Os melhores fundos de investimento de 2018

  • 09/01/2019
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Tivemos um ano de 2018 bastante turbulento. Com as eleições dividindo o país, greve dos caminhoneiros, copa do mundo e ainda com uma forte contribuição do mercado global, a tão esperada retomada da economia brasileira foi mais lenta que o previsto, o dólar bateu na máxima cotação do plano real e o desemprego continuou elevado.

Já a inflação, que sempre foi o nosso calcanhar de Aquiles – quem diria – se manteve abaixo da meta (isso apesar do ‘choque com a greve dos caminhoneiros).

Iniciamos 2018 com o Ibovespa no patamar dos 77.891 pontos, PIB do país com uma previsão de crescimento de 2,69% e o dólar cotado a R$3,29. Já em fevereiro a bolsa chegou a bater a sua máxima do ano aos 87.652, com os investidores animados com o desempenho da economia e um forte fluxo de investidores estrangeiros.

O mês de março foi o divisor de águas, alterando o humor dos investidores com as notícias do presidente norte americano anunciando a sobretaxa para o aço e alumínio. Esse anuncio, feito em 8 de março, iniciou um movimento de correção dos títulos americanos, influenciando o mercado mundial.

Se lá fora piorava, em maio a confusa comunicação do Banco Central com relação a Selic trouxe instabilidade para o mercado interno e, o que já estava ficando ruim, se agravou com a greve dos caminhoneiros que acabou parando o país, escancarando uma situação fiscal bastante ruim, causando um pessimismo exacerbado no mercado e culminando em forte crise política. E, para completar o fatídico mês de maio, Pedro Parente pediu demissão da Petrobrás.

Em junho a Guerra Comercial entre China e EUA se intensifica atingindo a economia de países emergentes e da União Europeia. O segundo semestre do ano foi marcado por críticas de Trump a política contracionista do Federal Reserve (Banco Central Americano), tentando conter a elevação gradual de juros por lá, o Brexit voltou a atormentar os mercados, e analistas começam a prever uma recessão global.

Por aqui as eleições dividiram o país, com toda a insegurança com relação a candidatura de Lula. Bolsonaro foi eleito com mais de 55% dos votos válidos, sendo a maior renovação no congresso e no senado desde a redemocratização do país. Com isso, o mercado começou a se animar (mesmo que timidamente) e dezembro prometia ser o mês para fechar o ano com chave de ouro. Mas logo após o Ibovespa atingir sua máxima histórica (logo no dia 03) aos 91.242, o índice acabou sucumbindo ao mau humor externo, fechando o mês em queda.

Terminamos o ano com a Bolsa nos 87.887 pontos, um PIB com a projeção de crescimento de 1,3% e o dólar cotado a R$3,88.

Por fim, foi um ano completamente atípico. A saída dos investidores estrangeiros fez com que o dólar terminasse o ano em forte alta. Por outro lado, a melhoria nas expectativas promoveu a melhora do risco país, representando queda nos juros (e ganhos para os títulos prefixados e indexados à inflação) e a forte alta do Ibovespa – tendo na ponta compradora os investidores domésticos.

Visto esse cenário preparamos uma lista com os melhores fundos de investimentos do ano de 2018.

Os melhores fundos foram selecionados a partir da base de fundos que estão no radar de avaliação da Par Mais.

Foram listados os três fundos com maior retorno em 2018 por classe (renda fixa pós fixada, multimercado e ações), respeitando os seguintes critérios:

  • Fundos com PL – Patrimônio líquido – superior a R$ 50 milhões
  • Fundos não exclusivos
  • Fundos “master” foram desconsiderados, ou seja, fundos que apenas recebem investimentos de outros fundos de investimentos foram deixados de lado
  • Fundos que não são destinados a investidores qualificados
  • Fundos com aplicação mínima inicial menor ou igual a R$ 100.000

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O motivo de realizarmos essas restrições justifica-se pelo fato de que não faz sentido apresentarmos fundos que não são acessíveis ao investidor pessoa física, por isso foram retirados fundos exclusivos, destinados a investidores qualificados ou que possuem aplicação mínima inicial muito elevada, por exemplo.

De forma simplificada, segue um resumo da composição da carteira de cada um desses fundos de investimento:

  • Fundo de ações: deve ter, ao menos, 67% de seu patrimônio aplicado em ações, bônus de subscrição, certificados de depósitos de ações, cotas de fundos de ações e de fundos de índices e BDRs níveis II e III;
  • Fundo multimercado: aqui não há uma regra definida, mesmo porquê o gestor tem liberdade para investir em vários ativos na carteira, como renda fixa, câmbio, ações, derivativos, etc;
  • Fundo de renda fixa: no mínimo 80% da carteira em ativos relacionados à variação da taxa de juros, de índice de preços ou ambos.

Melhores fundos de renda fixa pós-fixada

O primeiro semestre de 2018 foi marcado principalmente pela queda da Selic, o que “achatou” os rendimentos de renda fixa. Esse movimento fez com que as taxas de títulos privados sofressem uma remarcação nos administradores afetando boa parte dos ganhos dos fundos. Porém esse movimento foi compensado pelo fechamento de curva de juros ao longo do segundo semestre, alinhando a expectativa do mercado de Selic estável e inflação abaixo da meta. Portanto os fundos de renda fixa conseguiram se aproveitar desse movimento, gerando bastante volume no mercado secundário de títulos privados e públicos.

Fundo Retorno nominal Retorno % CDI Vol 12M Sharpe 12M Liquidez Aplic. Mínima (R$) Patrimônio (milhões R$)
SPARTA DEBENTURES INCENTIVADAS 9,07% 141,91% 0,5761% 4,5781 D+32 5.000 605.153
AZ QUEST ALTRO FIC FIM CRÉDITO 7,74% 121,04% 0,1885% 6,9381 D+45 10.000 1.269.138
CA INDOSUEZ VITESSE FI RENDA FIXA CRÉDITO 7,56% 118,17% 0,0874% 13,0859 D+31 1.000 3.004.243

Melhores fundos multimercado

O ano de 2018 foi bastante conturbado para esse segmento de fundos de investimentos. A perspectiva de volatilidade no mercado interno por conta das eleições (e outros fatores) levaram muitos gestores a concentrar suas alocações no mercado externo. Entretanto a retirada de estímulos, as expectativas sobre a economia americana (e consequentemente inflação e juros) e as retaliações comerciais dos EUA a diversos países (especialmente China), geraram muita volatilidade também no mundo – prejudicando o desemprenho desses gestores.

Os que se destacaram, aproveitando a volatilidade da bolsa durante o ano, foram os fundos que utilizam a estratégia Long & Short

Fundo Retorno nominal Retorno % CDI Vol 12M Sharpe 12M Liquidez Aplic. Mínima (R$) Patrimônio (milhões R$)
APEX EQUITY HEDGE 16,13% 252,26% 4,1852% 2,3412 D+30 5.000 1.172.835
EXPLORITAS ALPHA AMERICA LATINA FIC FIM 14,98% 234,24% 8,1742% 1,0458 D+13 10.000 356.934
AZ QUEST TOTAL RETURN FIC FIM 12,85% 200,92% 3,7953% 1,7247 D+30 5.000 1.009.923

Melhores fundos de ações

A Ibovespa terminou o ano aos 87.887 e acumulando um alta de 15,03%, destoando das principais bolsas mundiais. O caminho foi bastante sinuoso, com altas e baixas muito contundentes – por mais de uma vez víamos altas e quedas de mais de 20% – e os fundos que se destacaram no ano foram os que conseguiram escolher boas ações, seja pela utilização da análise fundamentalista, como também pela alocação tática, escolhendo bons momentos de compra e venda para os papéis.

Fundo Retorno nominal Excesso de retorno sobre o Ibov Vol 12M Sharpe 12M Liquidez Aplic. Mínima (R$) Patrimônio (milhões R$)
MOAT CAPITAL FIC FIA 30,15% 15,12% 25,7834% 0,927 D+18 20.000 1.001.593
APEX LONG BIASED FIC FIM 27,17% 12,13% 13,0338% 1,6031 D+33 5.000 128.345
AZ QUEST SMALL CAPS FIC FIA 26,45% 11,42% 20,4642% 0,8248 D+33 10.000 767.331

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