Chegou aquela época em que os bancos e seguradoras começam enormes campanhas publicitárias sobre um produto muito popular, que dizem ser um maravilhoso investimento: o PGBL!

Bancos e seguradoras investem milhões em propaganda e mídia, contratam palestrantes e educadores financeiros renomados e treinam a força de vendas agressivamente. Com o intuito de captar recursos para previdência privada, e chegando no fim de ano exploram o “benefício fiscal” dos planos PGBL.

A grande vantagem oferecida pelos bancos quando o gerente liga para oferecer aquela maravilhosa previdência é o benefício fiscal, mas é preciso ficar atento pois esse benefício não vale para todos! Só terá vantagem tributária pessoas assalariadas de alta renda e que fazem a declaração de IR na modalidade completa. Quem faz o IR na modalidade simplificada, quem não atinge a tabela de pagamento de IR e também quem tem a maior parte de sua renda através da distribuição de lucros (caso dos empresários), NÃO têm o benefício. Na verdade, além de não ter o benefício, se alguém que se enquadre nessa categoria aplicar num PGBL terá um belo prejuízo, pois na hora de resgatar terá a tributação incidindo sobre todo o patrimônio investido (e não apenas sobre a rentabilidade).

Outro ponto que é sempre enfatizado pelos gerentes é que “o investimento não tem come cotas (imposto semestral cobrado nos fundos) e tem tributação de apenas 15%. Primeiro: Previdência não é investimento e NUNCA deve ser utilizada quando existe a possibilidade de resgate no curto prazo. Além disso, quando se opta pela tributação progressiva, o imposto será de 15% no momento do resgate, mas o saldo deverá ser incluído à renda na declaração de Imposto de renda do ano seguinte e a tributação pode chegar a 27,5%. Poucas pessoas lembram de declarar e ainda ficam sujeitas a pagar o imposto com multa para a Receita.

Mas nem tudo são problemas, a previdência privada é um produto que muitas vezes faz sentido, especialmente quando aliado a um bom planejamento financeiro, quando é possível extrair todos os benefícios desse produto sem comprometer o planejamento em função de suas desvantagens inerentes.

Se você quer saber mais detalhes, recomendamos o artigo: Investir em Previdência Privada vale a pena?

Quando o gerente falar que é um investimento de baixo risco, fique alerta. Pois grande parte dos planos rende menos que o CDI e ainda você corre o risco da seguradora/entidade de previdência complementar falir. E nesse caso você não conta com o FGC!

Concluindo, fique de farol aceso para os seguintes pontos: taxa de administrativa, taxa de carregamento, taxa de saída, projeções otimistas e lembre que o benefício fiscal NÃO é isenção fiscal.