Fundos de Renda Fixa Inflação

Os fundos chamados renda fixa inflação confundem muitos investidores e muitas vezes os induzem a prejuízos. O termo Renda Fixa nos leva a pensar em conservadorismo e estabilidade, o que está muito distante da realidade dos fundos de Inflação.

Os fundos de Inflação investem em ativos que podem ter risco de juros e de índices de preços – normalmente esses fundos aplicam no índice IMA-B, que representa a variação dos títulos públicos conhecidos como NTN-B. Esses fundos costumam ter gestão passiva, ou seja, sua variação depende da variação do índice – com pouca ou nenhuma influência da gestão. E é aí que mora o perigo!

É muito comum as pessoas aplicarem seu dinheiro olhando a rentabilidade passada dos fundos. Quando os juros caem os fundos de renda fixa que acompanham o CDI perdem atratividade e, justamente no mesmo período, os fundos de inflação podem apresentar ótima rentabilidade. O grande problema é que isso acontece em ciclos e, normalmente, quando os investidores aplicam seu dinheiro o ciclo já passou ou está perto do fim. E da mesma forma que rendem bem em alguns períodos, esses fundos podem apresentar variação negativa em outros.

Vimos isso acontecer entre 2012 e 2013 e estamos vendo novamente agora. Pior, estamos observando muitas instituições anunciando a rentabilidade recente desses fundos, como se fosse uma ótima oportunidade de investimento. Rentabilidade passada nunca é garantia de rentabilidade futura, especialmente quando a variação do investimento não dependa de competência do gestor e sim de uma variável do mercado.

Qualquer investimento de risco deve ser pensado como parte de uma carteira que, por sua vez, deve levar em conta objetivos e perfil de risco do investidor. É recomendável que esse tipo de investimento tenha o acompanhamento de um profissional que pode ser um consultor, gestor ou planejador financeiro que trabalhem de forma independente. E não esqueça, corretores e gerentes de banco são vendedores de produtos e não consultores.