Conversa com a Gestora: a diversificação de uma tesouraria com a ACE Capital

  • 29/07/2021
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No mercado brasileiro, existem inúmeras gestoras de fundos de investimentos, responsáveis por cuidar de patrimônios – muitas vezes bilionários. Nesse cenário, é trabalho dos especialistas da ParMais selecionar os melhores produtos do mercado para compor a carteira de seus clientes.

Pensando nisso, decidimos apresentar a você as mais renomadas casas de investimento na “Conversa com as Gestoras” no nosso blog. Começando a série de materiais, conversamos com a equipe da ACE Capital, uma gestora recente, mas com sólida experiência no mercado financeiro

Histórico

Se compararmos um banco ao corpo humano, a tesouraria seria o coração, grande responsável pela circulação de ativos da empresa. E, no caso da ACE, boa parte de sua equipe vem justamente dessa área em uma das maiores instituições financeiras do país.

Seu CIO (Chief Investment Officer), Fabricio Taschetto, tem experiência como head trader da Mesa Proprietária do Santander, além de ter atuado nos mercados locais e internacionais de bolsa, juros e moedas, focando em tendências macroeconômicas globais e estratégias de cross market.

“Quando criamos a ACE em 2019, pensamos justamente em não inventar a roda, mas sim, em manter a dinâmica parecida com a de uma tesouraria, onde existem várias mesas, cada uma com sua equipe responsável por analisar as tendências de um mercado específico”, conta Rita Hilst, relações com investidores da gestora.

Rita ainda complementa que a gestora conta com três pilares muito fortes: time entrosado, continuidade e gestão de risco.

Gestão

A ACE possui um portfólio diversificado, sendo que os investimentos são divididos nas seguintes categorias: renda fixa, renda variável, moedas, valor relativo e internacional.

Semestralmente, é discutida a proporção que cada uma dessas categorias ocupa no portfólio dos fundos da gestora.

Além disso, 30% da carteira fica sempre sob a responsabilidade de Fabricio Taschetto, responsável por ajustes discricionários – com certa liberdade na escolha – e por corrigir distorções.

“A performance do fundo, mesmo ele sendo relativamente recente, deu uma amostra muito clara da diferença que a gestão faz. Nesses dois anos conturbados, nos momentos de maior estresse, conseguimos nos recuperar rapidamente”, pontua Rita.

Inclusive, ao analisar o histórico da gestora, percebemos uma queda no mês de fevereiro de 2020 – quando a pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio as bolsas mundiais, acarretando em um derretimento dos mercados em todo o planeta – seguida por uma rápida recuperação nos meses subsequentes.

“Antes da pandemia começar, adotávamos uma visão de que o Brasil teria uma recuperação econômica, contando com uma agenda de reformas, inflação controlada e juros baixos. Como hedge, tínhamos uma posição de dólar contra o real”, afirma a executiva.

Após o carnaval de 2020 – quando as proporções que a crise da Covid-19 teria em todo o mundo ficaram claras e o mercado brasileiro seguiu a tendência global, passando por várias quedas – a ACE optou por adotar uma postura de redução de risco em todas suas estratégias.

“Já no final do mês de março, quando voltamos nossa posição em bolsa brasileira, o foco era completamente diferente, olhando mais para exportadoras, que se valorizam com a alta do dólar, assim como internacionalizamos mais nossa carteira”, conclui.

Cenário atual

Sobre o cenário atual, com clima de retomada econômica e pressão inflacionária mundial, Rita destaca que a gestora está em um portfólio de transição.

“Continuamos comprados em bolsa brasileira e vendidos em dólar, só que com menos intensidade em relação aos últimos meses”, aponta.

“Temos uma visão bem positiva para o Brasil, com a retomada da economia acontecendo e a vacinação andando. Nossa preocupação fica com os ruídos políticos em Brasília e o quanto isso pode afetar o atual cenário de recuperação”, finaliza.

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