Meu custo de vida
13 de Janeiro de 2020

Olá,

Espero que você esteja bem e que tenha passado um bom Natal e virada de ano.

Na edição de hoje começo com as amenidades, depois falo sobre o novo formato da Papel e caneta e aí vem o tema principal desta edição, onde falo sobre custo de vida.

Como de costume, fique à vontade para pular até o tópico que você tiver interesse, ou então deixar esta edição pra lá e esperar a próxima.

Simbora pra 2021!

Cansaço pegou

Em dezembro, o cansaço dos últimos 10 meses loucos que vivemos bateu forte por aqui.

Como eu, minha noiva, minha família e amigos próximos estamos bem e com saúde, me parece que no meu caso, o cansaço está ligado a três coisas:

  • Energia extra colocada para dar suporte aos nossos clientes e ajudar amigos próximos que tiveram a vida financeira bastante afetada neste período;
  • Vontade grande de encontrar amigos pessoalmente e estar próximo das nossas famílias sem nenhuma preocupação, só vivendo o momento juntos como sempre fazíamos (quem me conhece bem, sabe a falta que isso me faz); e
  • A necessidade de pensar em várias coisas que antes não precisávamos, como o uso de máscara, higienizar o que vem da rua, contagem de dias para ver pessoas da família, rotina produtiva de trabalho em casa e por aí vai.

Entendo claramente que é parte do preço a pagar ao decidir manter o isolamento e não estar vivendo a vida normalmente, mas também é claro para mim que é um preço bem menor do que o que muitos estão pagando quando perderam pessoas próximas, foram demitidos ou forçados a fechar seus negócios.

Aqui em casa, além de tirar um tempo para descansar no final do ano, nós encontramos algumas formas de reduzir o impacto na nossa rotina e isso tem funcionado bem: começamos a jogar beach tennis, estamos indo à praia em horários de pouco movimento, com a chegada da Maria Chica, estamos indo mais a parques para deixar ela correr e aumentamos um pouco a frequência com que pedimos comida, assim, parte do tempo de cozinha foi trocado por tempo para leitura e séries.

Parêntesis: sei que você vive recebendo indicação de séries e esse nem é o objetivo aqui, mas estamos vendo “O Gambito da Rainha” na Netflix e curtimos muito. Além disso, a Fox Premium voltou a soltar novos episódios da quinta temporada de “This is Us” (na minha opinião, a melhor série da atualidade).

No mais, seguimos torcendo pelo avanço da liberação da vacina e imunização ndo Brasil. Espero que eu já possa escrever a próxima edição depois do primeiro brasileiro ter sido vacinado, seria uma alegria muito grande.

Novo ano, novidades

Atendendo aos seus pedidos (tô ficando bom no marketing disso aqui), a partir de agora, a Papel e caneta chegará na sua caixa de e-mails a cada 15 dias.

Decidi variar em dois formatos, um como a news que você está lendo hoje, mais completa e com alguma aplicação prática e outro mais enxuto, com curiosidades e casos práticos de pessoas que atendi ou com quem conversei sobre dinheiro.

Ah, e algumas edições continuarão vindo com uma planilhinha de brinde, porque eu também sou filho de Deus, né?

Meu custo de vida

Atendo e converso com muitas pessoas que me garantem ter um custo de vida baixo e, mesmo assim, não conseguem guardar dinheiro.

Jailon, nossa renda é de R$20 mil, temos um custo de vida baixo e ainda assim não sobra R$1 para investir. Já fizemos planilha, usamos aplicativo, mas a conta não fecha. Como eu faço pra saber para onde o dinheiro está indo de verdade?

Recebo questionamentos assim de vários clientes e amigos e uma das explicações que me parece coerente para essa dificuldade em saber para onde vai o dinheiro, está em um viés comportamental chamado “representatividade”. De forma bem rasa, quando estamos sob efeito deste viés, tomamos decisões somente com base em informações que achamos relevantes, mas desconsideramos parte importante da realidade.

Parêntesis: em resumo, viés comportamental é um padrão de comportamento que repetimos sem ter consciência e que, muitas vezes, atrapalha nossa forma de lidar com o dinheiro.

Sim, é confuso. Então vou usar um exemplo prático da Cláudia, que não sabe para onde o dinheiro está indo e quer estimar suas despesas para 2021.

  • Situação 1: Cláudia está fazendo sua estimativa de gastos para 2021 e chegou na linha “presentes”. Pensando rápido, ela escreveu R$200,00 por mês para esta categoria, pois foi o valor dos últimos presentes que comprou.
  • Situação 2: Cláudia e seu planejador financeiro estão fazendo sua estimativa de gastos para 2021 e chegaram na linha “presentes”. O planejador perguntou para Cláudia:
    • Quantas pessoas você presenteia por ano? R.: meu marido, meus pais, 2 filhos, 2 afilhados, 5 amigos próximos, avós maternos e eu mesma.
    • Qual o valor dos presentes? R.: para meu marido, meus filhos e pra mim R$600 por presente, para outras pessoas, R$150 por presente.
    • Você presenteia em que datas? R.: para meu marido e pra mim, aniversário e Natal, para meus filhos, aniversário, Natal e dia das crianças, para as demais pessoas, só no aniversário.

Veja a diferença de estimativa quando pensamos com calma e reduzimos o efeito do viés da representatividade.

Pessoa Valor do presente Qtd de presentes no ano Total por ano Média mês
Casal (aniv. e Natal) R$600 4 R$2.400 R$200
2 filhos (aniv., Natal, dia crianças) R$600 6 R$3.600 R$300
Outros (11 pessoas 1 vez no ano R$150 11 R$1.650 R$138
TOTAL - 21 R$7.650 R$638

Clique aqui para baixar a planilha ou acesse esta versão no Google Drive e estime seus gastos com presentes.

Perceba que o valor que Cláudia realmente gasta com presentes está mais próximo de R$640 por mês e não de R$200 por mês, que havia sido sua estimativa inicial.

Isso gerou uma diferença de R$2.400 para R$7.650 no ano, ou seja, ela vem gastando em torno de R$5.250 no ano a mais com presentes do que imaginava.

Imagine o efeito disso para a estimativa de todas as categorias das contas de casa?

Os clientes que atendi nesses 10 anos gastavam em média 30% a mais do que achavam que gastavam. Em alguns casos, esse percentual chega a 80% (sim, é isso mesmo, 80% a mais).

Depois de 1h30min de reunião com as perguntas certas, entendíamos juntos porque a conta não fechava.

Vou deixar uma provocação

Faça para você mesmo essa pergunta: “Quanto eu gasto por mês?”

Anote a resposta em um papel e depois invista um tempo pensando nas suas contas de casa.

Quanto você gasta com moradia (condomínio, IPTU, energia, serviços e reparos em casa)? Sua conta de mercado, padaria e feira, quanto é? E quanto da sua renda vai para saúde (plano, dentista, consultas etc.), lazer, roupas, viagens, etc.

Quer um pontapé inicial para ajudar na construção? Confira os links abaixo:

Depois que você fizer o seu, compartilhe comigo como foi a experiência. É só responder o e-mail.

Feliz 2021

Vou fechar esta primeira edição do ano desejando que você tenha um 2021 com saúde e paz no coração e que a gente faça um ano com mais momentos de leveza e felicidade do que o contrário.

Abraços,
Jailon

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