Quem tem conta em uma instituição financeira não pode esquecer de que o dinheiro não é guardado lá de graça. Os bancos cobram pelas operações realizadas, e nisso não há nada de errado. O problema é quando essa taxa cobre uma gama de serviços nem sempre necessários e se torna pesada no orçamento.
Pela experiência do planejador financeiro Jailon Giacomelli, da empresa Par Mais, a maioria dos brasileiros ficaria surpresa com o que deixa por ano nos bancos, ainda mais quando descobre que não precisa de tudo que foi contratado.
“A maioria não tem ideia de quanto paga pela cesta de serviços oferecida. Quando a gente abre uma conta, assina um monte de papel, e lá no meio está a cesta de tarifas e o que é oferecido no pacote. E nunca mais voltamos a olhar isso e tentar entender o que estamos contratando”, explica o planejador financeiro.
Na semana passada, o especialista atendeu um cliente com esse dilema: pagava R$ 35 por mês por um pacote de serviços e, por fora, mais R$ 63 por seis transferências de valores via DOC. No total, R$ 98 a cada mês ficavam com a instituição financeira. Orientado por Giacomelli, o correntista encontrou, no mesmo banco, um pacote por R$ 60 com DOCs ilimitados. A economia com a mudança será de R$ 38 por mês, o equivalente a R$ 456 por ano.
O engraçado é que quando a gente quer comprar um telefone novo, por exemplo, busca um monte de informação, pesquisa preços em diversas lojas, tudo para economizar uns R$ 300, no máximo. Mas o comportamento é outro em relação aos bancos”, compara o especialista.
O primeiro passo para não perder dinheiro é conferir os extratos dos últimos seis meses. Assim, o cliente poderá ver a média de taxas cobradas — dentro do pacote e por transações a mais. A partir do que realmente usa, deve procurar a agência para buscar opções mais baratas. E, se dentro do mesmo banco não houver boa proposta, a opção pode ser procurar outra instituição e abrir uma conta. No caso da chamada conta-salário — aberta pelo empregador em nome do empregado para efetuar o pagamento de salários —, existe a possibilidade de portabilidade.
Uma ferramenta de comparação oferecida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) é o Sistema de Divulgação de Tarifas (Star). Uma comparação entre os valores de dois pacotes de serviços padronizados pelo Banco Central e oferecidos pelas instituições revelam variação de até 77% no valor do mesmo pacote de serviços.
Confira o comparativo, lembrando que cada instituição oferece pacotes diferenciados, além dos padronizados pelo BC, de acordo com o perfil do cliente:
A ferramenta da Febraban é uma boa forma que começar a buscar as melhores condições, mas o ideal é ir além dos bancões. Os bancos digitais e fintechs vêm se consolidando no país nos últimos anos, oferecendo uma gama cada vez maior de serviços a tarifas frequentemente mais baixas que a dos bancões.
Nesta semana, por exemplo, o Nubank liberou a função débito do seu cartão para mais uma leva de 66 mil clientes. A nova opção tem tarifa de R$ 6,50 para uso nos caixas da rede 24 horas e permite saques direto da NuConta. A função de débito da conta digital foi inaugurada pelo Nubank em dezembro do ano passado após receber a autorização do Banco Central para funcionar como instituição financeira e vem sendo liberada gradualmente para os clientes.
O C6 Bank, banco digital que começou a operar no último dia 31 para seus funcionários e clientes convidados em fase de aperfeiçoamento e chegará ao público em geral no segundo semestre, também tem uma proposta low cost, de saques ilimitados e taxa zero. “
Na busca pela melhor instituição financeira para colocar o seu dinheiro, vale ficar atento também ao que, por lei, não pode ser cobrado de você. Confira:
Para contas correntes
Para contas-poupança
Confira a matéria na íntegra: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/de-olho-nas-tarifas-ja-calculou-quanto-do-seu-dinheiro-fica-com-o-banco-170xui7dg092axfzbjlhbkr3q/
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