Brasileiros que vinham acostumados com uma maré tranquila e previsível para navegar com seus investimentos têm precisado atravessar algumas tempestades nos últimos anos. Depois dos cortes na Taxa Básica de Juros (Selic) para o menor nível da história, a 3,75% ao ano, apertando os ganhos de aplicações como poupança, CDB e Fundos DI, a crise do coronavírus desaguou nos mercados e obrigou investidores da bolsa a buscarem botes de salvação.
— A bolsa vinha em forte alta no Brasil havia mais de três anos e esse cenário encorajou os investidores a migrarem para a renda variável. Mas agora há uma venda em massa de ações, assustando a todos e mostrando os riscos da renda variável — avalia Alexandre Amorim, gestor de investimentos da ParMais.
Conforme levantamento da Economatica, desde o início do ano até o último dia 27, as empresas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) haviam perdido R$ 1,5 trilhão em valor de mercado. A queda do Ibovespa, que agrupa as ações mais negociadas no pregão brasileiro, caiu 36% ao longo de 2020.
Mas analistas dizem que a pior escolha que o investidor pode fazer neste momento é tirar seu dinheiro da bolsa.
— Quem resgatar agora, com a bolsa em baixa, vai efetivamente confirmar a perda do que havia lucrado até o momento. Por outro lado, quem investiu em uma boa empresa, bem administrada, e mantiver a aplicação terá uma oportunidade de recuperar no médio prazo — afirma Carlos Müller, analista-chefe da Geral Asset.
A tese defendida por profissionais do mercado financeiro é que toda crise gera um efeito “mola” na economia, apertando os gastos da população e as vendas das empresas. Quando a crise passa, esta mola solta e os negócios andam com celeridade, trazendo lucro às empresas na bolsa e valorizando suas ações.
— Para quem tiver apetite para risco este pode ser inclusive uma boa oportunidades para comprar mais ações a preços baixos — afirma Daniela Casabona, Sócia-Diretora da FB Wealth.
Analistas recomendam que, neste caso, se busque empresas com situação financeira sólida e pensando sempre no longo prazo, e não para especular por poucos dias — o que poderia ampliar o risco de perder dinheiro. Mas como nem todo mundo se apetece em ver seu dinheiro em montanha-russa e as consequências da pandemia ainda são uma incógnita, as aplicações mais conservadoras continuam sendo uma escolha sábia para proteger as finanças v ainda que sem grandes expectativas de rentabilidade.
O consultor financeiro Adriano Severo, especialista em Renda Fixa e Mercado de Capitais, considera que CDBs de liquidez diária que paguem acima de 100% de DI (que é a referência do Juro Básico) e títulos de Tesouro Selic são a melhor escolha para quem está preocupado em manter uma reserva de emergência.
— São opções que permitem resgate imediato caso o investidor precise do dinheiro e pagam um juro próximo à inflação — afirma Severo.
Embora as dicas de especialistas contemplem a média da população, entender o próprio perfil de investidor, colocar seus objetivos no papel e conhecer melhor as opções de aplicação são etapas essenciais para saber em que investir . Para isso, há rico material na internet e até jogos e quiz disponibilizados por corretoras — inclusive gratuitos.
A Toro Investimentos decidiu liberar gratuitamente o seu curso online de finanças pessoais por tempo indeterminado, em razão do coronavírus. O conteúdo trata de uma etapa anterior ao movimento de investir, em que se equilibra receitas e despesas e se faz sobrar uma quantia para aplicar.
O curso Jogo da Vida é organizado em seis módulos com mais duas aulas de bônus. Os conteúdos tratam de como tirar planos do papel, fazer um bom orçamento familiar, administrar gastos, investir, planejar aposentadoria, entre outros assuntos.
— A crise terá impacto nas finanças pessoais e é preciso se precaver — alerta Gabriel Kallas, CEO da Toro Investimentos.
Confira a matéria na íntegra: https://gauchazh.clicrbs.com.br/economia/dicas-de-economia/noticia/2020/04/como-cuidar-de-seus-investimentos-em-meio-a-crise-do-coronavirus-ck8hrsqrh00mb01o5dgt9aqyc.html
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