Giro Financeiro – DC: analfabetos financeiros

  • 29/01/2018
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Na nossa jornada em busca do conhecimento, passamos por vários níveis, desde o Ensino Fundamental até o mestrado e o doutorado. Investimos infinitas horas para nos capacitar profissionalmente e, geralmente, também muito dinheiro. Um estudo realizado a alguns anos atrás pelo Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing, a Classe A brasileira gasta – com Ensino Fundamental, Médio e universidade – R$ 453,6 mil por filho. A Classe B algo por volta de R$ 200 mil e a Classe C, R$ 100 mil. Muito tempo e dinheiro, mas quase todos são filhos e profissionais analfabetos financeiros.

Os analfabetos financeiros têm muita dificuldade em gerenciar suas próprias economias e tomar decisões financeiras de maneira racional e consciente. Essa incapacidade gera consequências graves, como a inadimplência generalizada das famílias, a total incapacidade de gerenciar seus orçamentos domésticos, planejar o futuro financeiro e a aposentadoria. Sem lembrar, é claro, que são vítimas do sistema financeiro. São elas que pagam as maiores taxas e adquirem produtos e investimentos desalinhados aos seus projetos. Consequentemente, perdem muito, mas muito dinheiro por suas escolhas erradas e equivocadas.

Mas essa realidade pode começar a mudar! Em dezembro, a educação financeira passou a ser obrigatória na base curricular do Ensino Fundamental e deverá ser abordada principalmente em matemática e ciências. Vale ressaltar o importante papel do Banco Central na participação nas audiências públicas e na elaboração do documento que balizou o conteúdo de educação financeira para as escolas.

O caminho será longo! Será necessário, principalmente, capacitar os professores, porque até agora nenhum brasileiro teve aulas sobre o tema. As escolas terão liberdade na introdução deste novo assunto, já que a Base Nacional Comum Curricular é somente um documento de caráter normativo.

É muito importante, ainda, o papel da família na introdução da educação financeira na vida dos filhos. As crianças, em especial as pequenas, estão sempre observando os pais e moldam o comportamento com base neles. Por isso bons exemplos são fundamentais. Mostre aos seus filhos que as coisas custam dinheiro. Façam eles entenderem a relação entre trabalho e dinheiro.

A mesada é uma excelente ferramenta para ensinar a gerir o dinheiro e que é preciso planejar-se para adquirir bens e objetos de desejo. É também um excelente exercício para aprender a lidar com a frustração de ter que adiar um consumo imediato e a ter autocontrole.

Por volta dos sete anos, já dá para começar com uma semanada, até chegar na mesada. Estudos comprovam que o entendimento sobre o valor do dinheiro na infância torna adultos mais conscientes e realizados financeiramente. Leve a sério a educação financeira. Torne o assunto dinheiro um tema normal na sua família.

Fonte: Giro Financeiro – DC

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