NSC Total – Entenda os tipos de empréstimos que você precisa conhecer para sair da dívida

  • 05/11/2020
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Apesar da queda na taxa de desemprego em Santa Catarina de 8,2% em agosto para 7,8% em setembro, o estado contava com 290 mil pessoas desocupadas no mês passado. E 189 mil não procuraram emprego em setembro devido à pandemia ou falta de trabalho na localidade. Essas estão entre as 2,23 milhões que estavam fora da força de trabalho. Os dados são da pesquisa PNAD Covid, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A crise causada pela pandemia do novo coronavírus ainda reflete nos indicadores econômicos catarinenses, ainda que de forma mais amena.

O desemprego e queda na renda das famílias resultam em contas em atraso. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o endividamento atingiu 67,2% das famílias brasileiras em setembro.

Seja pela perda do emprego, emergência ou quitação de dívidas nesse momento de dificuldades financeiras, muitos brasileiros recorrem aos empréstimos para o pagamento das contas pendentes. O montante de todos os empréstimos concedidos pelos bancos ficou em R$3,809 trilhões no mês de setembro, de acordo com o Banco Central do Brasil (BCB). A primeira saída deve ser sempre tentar renegociar a dívida com o estabelecimento, mas isso nem sempre é possível, ou os juros da renegociação são muito elevados.

Tudo na ponta do lápis (ou dentro da planilha) primeiro

Se a alternativa escolhida for fazer um empréstimo, é preciso ficar atento a alguns indicadores na hora de formalizar esse processo, como o prazo de pagamentos, a taxa de juros aplicada e o valor total a ser pago nas parcelas ao mês/ano. Importante também checar o CET, Custo Efetivo Total do empréstimo, antes de fazer a solicitação, assim como as condições de desconto para antecipar parcelas e os juros no caso de atraso. Custos acessórios podem ser cobrados, como taxas de cadastro, seguro ou abertura de crédito. Faça simulações com valores e parcelas diferentes.

A planejadora financeira Annalisa Dal Zotto orienta que, primeiro, é preciso ficar longe das opções de rotativo do cartão de crédito e cheque especial, que possuem as taxas de juros mais elevadas ao consumidor. De acordo com o Banco Central, a taxa de juros do cheque especial em setembro chegou a 114,2% ao ano. Já a taxa média do rotativo do cartão de crédito chegou a 309,9% ao ano.

A planejadora lembra que o empréstimo é uma solução em caso de emergências e não devem ser utilizados para gastos supérfluos. Empréstimos são dívidas, então é necessário ter um objetivo previamente definido.

Empréstimo consignado

Quanto maior o risco de inadimplência – ou não pagamento – do consumidor, maior o juro do empréstimo. Por isso, essa modalidade tende a oferecer taxas mais atraentes por causa da garantia, pois o valor da parcela é descontado do salário ou aposentadoria do cliente. Mesmo assim, é importante comparar as taxas com outras modalidades e checar as possíveis instituições financeiras.

Na hora de fazer o contrato, fica definido qual será o valor mensal e o pagamento é limitado a 30% do salário ou pensão. No entanto, há pouca flexibilidade de negociar o montante acordado nas parcelas em caso de emergência, como um tratamento médico de última hora.

Não são todas as pessoas que podem solicitar um empréstimo consignado. Apenas trabalhadores formais e beneficiários do INSS. Profissional liberal não consegue pegar esse tipo de empréstimo. Ainda, com mudanças de emprego ou demissão, as taxas de juros podem mudar.

Empréstimos para pequenos negócios

Os empréstimos voltados aos pequenos negócios tendem a ser menos burocráticos e com taxas atraentes. Mas ele deve ser direcionado somente para a expansão do negócio, e não para consumo como pessoa física.

Roberto Tavares, coordenador de projetos na área de acesso ao crédito e serviços financeiros do Sebrae de Santa Catarina, explica que existem algumas opções de linhas de crédito para os pequenos negócios e que podem ser encontradas nos bancos comerciais tradicionais, nos bancos de fomento, nas cooperativas de crédito e nas organizações de microcrédito.

As linhas de crédito variam de acordo com o porte e perfil do cliente e dependem da avaliação de crédito de cada instituição financeira. “No levantamento que fizemos, as taxas partem de 0% na linha de crédito especial Juro Zero para o MEI subsidiado pelo governo estadual e operado pelas organizações de microcrédito, e pode chegar até 3,15 % ao mês em algumas linhas de bancos comerciais. O os prazos para pagamento das parcelas variam em média de 07 a 48 meses”, detalha.

A maior procura em função da pandemia é por capital de giro para viabilizar a manutenção dos negócios. Uma parceria entre o Sebrae e a Caixa, anunciada em abril, ampliou a oferta de linhas de crédito para financiamento de capital de giro para Micro e Pequenas Empresas (MPE) e Microempreendedores Individuais (MEI), com garantias complementares concedidas pelo Sebrae por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe). Para o MEI, o valor máximo que pode ser contratado pela Caixa é de R$ 12,5 mil. O financiamento poderá ser pago em 24 meses após o período de carência, que é de nove meses após a liberação do crédito. O Sebrae possui um levantamento sobre as principais linhas voltadas a esse público.

Empréstimo pessoal

É o mais comum, onde o cliente procura a instituição financeira em busca de recursos.

A instituição analisa o perfil do cliente, solicita informações como o salário mensal e define critérios para fornecer o empréstimo, como taxas de juros e prazo de pagamento.No caso de clientes antigos, a instituição pode ter um crédito pré-aprovado.

O empréstimo pessoal pode ser feito rapidamente e não há muitas restrições. Há formas de simular se o que foi oferecido vale mesmo a pena, como a calculadora do Cidadão do Banco Central.

Empréstimo online

Algumas empresas realizam o procedimento apenas de forma digital, alternativa viável para quem não se sente seguro para sair de casa durante a pandemia do novo coronavírus. Sem custo de agências, as tarifas tendem a ser mais baixas. O processo é prático, rápido e não é preciso se deslocar até a instituição financeira. Após o cadastro e fornecimento de alguns dados, o cliente tem uma análise de crédito e pode simular um empréstimo antes de solicitar.

São diversos os sites que oferecem esse produto. Na SantaCred, por exemplo, após aprovação do contrato e documentos, o dinheiro entra na conta em até um dia útil, com todo o detalhamento do valor a ser pago. O procedimento é feito mesmo sem garantias, como carro ou casa. O cadastro é feito em 5 minutos, sem burocracias, com documentação simples (apenas RG). As taxas são a partir de 2% ao mês.

É importante checar primeiro os sites de empréstimos online para conferir se é um serviço seguro, com boa reputação no mercado, e evitar fraudes pela internet. O Serasa possui algumas dicas para não cair em golpes.

Planejamento

Antes de pedir um empréstimo, o consumidor deve fazer um balanço de todos os rendimentos e gastos mensais, se possível em um aplicativo ou planilha, para estimar o impacto dessa nova dívida no planejamento financeiro. Entram gastos fixos, como aluguel, parcela de financiamento do carro, e também os gastos variáveis, como lazer e alimentação. Assim, fica mais fácil verificar se aquela parcela prevista no empréstimo cabe ou não no orçamento e se é o melhor momento para contrair uma dívida.

Confira a matéria na íntegra: https://www.nsctotal.com.br/noticias/entenda-os-tipos-de-emprestimos-que-voce-precisa-conhecer-para-sair-da-divida

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