A década esbanjada|Par Mais Planejamento Financeiro

  • 26/02/2015
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Par Mais Planejamento Financeiro na palestra do economista Paulo Rabello de Castro.

Annalisa Blando Dal Zotto, CFP®, sócia da Par Mais Planejamento Financeiro, participou no dia 24/02/2015 da palestra “A década esbanjada”,  do economista Paulo Rabello de Castro, no primeiro almoço debate de 2015 do LIDE SC. Compartilha agora um resumo a respeito dela.
O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo indica que o brasileiro pagou mais de R$ 310 bilhões em impostos e tributos entre 1º de janeiro e 24 de fevereiro. A cada hora, recolhemos R$ 213 milhões para os cofres da União, dos Estados e dos Municípios. Parece – e é! – muito dinheiro, ainda mais quando levamos em consideração a qualidade dos serviços oferecidos à população pelo Estado em todas as suas esferas.
Mas o problema é ainda mais grave. Afinal, seria de se supor que a equação que inclui tributos em excesso (receita crescente para o Estado) e serviços e investimentos precários (menos despesas, portanto) ao menos garantiria sobras de caixa para ações futuras. Nada disso. O Governo gasta (e mal) muito mais do que arrecada.
Em 2014, gastou-se R$343,9 bilhões (6,70% do PIB) a mais do que se arrecadou(déficit nominal) e somente com o pagamento de juros foram  R$311,4 bilhões (6,07% do PIB)! Para se ter uma ideia de grandeza, a Copa do Mundo custou, segundo o TCU, R$ 25,5 bilhões aos cofres públicos.
Em evento do LIDE, o brilhante economista Paulo Rabello de Castro foi direto ao tratar da realidade brasileira: “quem não está angustiado, está desinformado”. Sua palestra, denominada “Brasil:2011-20 A década esbanjada” mostrou uma realidade dura da atual situação do país. O crescimento da economia deixou muito a desejar nas últimas décadas, punindo toda a população (entre 1995 e 2012 a média de expansão do PIB não superou os 2,8% anuais) e parece que vai piorar ainda mais nos próximos anos: em 2014, estima-se que possa ter ocorrido crescimento negativo (estima-se, pois o IBGE atrasou a divulgação dos dados para final de março tal qual uma grande estatal brasileira – lembra? – fez recentemente). Para 2015, segundo o Focus, a expectativa é nova retração de aproximadamente 0,5%, ou seja, estamos andando para trás.
A realidade é triste, “somos o País do cheque especial”, com o Governo cada vez mais endividado e os problemas se repetindo com irritante frequência: gasta-se mais do que se ganha e quando não conseguem cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, nossa “presidenta” a muda usando de artimanhas e trocando favores, como lhe é típico.
Os problemas são conhecidos e enormes, mas não devem nos desanimar. Paulo Rabello trouxe a dura realidade, mas também a sugestão para que essa década não seja “esbanjada”:

  • Meta clara de contenção das despesas públicas (parece óbvio, não?)
  • Simplificação tributária (o que tornaria mais fácil, clara e menos onerosa a vida de todos)
  • Novas, modernas e justas leis trabalhistas (ainda usamos as leis do tempo do Getúlio Vargas)
  • Desindexação e reforma financeira (no Brasil tudo é indexado pela inflação, desde salários, tarifas de serviços públicos, etc. Como vencer o dragão da inflação assim?)
  • Novos tratados de comércio entre países
  • E a melhor delas: os cidadãos devem unir esforços para cobrar seriedade dos governantes, exigir que o País tenha a gestão eficiente como uma regra. Precisamos lutar pelo nosso País com as armas que temos, as palavras! Precisamos nos mobilizar.

É isso que defende o ilustre economista, cujas palavras soaram como uma música de esperança para meus ouvidos.
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A década esbanjada|Par Mais Planejamento Financeiro por Annalisa Dal Zotto – 26.02.2015

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