Giro Financeiro – DC: carteiras FGC

  • 14/08/2018
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Em tempos bicudos, provocados pela crise política e econômica, instabilidade internacional e eleições, uma opção bacana para investidores conservadores é fazer aplicações em CDBs ou produtos isentos (Ex: LCIs ou LCAs) de bancos menores, no limite da garantia do FGC, o Fundo Garantidor de Crédito. Como se diz no mercado, montar uma carteira de FGC.

Criado em 1995, o FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, e é mantido pelas próprias instituições financeiras, através de contribuições mensais de 0,0125% sobre todo o dinheiro que os seus investidores possuem aplicado. Sua principal função é proteger correntistas e investidores de uma possível quebra do banco onde está o seu dinheiro, até o limite estabelecido. Hoje, esse limite é de R$250 mil por CPF ou CNPJ para cada banco onde se tem uma conta corrente ou um investimento coberto. A cobertura total por CNPF ou CNPJ é de R$1 milhão, que é recomposto a cada quatro anos (para a hipótese de quatro bancos quebrarem nesse período).

Vale ressaltar que quem possui conta corrente conjunta, o FGC limita a garantia dessa conta a R$250 mil e não cobre o excedente. Os produtos financeiros cobertos são os emitidos pelos próprios bancos. Os mais conhecidos são as contas correntes, poupança, CDBs, LCIs e LCAs.

Como o investidor deve buscar obter o máximo de retorno, expondo-se ao menor risco possível, poder contar com a segurança do FGC é uma grande vantagem. Atualmente, existem boas opções nos bancos de segunda linha (bancos de médio e pequeno porte), que oferecem rentabilidades bem superiores aos dos “bancões”.

Para os mais conservadores, convém adquirir títulos de créditos pós-fixados (que tem sua rentabilidade atrelada ao CDI). Temos atualmente CDBs que pagam em torno de 120% do CDI, veja, R$200 mil aplicados a 120% do CDI, em um ano, tornam-se R$214,2 mil e, em cinco anos, R$287,2 mil. Porém, como não existe almoço grátis, geralmente só se pode resgatar no prazo estabelecido, que, às vezes, pode ser bem longo. Esse investimento não é indicado para compor uma carteira de uma reserva de emergência, que necessita de alta liquidez. Mas, para dar uma pimenta na carteira ou para objetivos com prazo definido, é uma boa alternativa.

Um fator muito importante ao se montar uma carteira com produtos cobertos pelo FGC é calcular o valor cheio da aplicação. Ou seja, se o investidor possui R$1 milhão, ele deve pulverizar os produtos em pelo menos cinco bancos e aplicar em torno de R$200 mil em cada, pois, se acontecer de um dos bancos quebrar (ou todos, o que é quase impossível) e o seu investimento estiver perto do vencimento, o FGC só devolve no máximo R$250 mil por banco e por CPF ou CNPJ. Com a Selic em 6,5% ao ano, buscar alternativas para obter melhores retornos, desde que adequadas ao perfil do investidor, pode ser bem conveniente para aumentar a rentabilidade dos investimentos.

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