Educação financeira: quem não aprende, perde

  • 25/02/2015
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Educação financeira: quem não aprende, perde

Quantas vezes seu filho trouxe da escola uma tarefa que incluía perguntas sobre gastos com a mesada? E quantas vezes ele comentou ter conversado com a professora sobre questões como orçamento doméstico? Se o pequeno não está em uma escola totalmente diversa da maioria, a resposta às duas perguntas provavelmente será “nenhuma vez”. Também é muito provável que vocês mesmo nunca tenham conversado com eles sobre educação financeira, a origem do dinheiro que mantém a casa ou sobre questões como a necessidade de cortar certas despesas para fazer um investimento no brinquedo eletrônico novo.

O Brasileiro não tem a cultura da educação financeira, prática comum em países como os Estados Unidos. Aqui, falar em dinheiro ainda é visto muitas vezes como algo inadequado – quase como uma atitude esnobe ou deselegante. Esse é um equívoco que causa perdas importantes a todos e que precisa ser corrigido. Principalmente porque quem não aprende a organizar e gerir as próprias finanças tende a ser presa fácil.

Uma pesquisa feita em parceria pela Ilumeo e pela RICAM Consultoria, mostrou que 70% dos brasileiros costumam utilizar o cheque especial ou o cartão de crédito sem sequer verificar a taxa de juros cobrada nessas operações. Falta educação financeira? O estudo foi baseado em 1155 entrevistas com brasileiros das classes A, B e C, de 18 a 60 anos, o que mostra que a despreocupação com o próprio bolso – e os prejuízos decorrentes dessa postura – não fazem distinção de classe social ou faixa etária. Atenção: as taxas cobradas de quem financia despesas no cheque especial ou no cartão de crédito são superiores a 150% ao ano e podem chegar a mais de 400%!

O fato é que já passou da hora de nos preocuparmos com esse assunto. Desde o controle da inflação, reflexo direto do lançamento do Plano Real em 1994, o brasileiro pode planejar suas despesas, o que era praticamente impossível em tempos de preços incontroláveis. Já se vão mais de 20 anos e infelizmente ainda não avançamos nessa direção.

A boa notícia é que cada um de nós pode colaborar para a criação dessa nova cultura. Informe-se sobre as melhores práticas de gestão financeira. Converse com seus parentes e amigos sobre o assunto, promova a educação financeira. Cobre do Governo e das escolas uma atuação mais pró-ativa. A economia doméstica – a microfinança – é um componente fundamental para várias conquistas: sonhos financeiros, tranquilidade, segurança e até mesmo a construção de um país melhor, com maior estabilidade e poupança interna.

Revista Clube do Champanhe

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Educação financeira: quem não aprende, perde por Annalisa Blando Dal Zotto – 25.02.2015

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