A frase, uma das mais célebres da TV brasileira, é marca registrada do “Homem do Baú”, Sílvio Santos. O apresentador, um fenômeno da comunicação, tem sua história bastante ligada também ao mundo das finanças: ele já foi dono de banco e do mais famoso título de capitalização do País, o Baú da Felicidade.
O “Baú”, célebre precursor das centenas de opções de título de capitalização vendidas hoje nos bancos e lotéricas, não é uma boa opção para quem tem como objetivo fazer seu dinheiro render. Apesar do chamariz de efeito – a possibilidade, remota, de ganhar centenas de milhares de reais ou outro tipo de prêmio em um lance de sorte – o título de capitalização funciona nos moldes de um jogo de loteria: uns poucos tiram a “sorte grande”, mas milhares perdem dinheiro.
O título de capitalização costuma ter taxa de administração bastante elevada – de saída, o administrador fica com 20% do recurso aplicado. A partir daí, o dinheiro normalmente é corrigido pelo índice da caderneta de poupança. A diferença é significativa.
Imagine um investimento inicial de R$ 1000,00. Ao comprar um título de capitalização, R$ 200,00 ficam com o vendedor (você gastaria R$ 200,00 em bilhetes de loteria?). A correção, menor do que a de diversas opções de investimento disponíveis no mercado, será sobre os R$ 800,00 que ficam na “conta” do investidor. Se optasse pela poupança, que hoje não é uma alternativa interessante de aplicação, a correção seria sobre os R$ 1000,00. Outra desvantagem: o título de capitalização não pode ser resgatado antes do prazo determinado na emissão e, quando isso é possível, as penalidades aplicadas geram um bom prejuízo.
Muitas vezes o título de capitalização, é oferecido como uma opção à quem não tem disciplina para guardar dinheiro mensalmente. Na prática isso não é vantajoso pois na maioria das vezes o dinheiro aplicado na capitalização é resgatado com remuneração muito abaixo da inflação. Além disso, existem muitas opções de investimento automático em diversos tipos de investimento – desde poupança, fundos, até títulos públicos federais. Em vez de apostar num título de capitalização é mais interessante programar uma aplicação automática de um valor pré-definido em algum investimento. Aí sim, além de poupar você verá seu dinheiro render.
A bem da verdade, o título de capitalização pode ser boa alternativa de investimento apenas em um caso específico. O papel é aceito como garantia para locação de imóvel, substituindo o seguro fiança, mais caro, e pode ser uma opção a ser avaliada por quem não tem fiador.
Na maior parte dos casos, porém, o título de capitalização não é a escolha certa para quem quer dinheiro.
Quem quer dinheiro? – Título de Capitalização por Alexandre Amorim, gestor de investimentos e sócio da Par Mais – 21.10.2015
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