Todos os anos, a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), em parceria com a Datafolha, realiza uma pesquisa para conhecer os hábitos de poupança e de investimento da população brasileira. Essa é uma pesquisa bastante abrangente que analisa como o brasileiro lida com o dinheiro e o seu conhecimento sobre finanças e investimentos, buscando fazer um “Raio X do Investidor Brasileiro”.
A pesquisa foi realizada entre novembro e dezembro de 2020 com 3.408 pessoas das cinco regiões do país, com 16 anos ou mais, das classes A, B e C, economicamente ativas (renda ou aposentadoria). Esse recorte equivale a 103,5 milhões de habitantes do Brasil.
O objetivo da pesquisa é entender como as pessoas economizam dinheiro, investem e planejam a aposentadoria. Em resumo, a pesquisa permite acompanhar o comportamento dos investidores e dos não investidores, traçando o Raio X do Investidor brasileiro.
A pandemia causada pelo novo Coronavírus trouxe diversos impactos para os negócios e também para os investidores, principalmente nos quesitos consumo e renda – onde muitos perderam a fonte de recursos ou precisaram reduzir os gastos.
Além disso, ao longo do ano, o cenário foi de juros baixos, o que fez com que, pela primeira vez, a poupança perdesse adeptos e produtos financeiros mais arriscados fossem mais utilizados, o que contribuiu para aumentar o conhecimentos dos brasileiros sobre esses produtos.
Também pela primeira vez desde o início da pesquisa em 2017, o número de investidores diminuiu, puxado pela saída da classe C.
Para a pesquisa, foram consideradas apenas as pessoas que investem em produtos financeiros, que totalizam 40% da amostra total da população brasileira, sendo desconsideradas pessoas que investem em imóveis, estudos ou negócio próprio. Sendo assim, conheça o perfil do investidor brasileiro em 2020:
Pela primeira vez em quatro anos, a poupança perdeu espaço no portfólio dos investidores brasileiros e as ações, títulos públicos e fundos ganharam espaço. Porém a caderneta de poupança ainda mantém a liderança, sendo a opção de investimentos de 29% dos entrevistados.
A formação de poupança dos brasileiros foi favorecida com o isolamento social e com a redução dos gastos com viagens, festas e idas a bares e restaurantes:
Outra mudança significativa em 2020 foi o fato de que os meios digitais ganharam mais espaço na hora de fazer os investimentos. Pela primeira vez desde o início da pesquisa, a utilização do aplicativo do banco superou a ida à presencial à instituição, passando de 30% em 2019 para 62% em 2020.
As outras formas de investimento digital também tiveram crescimento, com exceção da visita presencial, que passou de 71% em 2019 para 55% em 2020:
Quando o assunto é aposentadoria, o número de pessoas que pretendem contar com aplicações financeiras e com o próprio salário para compor a renda depois de se aposentar vem crescendo e, em contrapartida, a proporção das pessoas que esperam contar com recursos do INSS vêm diminuindo.
A parcela de brasileiros que não possuem investimentos chega a 60%. Desses, 55% não possuem nenhum dinheiro guardado. A principal alegação para não investir é a falta de recursos,utilizada por 74% das pessoas. A principal justificativa para a falta de dinheiro são os baixos salários , o desemprego ou a subsistência por meio de trabalhos informais, os chamados “bicos”. Além disso, 9% indicaram a crise sanitária e
6% se sentem inseguros ou com medo da instabilidade econômica como motivo para não fazer nenhum tipo de investimento.
A pesquisa Raio X do investidor Brasileiro é realizada há quatro anos pela Anbima em parceria com o Datafolha. O objetivo principal do estudo é aprofundar o conhecimento sobre o comportamento e a motivação dos brasileiros quando os temas são a gestão do dinheiro, a poupança de recursos e os investimentos financeiros.
O estudo traça o perfil do investidor, identifica quais os produtos financeiros que ele mais utiliza, os principais destinos de suas aplicações e perspectiva de situação financeira para a aposentadoria, entre outras informações. Em 2020, a pesquisa apontou que os investidores brasileiros são, a maioria, do gênero masculino (55%) e tem em média 42 anos. São, pertencentes à classe C e têm renda familiar média mensal de R$7.100,00 mil.
Os dados completos do estudo e o relatório da pesquisa estão disponíveis na página especial do Raio X do Investidor Brasileiro – 4º edição, no site da Anbima.
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