Um sono mais tranquilo
09 de Abril de 2021

@melhorestirinhaz

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Olá,

Espero que você e sua família estejam bem.

Por aqui seguimos inventando coisas para compensar um pouco a falta dos abraços das pessoas queridas e da troca de ideias olho no olho, ao mesmo tempo que agradecemos pela saúde nossa e de nossas famílias.

Estamos também na expectativa da vacina (ah, jura?), que nunca esteve tão perto e, ao mesmo tempo, que nem no nosso pior pesadelo demoraria tanto para chegar aos braços dos brasileiros.

Não pretendo usar este espaço para apontar culpados ou trazer algum posicionamento político, mas que está triste de ver o desenrolar da pandemia no Brasil, está.

Para trazer um alento aos nossos corações, vale dar uma olhada no site do Unidos pela vacina, um projeto do Grupo Mulheres do Brasil que tem como propósito vacinar todos os brasileiros até setembro de 2021. É inspirador encontrar pessoas que fazem o melhor delas, ao invés de simplesmente reclamar disso ou daquilo, sentadas e esperando a solução aparecer.

No final da news vou compartilhar também uma música e um podcast que eu tenho ouvido recentemente e tem me feito muito bem.

Simbora!

Nesta edição vou trazer um assunto que vem tirando o sono de muita gente, e o objetivo é clarear um pouco as coisas e tentar devolver um pouco de qualidade para o descanso durante a noite.

Vou abordar novamente (na edição #7 eu falei sobre isso) o tema sucessão. Resumidamente, sucessão é a área do planejamento financeiro que esclarece “o que aconteceria com meus bens caso eu viesse a falecer hoje”.

Além disso, é nesta área que o planejador financeiro, muitas vezes com suporte jurídico de um advogado de direito de família, cria alternativas para este cenário ficar o mais próximo possível do que o proprietário dos bens gostaria.

Parêntesis: não, eu não gostaria de morrer neste momento, obrigado. Mas eu gostaria de saber que as pessoas que dependem de mim para viver, não passariam por dificuldades financeiras se eu morresse

Por que esse assunto agora?

Nos últimos dois meses eu tenho ouvido com mais frequência dos clientes a frase (ou variações dela):

“Estou dormindo mais tranquilo depois da nossa conversa esclarecedora sobre morte e sucessão”.

Com o aumento expressivo do número de mortes provocadas pela pandemia aqui no Brasil, infelizmente muitos de nós perdemos pessoas próximas. Ainda que você não tenha perdido um amigo ou familiar, possivelmente conhece alguém que perdeu e, para piorar as coisas, essa pessoa tinha sua idade e uma condição de saúde / imunidade parecida com a sua.

Aí bate o desespero e a gente começa a pensar “e se fosse eu? como ficariam parceiro(a) e filhos?”.

Sim, eu sei que o assunto é delicado, mas é necessário.

Os itens 1 e 2 abaixo não são uma verdade absoluta, mas meu ponto de vista.

1. O que não fazer nestes casos

  • Ficar sozinho com seus pensamentos, imaginando coisas. Isso possivelmente vai gerar ansiedade e é aí que a bola de neve começa.
  • Discutir o tema com o(a) parceiro(a) em um momento de estresse entre o casal.
  • “Dar um Google” e tomar decisões sobre o seu caso depois de ler qualquer - com o perdão do francês - porcaria disponível na web, que trata um tema tão sério de maneira leviana.
  • Fazer um copy-paste da estratégia do amigo que fez um testamento ou daquele primo que abriu uma empresa administradora de bens (popularmente conhecida como Holding Patrimonial) e colocou seus imóveis lá dentro. Lembre-se: cada caso é um caso.

2. O que eu recomendo fazer

  • Conversar com alguém sobre sua preocupação. Inicialmente não uma conversa técnica (do tipo “como meus bens seriam divididos?”), mas sim sobre identificar o sentimento que bate aí dentro quando o papo é “morte”, para entender o que VOCÊ gostaria. Se você faz terapia, levar isso para a sessão é um excelente primeiro passo.
  • Dividir o assunto com o(a) parceiro(a). Aqui vale uma atenção especial, pois funcionará no caso de seu relacionamento estar passando por um momento tranquilo. Caso as coisas não estejam minimamente bem entre vocês, é melhor esperar um pouco.
  • Buscar fontes confiáveis sobre o assunto. Nesta seção do blog da ParMais você encontrará materiais introdutórios feitos com uma atenção bem especial. E, mesmo sendo suspeito por ter participado da elaboração, o material mais acessível e completo que eu conheço é este manual de planejamento sucessório da ParMais.
  • Procurar ajuda de um profissional que vá colocar os seus interesses em primeiro lugar. Cuidado com consultores, advogados ou prestadores de serviço que ganham dinheiro para elaborar documentos e cenários complexos. Na maioria das vezes menos é mais.

Quanto custa?

Por fim, vou deixar abaixo um resumo dos custos para quem fica (os herdeiros), no caso do falecimento do titular dos bens.

  • Advogados: varia bastante, mas para ter uma ideia, a tabela da OAB de alguns estados sugere 20% sobre o patrimônio.
  • Imposto: o ITCMD é o imposto de transmissão causa mortis e doação. Um imposto estadual que no Brasil vai de 4% (por exemplo, em SP) até 8% (por exemplo, em SC).
  • Litígio: é o nome técnico para “briga entre os herdeiros”. Você já deve ter ouvido histórias do tipo “um imóvel que estava preso no inventário foi leiloado a preço de banana, pois os herdeiros não chegaram a um acordo”. Pois é, esse custo não é possível estimar, mas ele existe. E sem um planejamento bem feito, muitas vezes ele fica bem alto.

Espero que este conteúdo e as indicações de leitura ajudem você a ter mais clareza da sua situação sucessória e a melhorar a qualidade de seu sono.

Depois me conta.

Compartilhando

→ O podcast “Para dar nome às coisas” (@paradarnomeascoisas) da Natália Sousa é daqueles que aquece o coração e nos lembra que “não estamos sós”.

→ Quando estiverem tranquilos, ouçam com atenção e coração aberto a música “Maior”, nesta versão cantada por Dani Black e Milton Nascimento. Já conhece? Ouve de novo, vai!?

→ Semana que vem estarei de férias. Eu sei que essa informação não é construtiva para sua vida, mas eu tô feliz e queria contar isso aqui. Eu e a Bru alugamos uma casa no Rio Tavares, um cantinho de Floripa que a gente ama. A parte desafiadora é que este lugar não aceita cachorros, então a Chica vai ficar nos meus pais (desafiadora para nós, porque eles moram em casa e ela vai amarradona curtir a liberdade e ser mimada por lá).

Era isso.

Fica bem!

Abraço apertado,
Jailon

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