"Eu mereço" – a compensação da vida dura com consumo

  • 19/10/2015
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“Eu mereço”

Você sabia que a tomada de decisão na hora da compra acontece muito mais por estímulos cerebrais inconscientes (também conhecido como impulso) do que pelo pensamento racional? Mas por que isto acontece?

Temos duas formas de pensar: uma rápida, intuitiva e emocional e outra mais devagar, lógica, e ponderada. Portanto o lado emocional sempre fala mais rápido e muitas vezes nos leva a decisões que não seriam tomadas se pensássemos um pouco melhor sobre o assunto.

E com as compras é exatamente assim. Elas podem ser impulsionadas por uma necessidade, desejo, ou – infelizmente – por frustações. E quando a compra ocorre por desejo ou frustação, nossas emoções dominam e é nessa hora que utilizamos uma “ótima” justificativa: “Eu mereço”.

Parece que utilizamos esta justificativa para nós mesmos, pois formulamos ela em nossa mente sem que ninguém nos pergunte. Quem já não disse pra si mesmo: “Eu trabalhei muito hoje, eu mereço esse sapato”? Assim, quando chegamos em casa com uma sacola na mão, já estamos com a justificativa na ponta da língua só esperando para sermos confrontados. Mas será que precisaríamos nos justificar se realmente merecêssemos?

Nem sempre essa justificativa está errada. Em muitos casos merecemos mesmo – ainda mais quando trabalhamos muito, valorizamos o que conquistamos e sabemos fazer o uso consciente do dinheiro. Ou seja, temos consciência que merecemos AS VEZES, mas não SEMPRE. Quando utilizamos o “Eu mereço” com frequência é porque estamos tentando amenizar frustações ou anseios internos.

Então precisamos identificar quando que o meu “EU MEREÇO” não é saudável.

Como? Seguem três dicas básicas:

  1. Quando a vontade de comprar passa: se você deixar de comprar algo que queria e essa vontade passar é porque de fato você não queria tanto aquilo e o “Eu mereço” era apenas um argumento de compra. Muitas vezes uma volta a mais pelo shopping ou alguns dias de reflexão (em caso de objetos mais caros) nos dão essa resposta;
  2. Quando o preço do bem não cabe no seu bolso: você sabe que se comprar, ficará apertada até o final do mês ou então, que terá que parcelar em 10 vezes, mas mesmo assim, você compra. Nesse caso um bom exercício é comprar o preço com a quantidade de dias ou horas de trabalho que isso vai lhe custar. Comparando com o esforço você vai verificar se merece mesmo.
  3. Quando você se arrepender do que comprou: você percebe que o que estava tão perfeito na loja, não está mais tão perfeito assim na sua casa e até se pergunta: “Por que eu comprei isso se não ficou bom em mim?”. Nesse caso já é tarde, mas se isso costuma acontecer com frequência, você pode fazer uma ‘lista negra’ de compras que não devem ser feitas de forma impulsiva ou locais que não deve ir quando não estiver legal.

Nessas horas, será que precisamos ir no shopping escolher a nossa recompensa? Será que nossa recompensa não está no nosso dia a dia e nem percebemos? O exercício de cuidar da nossa saúde financeira e consequentemente não perder dinheiro em coisas que não nos trazem satisfação, sem dúvidas, lhe trarão muitas alegrias no futuro!

 

“Eu mereço” – A compensação da vida dura com consumo! por Maria Eduarda Saraiva19.10.2015

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