Muito agito no mês de abril, mas muito poucas mudanças de fato. Na verdade, o agito é justamente para que não aconteçam as mudanças. Sejam as mudanças na política, motivadas pelas denúncias e delações – sejam as mudanças das reformas, tão necessárias para ajustar as contas do governo e garantir um futuro melhor economicamente para o Brasil.
Tivemos muita coisa ao longo do mês. Indiciamento de 98 políticos, incluindo ministros governadores e boa parte do congresso. Falando em congresso, uma boa parte dos que não foram indiciados ainda tem medo de que venham a ser. E o que pode se esperar de um congresso que está entre a cruz e a espada? Certamente não são eles os mais indicados para tomar as decisões com o grau de importância como as que estão sendo propostas.
E tem outro embate cada vez mais explícito. Se antes havia um forte problema entre o legislativo e o judiciário, agora são as próprias esferas do judiciário que estão divergindo entre si. Um manda e o outro desmanda, muitas vezes trazendo à tona brigas de egos. Era só o que nos faltava num momento tão crítico como esse!
O fato é que, se por um lado continuamos sendo comandados por um legislativo com tantas falhas éticas e morais, e dependemos deles para o nosso futuro próximo, por outro, a economia vem sendo tratada com muita seriedade pelo ministério da fazenda e banco central. E isso ainda nos garante votos de credibilidade e confiança por parte dos investidores.
17/05/2017 – O Brasil é um exemplo de “RISCO DE MERCADO”. Entenda o que é?
A inflação está de fato controlada e já encostando no centro da meta (acumulado de 12 meses está em 4,57% ao ano) abrindo espaço para a queda consistente dos juros. Com isso as empresas ganham competitividade e fazem a sua parte para a melhora da economia. Só falta nossos ilustres políticos fazerem a deles.
Mas o agito não foi só por aqui. Lá fora voltamos a ver o fantasma das grandes guerras com os EUA colocando suas mangas de fora, começando com numa retaliação à Síria mas ficando sério mesmo quando a Coréia do Norte entrou no páreo.
Na França a preocupação é política. As eleições levaram para o segundo turno dois candidatos com posições antagônicas. A preocupação é com a candidata Marine Le Pen que tem entre seus pilares de campanha a saída da França da Zona do Euro. Entretanto, apesar de terem votações parecidas no primeiro turno, as pesquisas sinalizam a vitória de seu rival Emanuel Macron.
No mês de maio muita coisa está por vir, passando pelo interrogatório de Lula e fechando o mês com mais uma reunião do Copom, onde se espera mais um corte de 1% na SELIC.
Continuamos com muita cautela, mas já pensando nas oportunidades que os momentos agitados trazem aos investimentos!
Alexandre Amorim, CGA, CFP®.
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