Carta do gestor: julho 2021

  • 16/07/2021
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Enfim, a vida voltando ao normal

O ritmo do crescimento mundial continua sendo motivado pela vacinação contra a Covid-19. Os países que mais vacinaram começam a tirar as medidas de restrição e, com isso, as pessoas voltam aos seus hábitos de antigamente – tanto rotinas, como consumo.

A variante Delta tem sido motivo de preocupação. Por conta dela, alguns países (especialmente no oriente e com menor nível de vacinação) voltaram a colocar algumas medidas restritivas. Mas nos países com maior número de vacinados, as altas nos números de contágio não têm tido reflexo na lotação hospitalar.

Portanto, o mundo segue em direção à retomada cíclica da economia. Mais do que isso, todos os estímulos colocados ao longo da pandemia têm se refletido em um uma movimentação poucas vezes vista no mundo corporativo. Fusões, aquisições e muito investimento, que devem motivar um bom ritmo de crescimento do mundo no médio e longo prazo.

Com o crescimento, a preocupação passa a ser a inflação e, com ela, o reflexo nas taxas de juros. Alguns fatores têm deixado os níveis de inflação acima do desejado por um tempo maior do que o previsto. Isso tem gerado alguma preocupação entre os investidores e grande apreensão e expectativa em torno do FED e suas decisões e declarações.

Aqui no Brasil, a vacinação ganhou tração e as expectativas de imunização da população adulta vêm sendo antecipadas. Muito provavelmente, teremos toda a população adulta com pelo menos uma dose aplicada até o fim de agosto.

A atuação do Banco Central também tem sido determinante para o comportamento do mercado. No mês de junho, o Banco Central foi mais contundente e abriu as portas para uma elevação mais rápida da taxa SELIC, caso necessário, para conter o avanço da inflação.

Confira a nossa análise semanal do cenário macroeconômico com foco nos investimentos, por Alexandre Amorim, CGA.

A agenda política também tem andado em bom ritmo. Além da probabilidade maior na aprovação dos temas mais delicados – como as reformas Administrativa e Tributária – muita coisa importante tem sido aprovada, mesmo com pouco alarde. As propostas de privatização dos Correios e da Eletrobrás, a PL dos supersalários e o Marco do Ambiente de Negócios são alguns exemplos.

A Reforma Tributária é um capítulo à parte. A proposta enviada pelo governo foi muito mal recebida, justamente por não entregar o que se propôs – simplificação do arcabouço tributário e não representar aumento de impostos. Mas ao que tudo indica, a proposta deverá ser profundamente modificada antes de ir para votação.

Por outro lado, o embate entre poderes continua de forma intensa. A CPI da Covid tem mirado todas as suas munições no presidente que, por sua vez, tem ficado mais calado que o habitual.

Com tudo isso – ou apesar de tudo isso – as perspectivas para o segundo semestre continuam muito positivas. Deverá ser um semestre marcado pela reabertura de fronteiras, retomada de hábitos e, finalmente, da volta da normalidade depois de um período conturbado e muito mais longo do que todos podiam imaginar.

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