Planejamento financeiro pessoal: três cases de sucesso

  • 13/04/2017
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planejamento financeiro pessoal

É muito comum associar o planejamento financeiro pessoal apenas à análise do orçamento familiar, controle de orçamento, consumir menos, etc. Mas o planejamento financeiro pessoal é muito mais amplo, sendo dividido em seis áreas: diagnóstico financeiro (orçamento familiar), análise e gestão patrimonial, objetivos e independência financeira, gestão de riscos, planejamento tributário e planejamento sucessório.  

Planejamento financeiro pessoal: mais que cortar gastos

Todas as seis áreas do planejamento financeiro pessoal estão conectadas e, dependendo da estratégia para uma área, podem haver impactos diretos em outras, exigindo análises sistêmicas periódicas. Uma recomendação na parte no orçamento pode ter impacto na área de tributos e gestão de riscos, uma recomendação na área de gestão de riscos pode impactar no planejamento sucessório e objetivos. Uma recomendação na área tributária pode impactar nos investimentos e sucessão.

Enfim, são diversas as possibilidades, o que torna o planejamento financeiro pessoal tão rico em detalhes e, muitas vezes, surpreendente para a família, com riscos e revelações até então inimagináveis! Abaixo seguem alguns cases, baseados em situações práticas vividas pela Par Mais, que abordam a interconexão entre as áreas e os resultados gerados aos clientes.

Case 1: casal sem filhos em busca da independência financeira

Como era?

Os clientes estavam preocupados com a independência financeira. Estimavam uma renda mensal de R$ 25 mil e despesas mensais por volta de R$ 12 mil. Tinham como meta a independência financeira a partir dos 65 anos do marido.

O casal morava de aluguel, sendo o marido a única fonte de renda, pois a esposa estava em fase de conclusão de curso. A esposa tinha como objetivo seguir a carreira acadêmica e queria fazer um curso de pós-graduação na Inglaterra.

O casal não tinha seguros e o plano de saúde não era o adequado ao perfil. Seus investimentos financeiros também estavam desalinhados em relação ao momento de vida, pois não havia liquidez e, em caso de necessidade, a família teria que recorrer a empréstimos.

Possuíam muitas contas bancárias, o que, na prática, era difícil gerenciar e volta e meia uma delas ficava negativa por alguns dias.

O que foi feito?

Foi realizada uma análise detalhada do orçamento, sendo constatada uma renda mensal de R$ 22 mil e despesas de R$ 19 mil.  

Neste cenário, o casal atingiria a independência financeira apenas aos 67 anos do marido, sem contemplar nenhum outro objetivo de curto e médio prazo.

Analisando o perfil do casal, foi identificado que os itens de Casa, Vida e Saúde e Transporte não estavam alinhados com os objetivos do casal, sendo proposta uma nova configuração na cesta de consumo.

No mesmo sentido, foi feita uma análise da necessidade de seguro de vida, invalidez e incapacidade temporária, readequando todos esses produtos ao perfil do casal, bem como os investimentos financeiros.

Como o casal morava de aluguel, sugerimos a compra de imóvel próprio, mesmo que financiado, representando significativo corte de despesas no médio e longo prazo, pois eles já tinham estabilidade profissional na cidade e, em especial, pelo alto custo de aluguel pago, que representava 0,50% do valor do imóvel.

Reajustamos as despesas com seguro e identificamos oportunidades de aumento da renda do marido, que no curto prazo foi de R$ 22 mil para R$ 30 mil ao mês.

Por fim, a concentração em apenas duas contas bancárias com respectivos cartões de crédito.

Resultado do planejamento financeiro pessoal

Aumento da capacidade de poupança do casal, formação de patrimônio através da compra de imóvel próprio, que não estava previsto nos objetivos iniciais, e antecipação da independência financeira para os 61 anos do marido, além de enquadramento da necessidade de risco, mantendo a família protegida em caso de alguma eventualidade.

Como haverá renda futura da esposa, que deve ocorrer em quatro anos, o prazo para atingir a independência financeira tende a reduzir ainda mais.

O casal deve economizar R$ 750 mil em 20 anos com a compra do imóvel próprio, mesmo financiado, se comparado ao que pagavam de aluguel.

Case 2: casal com dois filhos consumindo patrimônio

Como era?

O casal buscava a independência financeira, mas não conseguia equilibrar as contas e estava consumindo patrimônio para garantir o padrão de vida que levava.

A família possuía imóveis com problemas no processo de registro e a empresa do marido não estava enquadrada no melhor regime de tributação.

O plano de saúde não compreendia as necessidades da família, enquanto os seguros estavam todos desalinhados e não havia uma estratégia clara de sucessão.

O casal também não tinha uma estratégia efetiva para contribuições do INSS e previdência privada. Os dois não misturavam as contas, o que sempre motivava conflitos. Ela é organizada e ele não tem controle das finanças. Já haviam tentado diversas vezes iniciar um trabalho conjunto de controle das despesas, mas sem sucesso.  O imóvel em que moravam era financiado.

O que foi feito?

Inicialmente foi feito um controle financeiro da família, identificando todos os pontos de despesa que estavam fora do padrão de vida.

Foram estabelecidos ajustes e metas de renda para o casal, além de um orçamento já definido para o ano inteiro.

Com a organização, ambos se sentiram mais confortáveis em compartilhar a administração das finanças e ela ficou encarregada de organizar as informações e controlar os pagamentos das contas, pois tem mais perfil para isso.

Os imóveis tiveram seus processos de registros destravados, com posterior venda. Os seguros foram redimensionados, garantindo cobertura adequada e menor custo à família. Foi elaborada uma estratégia para o INSS, visando a garantir o teto para o recebimento da aposentadoria pública.

Foi identificado que seria possível portar o financiamento do imóvel e diminuir significativamente o custo do financiamento. A taxa de juros caiu de 12,73% ao ano para 10,35% ao ano.

Resultado do planejamento financeiro pessoal

O plano de independência financeira da família poderá ser conquistado aos 65 anos do marido – o que seria inviável antes dos ajustes. A empresa foi enquadrada dentro do regime tributário pertinente e readequação dos investimentos da família, com resultado de rentabilidade 60% superior ao inicial.  

Houve economia de R$ 36 mil somente com juros do financiamento do imóvel.

Ao término do processo de planejamento financeiro pessoal também ocorreu melhoria da relação do casal com o dinheiro e maior diálogo sobre assuntos financeiros, proporcionando um melhor controle de receitas e despesas. Isso fez com que ambos se empenhassem no acompanhamento do plano traçado.

Case 3: casal com dois filhos e patrimônio imobilizado

Como era?

Família com alta renda e patrimônio concentrado em imóveis que não geravam nenhum retorno. Embora o patrimônio fosse considerável, a família estava com dificuldades de rentabilizar o mesmo, além de ter custos de R$ 40 mil ao ano com a manutenção de todos os bens.

A família tinha como principal objetivo atingir a independência financeira aos 60 anos do marido, restando 15 anos até este prazo. Não havia um controle formal das despesas e, em razão de ambos serem profissionais liberais, as rendas não eram garantidas.

O casal não tinha testamento, seguro de vida e o plano de saúde era incompatível com o perfil da família, que tem duas crianças pequenas.

O que foi feito?

Inicialmente foi realizado um estudo detalhado do orçamento da família, formalizando as despesas e conferindo as mesmas com os extratos bancários e de cartão de crédito. Estabelecida a real capacidade de poupança, identificou-se que o casal não conseguiria atingir a independência financeira se a situação permanecesse inalterada.

Os cinco imóveis do casal foram avaliados e, considerando o custo de oportunidade de cada um, foi recomendada a venda de três deles.

Por serem profissionais liberais, calculamos a necessidade de seguro de cada um, visando a manter a qualidade de vida da família caso o pai ou a mãe viessem a faltar. Também identificamos um seguro de saúde com melhor cobertura que o plano de saúde, associado a menor custo.

Resultado do planejamento financeiro pessoal

Vendendo os imóveis e investindo o valor a uma rentabilidade real de 4% ao ano, conseguimos traçar a estratégia de independência financeira do casal, havendo apenas uma necessidade de poupança mensal correspondente a 20% do que a família poupava todo o mês. Antes, seria preciso dobrar a capacidade de poupança para atingir a independência financeira.

Além dessa questão, conseguimos traçar uma estratégia que seria capaz de reduzir a expectativa de independência financeira da família aos 57 anos do marido.

Só a venda dos imóveis e o respectivo investimento resultou na geração de 30% da renda que a família tinha como meta para a independência financeira.

Conclusão: planejamento financeiro pessoal

O planejamento financeiro pessoal, além de ser um processo com objetivo de empoderar financeiramente a família, tem como resultado a melhor gestão do patrimônio familiar, alinhado com os seus objetivos, a mitigação de riscos tributários e financeiros, além da proteção familiar em caso de sucessão, em especial do cônjuge sobrevivente.

O mais importante em um planejamento financeiro pessoal: alinhar todas essas variáveis com o objetivo final de independência financeira, evitando que gastos desenfreados, má gestão do patrimônio, passivos tributários, comprometimento temporário da renda (ou até mesmo vitalício) e falta de estratégias referentes a sucessão estendam o prazo ou, até mesmo, não viabilizem atingir a independência financeira.

Quanto antes se preocupar com seu planejamento financeiro pessoal, maior será a qualidade de vida usufruída pela sua família antes, durante e depois de atingir a independência financeira.

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