Papel
& Caneta
#29

Não quero resgatar
28 de Setembro de 2021

Amenidades Dinheiro Me fez bem

Simbora?

Amenidades
Espaço para aquela parte mais amena (e muito gostosa!) da conversa.

Aqui em casa é proibido jogar comida fora (ponto). Eu juro que não lembro a última vez que isso aconteceu. Como fazemos? Basicamente, só compramos o que vamos realmente consumir e, quando erramos a mão (acontece, óbvio), pensamos em como resolver da melhor forma.

Parêntesis: poderia terminar por aqui, mas vou explorar um pouco o tema.

Exemplo prático:

  • Possível desperdício: semana passada abri o freezer e encontrei uns 6 muffins doces que comprei há 2 meses para testar e acabei não comendo.
  • Saída: separei os muffins em uma sacola e mantive no freezer. Quando o zelador veio trazer uma encomenda que chegou para mim (detalhe: ele não precisaria fazer isso, é uma gentileza) perguntei se ele ou alguém da família dele gostava de bolinhos doces.
  • Resultado: ele agradeceu muito e disse que levaria para a filha. Além de evitar desperdício, foi gentileza gerando gentileza.

É possível fazer isso sempre? Não sei, mas se você mantém isso no radar, o desperdício passa a “doer” e, na próxima vez, você tentará evitá-lo.

Pense nisso para outras coisas: roupas, joias, carros, penduricalhos, “ofertas imperdíveis”…

Percebo que com um olhar atento, em grande parte das decisões, eu consigo reduzir o desperdício do meu dinheiro e, consequentemente, colocá-lo cada vez mais naquilo que realmente importa para mim.

Dinheiro
Espaço para responder perguntas sobre finanças pessoais e investimentos que recebi de leitores aqui da news, clientes, familiares, amigos, conhecidos...

"Quero fazer uma reforma no meu imóvel que vai custar R$150.000,00. Não gostaria de resgatar dos meus investimentos e por isso pensei em pegar dinheiro emprestado para a obra. O que você acha?"

Salvo raríssimas exceções, não faz sentido.

Raríssimas exceções:

  • O saldo total de seus investimentos está próximo de R$150.000,00 e você não pode esperar para começar a obra (tipo assim, o teto tá caindo). Neste caso não recomendo resgatar tudo, pois você ficaria sem reserva de emergência, então é melhor tentar conseguir o dinheiro emprestado;
  • Você consegue dinheiro emprestado a juro zero (aquele “de pai para filho”) e para pagar em suaves prestações que não vão impactar tanto seu orçamento no dia a dia;
  • O rendimento dos seus investimentos é maior que o juro que você pagará no financiamento (essa é praticamente impossível no Brasil).

Fora essas situações, recomendo que você resgate seus investimentos.

Um caminho bem saudável para isso seria usar parte de seus investimentos para a obra e fazer a reposição mensalmente no valor que você pagaria de parcela do empréstimo.

Exemplo prático:
Para pegar R$150.000,00 emprestados a uma taxa (CET - Custo Efetivo Total) de 10% ao ano, para pagar em 5 anos (60 meses), a parcela ficaria em torno de R$3.200,00 por mês. Ou seja, você pagaria 60 x R$3.200,00 = R$192.000,00. Uma diferença de R$42.000,00 em juros.

Parêntesis: atualmente, dependendo do seu perfil, é viável conseguir uma taxa de 10% ao ano se você colocar o imóvel como garantia

Minha sugestão seria você resgatar os R$150.000,00 para fazer a obra e programar 60 aportes mensais de R$3.200,00 na sua carteira de investimentos.

Resultado:
Se você tomasse o dinheiro emprestado, pagaria R$42.000,00 de juros. Fazendo dessa forma, você está pagando para você mesmo(a) R$42.000,00 de juros ao longo de 5 anos.

Teoria e prática
Eu sei que a prática é diferente da teoria e que, para quem não tem disciplina de poupança, há chances de gastar os R$3.200,00 por mês com outras coisas. Porém, há formas de criar uma “poupança forçada” para isso acontecer naturalmente no mês a mês. Por exemplo: uma previdência privada com débito em conta.

Importante: a escolha dessa previdência (PGBL, VGBL, progressiva, regressiva…) deve ser feita com ajuda de profissionais, senão a estratégia toda pode ir por água abaixo.

Usei um exemplo de obra, porque foi a pergunta que um cliente me fez recentemente, mas tente fazer esse exercício para outras coisas que você deseja comprar.

Me fez bem
Espaço para compartilhar com você algum conteúdo que me fez bem.

“Não ficaríamos felizes pelos dias bons, se não existissem os ruins”. A Bru já me falou isso algumas vezes, não sei de onde vem essa frase, mas gosto dela.

Essa semana fiquei “baleado”. Gripe forte. Fiz o teste para garantir e não era Covid.

Mas o que me fez bem não foi a gripe (jura!?). Foi o fato de eu nem me lembrar da última vez que fiquei doente.

Minha imunidade anda boa e percebi que nos últimos 3 anos eu tenho, na maior parte do tempo, conseguido um equilíbrio bom dos principais “pratos” da vida.

Noto como isso é desafiador no dia a dia e que qualquer descuido nos faz balançar para um lado ou outro. Estar sempre no centro é impossível, mas estar atento e perceber o desequilíbrio antes que a gente caia é viável com bastante treino.

Uma provocação: você está quase caindo? Faz sentido sair do automático e tentar entender o que seu corpo precisa?

Cuidar bem da máquina ajuda muito a entregar resultados melhores e mais consistentes (não só no trabalho, mas em todas as esferas da nossa vida).

Cuide bem de você.

Grande abraço,
Jailon

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