Qual a melhor previdência privada para você?

  • 19/12/2018
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São vários os aspectos que devem ser analisados ao escolher a melhor previdência privada. Ficar de olho apenas na rentabilidade ou nas taxas cobradas podem fazer com que outras questões bem relevantes passem despercebidas. Listamos pontos importantes para a escolha da sua previdência privada.

Tipo de previdência

O primeiro ponto que deve ser analisado é o tipo de previdência a ser escolhido. Dentre as previdências privadas abertas, pode-se optar pelos planos do tipo PGBL ou VGBL.

Os PGBLs são mais adequados para quem faz a declaração completa do IR, pois permitem o abatimento da base tributável de IR em até 12% da renda total, cujo reflexo é a diminuição do IR a pagar ou aumento do IR a restituir.

Já os VGBLs são mais indicados para quem faz a declaração simplificada do IR. Com esse tipo de plano não é possível realizar o abatimento do IR anual, no entanto o imposto a pagar no recebimento do benefício é bem menor, pois não incide sobre o total da sua reserva, mas sim sobre a sua valorização.

Outro ponto importante de análise é se a sua empresa ou algum órgão do qual você faz parte (como um sindicato, associação ou órgão de classe) tem à sua disposição uma previdência fechada. Caso a sua empresa ofereça uma previdência privada fechada com paridade de contribuição, esse plano já deve sair na frente na análise, pois a empresa complementará a sua reserva, investindo um valor igual ao da sua contribuição. Já no caso de planos instituídos, a análise deve ser feita de maneira equiparada à de um PGBL.

Regime de tributação

Um ponto muito importante é o tipo de tributação a ser escolhida. Na previdência privada você pode optar pela tributação progressiva ou pela tributação regressiva.

Optando pela tabela progressiva o IR é calculado conforme a tabela abaixo:

Base de cálculo anual (R$) Base de cálculo mensal (R$) Alíquota (%)
Até 22.847,76 Até 1.903,98
De 22.847,77 até 33.919,80 De 1.903,99 até 2.826,65 7,5
De 33.919,81 até 45.012,60 De 2.826,66 até 3.751,05 15
De 45.012,61 até 55.976,16 De 3.751,06 até 4.664,68 22,5
Acima de 55.976,16 Acima de 4.664,68 27,5

A alíquota aumenta conforme a renda anual ou mensal vai aumentando, no entanto, a tabela progressiva possui isenção nas faixas menores e ela é calculada junto com as suas outras rendas, podendo, portanto, ter os mesmos abatimentos que o IR normal.

Já na tabela regressiva, o IR é calculado conforme a tabela abaixo:

Prazo de permanência de cada contribuição Alíquota de IR
Até 2 anos 35%
De 2 a 4 anos 30%
De 4 a 6 anos 25%
De 6 a 8 anos 20%
De 8 a 10 anos 15%
Acima de 10 anos 10%

Optando por essa tabela, o prazo de permanência de cada contribuição no plano é considerado para o cálculo da sua alíquota do IR diminuindo quanto maior for o prazo de permanência das contribuições no plano.

Imagine por exemplo que você decida contribuir mensalmente durante 10 anos para o seu plano de previdência, resgatando o valor total do plano depois desse tempo. Veja que nesse caso, apenas 1 contribuição sua está a mais de 10 anos no plano, portanto a alíquota de 10% incide somente sobre ela. Já nos 2 últimos anos você terá 24 contribuições, cuja incidência será pela alíquota máxima, de 35%. Veja que nesse caso o prazo médio de permanência de cada contribuição será de menos que 10 anos, logo a alíquota estará próxima das faixas mais altas de incidência.

Importante: a tabela regressiva não entra na base de cálculo junto com as suas outras rendas. Sendo assim, eventuais abatimentos de IR não podem incidir sobre o IR calculado pela tabela regressiva.

Cobrança de taxas

Um ponto importantíssimo de análise são as taxas cobradas na sua previdência. A previdência privada geralmente tem a cobrança de taxas de carregamento além da taxa de administração. Analise a regra da taxa de carregamento, pois alguns planos podem zerá-la quanto maior a permanência no plano e outros não. Como regra geral, quanto menor as taxas, melhor para você, por isso é importante comparar com outros planos de característica semelhante.

Rentabilidade

Finalmente, é importante analisar a rentabilidade do plano. Essa análise pode ser feita com o histórico do fundo atrelado ao plano, comparando assim o desempenho de um em relação ao outro. É importante destacar que o histórico do fundo de investimento atrelado ao plano é líquido de taxa de administração, mas não da taxa de carregamento. Isso significa que um plano pode ter uma rentabilidade maior, mas na prática isso não se refletir totalmente na sua reserva devido à taxa de carregamento.

Assim como em qualquer investimento, é importante também entender o risco atrelado à rentabilidade do fundo escolhido. Geralmente existe a opção por fundos mais conservadores, moderados ou agressivos, cada um com uma carteira de investimentos e um risco específico. Analise o mais adequado, lembrando-se que você deve estar confortável com o seu nível de risco.

Conclusão

Existem vários pontos que devem ser analisados ao escolher a melhor previdência privada para você. Uma rentabilidade maior e uma menor cobrança de taxas são importantes, no entanto você também deve ficar atento com o tipo de plano e o regime de tributação que vai escolher. Vendo atentamente o que é o melhor em cada um desses aspectos aumenta a chance da previdência privada escolhida ser a que melhor atende os seus objetivos.


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