, trabalhando ao seu favor e não sendo um problema.

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Quando o cartão é um vilão?

Em junho deste ano (2016), o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), junto à Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), divulgou que cerca de 50% dos brasileiros que utilizam o cartão de crédito não conhecem as taxas do crédito rotativo, ou seja, os juros por pagar o valor “mínimo” da fatura ou por pagamento em atraso.  

Conforme o site do Banco Central (BACEN), a taxa média do crédito rotativo no mês de setembro de 2016 foi de 480%, sendo ela 156% maior que a do cheque especial para o mesmo período.

Portanto, a primeira dica valiosa para não prejudicar a saúde financeira e acabar com orçamento é nunca pagar o mínimo da fatura! Quando optamos por essa modalidade, estamos pegando “emprestado” o restante do valor, além do que, a próxima fatura será composta pelo consumo e pelas parcelas daquele mês, somados à diferença da fatura passada acrescida de juros, tornando o pagamento total cada vez mais difícil.

Outra dica é que o saque disponível para o cartão de crédito também deve ser evitado, pois assim como no crédito pelo pagamento parcial das faturas, as taxas costumam ser altíssimas.

É importante definir um limite pessoal do valor total da fatura, que saudavelmente não deve ultrapassar 30% da renda líquida. O foco deve ser o seu orçamento e a sua capacidade de pagamento, e não o limite liberado no cartão. É importante também, evitar as ofertas de aumento no limite. Não podemos esquecer que o cartão de crédito é apenas um meio de pagamento e não um complemento da renda.

Em casos de emergência, nas quais não conseguiremos quitar o total da fatura e não houver maneiras mais baratas para pagá-lo, como o crédito consignado, por exemplo, podemos optar pelo parcelamento que, mesmo com juros mais altos, ainda são menores que os do rotativo.

Devemos nos atentar ao parcelamento. Como já dissemos anteriormente no artigo “Compras parceladas: as vilãs no endividamento das famílias brasileiras”, o parcelamento dá a falsa sensação que você vai pagar “sem sentir” e estimula comprar mais do que você realmente precisa. Então, procure não exceder 3 parcelas, e somente quando não houver desconto à vista. Caso exista desconto à vista, o cartão deve ficar de fora.

Outra cilada do cartão de crédito é utilizá-lo para o pagamento de contas de energia, água, telefone e boletos em geral. Alguns bancos chegam a cobrar R$25,00 por fatura, mais o IOF da operação.

Quando o cartão de crédito é um aliado?

O cartão de crédito é uma ferramenta fantástica para o controle financeiro, basta conhecer o produto e saber como usá-lo.

As faturas normalmente ficam disponíveis na internet, o que possibilita o acompanhamento ao longo do mês, podendo saber quanto ainda há disponível para utilizar. Esse controle se estende no fechamento do orçamento, todos os gastos estão relacionados e “caem” no mesmo dia, facilitando o preenchimento da planilha financeira. Lembre-se de colocar o vencimento próximo ao dia do recebimento do salário, para não gastar o dinheiro da fatura.

Nessa linha, quando temos apenas um ou dois cartões, temos menos tarifas. Existem opções de cartões que são isentos de anuidade, mas se houver, é importante negociar sempre. O ideal é não ter mais de dois cartões de crédito, isto facilita no controle dos gastos.

Como bem sabemos, não existe juro zero, o valor das tarifas e o custo da manutenção das máquinas de cartão estão embutidos nos produtos. Mas algumas vezes, em que não há negociação no preço à vista, o parcelamento sem juros no cartão é uma boa opção. Porém, tome muito cuidado com parcelamentos. Mesmo que a compra não tenha juros embutidos nas parcelas, o limite do orçamento deve ser respeitado.

Normalmente as faturas são fechadas de 10 a 15 dias antes do vencimento, dependendo do dia da compra, ganhamos um prazo de 40 a 45 dias para pagá-las.

Outras grandes vantagens do cartão são a fidelidade e as milhas. Desde que o programa esteja alinhado ao seu perfil de gasto e estilo de vida, ele é uma ótima opção. Além de trocas de pontos por produtos, desconto em estabelecimentos, cinemas e teatros, algumas viagens podem ser “pagas” com as milhas. O ideal é acumular o consumo no cartão que apresenta as melhores vantagens pela fidelidade. Lembre-se de evitar as compras por impulso apenas para acumular pontuações e milhas!

Afinal, amigo ou inimigo?

O cartão de crédito nada mais é que um meio de pagamento. Simples mudanças podem torná-lo um bom amigo da sua saúde financeira, desde que haja responsabilidade na utilização e no controle financeiro. E você, como anda sua relação com seu controle financeiro e o seu cartão de crédito?

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Par Mais – 31.10.2016

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