Volatilidade: o que é e como impacta os investimentos?

  • 11/09/2020
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A volatilidade é uma medida de risco que mostra quanto um ativo, título ou índice de mercado pode variar em um determinado período de tempo.

Quanto mais o valor de um ativo variar neste tempo determinado, maior o risco de obter lucro ou prejuízo na negociação deste ativo.

Entenda o que é a volatilidade e como ela influencia nos investimentos.

O que é volatilidade?

A volatilidade é um conjunto de observações dos retornos em relação a uma média padrão. Esse conjunto é realizado dentro de uma determinada variável ao longo do tempo. Ou seja, essa variável representará qual a intensidade e a frequência das cotações observadas no seu investimento em um período de análise.

Essa medida está ligada diretamente ao risco e retorno do seu investimento. Isto é, quanto maior a volatilidade, maior o risco e por consequência, maiores serão as possibilidades de ganhos, isso porque, se você está tomando um risco mais elevado, nada mais justo do que você receber um prêmio (rentabilidade) mais elevada também. Nesse sentido, o contrário também é verdadeiro, sendo então, quanto menor a volatilidade, menor o risco do ativo e, portanto, menores os retornos.

Como diria Assaf Neto, economista e doutor em finanças, “o desvio padrão é uma medida estatística destinada a quantificar a incerteza com relação ao comportamento de um ativo. Reflete a variação (ganho ou perda) de um ativo em relação à média… Quando o desvio padrão for determinado de uma série temporal de retornos contínuos, tem-se a volatilidade”.

Volatilidade negativa ou positiva

Importante ressaltar que a volatilidade pode ser positiva – lhe entregando lucro/rentabilidade – ou negativa – impactando sua carteira ou, de forma direta, precificando seu ativo abaixo do valor cotado anteriormente. Dói. Mas é a realidade. Para que uns ganhem, outros têm que perder. Sendo assim, terá dias que seus investimentos poderão estar negativos, literalmente taxados em vermelho, mas, no longo prazo, a expectativa é que tenha muito mais dias positivos, deixando seu saldo final no “azul”.

Quando se fala de investimentos, o binômio risco x retorno é uma grande verdade, ou seja, investimentos menos arriscados são os que irão oferecer retornos mais previsíveis e, consequentemente com menor potencial de ganho. Já investimentos com mais risco, ou seja, que tem uma probabilidade grande de oscilação ao longo do tempo, podem oferecer retornos mais atrativos.

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Tipos de Volatilidade

Existem basicamente três tipos de riscos ou volatilidades que podem interferir em seu investimento. São elas:

  • volatilidade histórica – é basicamente uma análise em relação aos dados de oscilação ocorridos em um período histórico anterior ao momento atual. Afinal de contas, se temos um dado padrão, é porque em algum momento foi analisado a frequência de aparecimento desse dado.
  • volatilidade implícita – é a projeção dos dados passados em relação a um período futuro. Essa volatilidade não é garantida, porém, a expectativa é embasada em análises e informações passadas, e sendo assim, reforça a diretriz da ANBIMA que cita: “rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura”.
  • volatilidade real – muito utilizada nas operações de day trade por realizar a análise do momento presente. Ao acompanhar esse indicador, busca-se retornos a partir da diferença entre compra e venda de ativos, como ações e outras opções. Para esse caso, é imprescindível o acompanhamento, a análise e o controle das informações do ativo, visto que o investidor poderá tomar as decisões de operação com maior clareza e conhecimento, e na maioria das vezes, em um breve espaço de tempo, se aproveitando das oportunidades de mercado.

É possível controlar a volatilidade?

Para aqueles que perguntam como podemos controlar a volatilidade, o caminho está em uma boa diversificação da carteira de investimentos, bons ativos, de diferentes nichos de mercados, uma gestão ativa e o acompanhamento de perto dos investimentos, assim como a adequação da carteira com o seu perfil de risco, momento atual e objetivos futuros.

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Importante ressaltar que é preciso também prestar atenção na correlação dos ativos na construção de estratégias de investimento, para ajudar a diminuir o risco da carteira.

Investir em ativos diferentes que têm um comportamento parecido, como por exemplo, ações do Itaú-Unibanco, Banco Bradesco, Banco do Brasil e Santander, não traz os benefícios de uma carteira descorrelacionada.

Por isso, busque sempre ativos descorrelacionados pois, quanto menor a correlação entre eles, menor será a volatilidade desses investimentos combinados e maior será o retorno composto da sua carteira.

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Tão importante quanto buscar por maiores e melhores rentabilidades é saber qual o nível de risco/volatilidade se enquadra no seu momento atual. Uma carteira bem diversificada e com uma gestão ativa com olhar atento ao mercado, reduz os riscos sistêmicos e pode gerar boas rentabilidades, independente do objetivo.

Outro fator importante é o tempo. Quanto mais arrojado for seu perfil ou carteira de investimento, mais sua visão deve ser de longo prazo. Quanto mais tempo o investidor tiver até que seja necessário usufruir do valor investido, melhor conseguirá lidar com a volatilidade e suportar as oscilações do mercado.

Conclusão

Para aqueles que buscam melhores retornos, a volatilidade é a variável que vai indicar qual as possibilidades, positivas ou negativas, de alcançar os objetivos dentro de um espaço de tempo.

Além de tudo, a volatilidade serve para o complemento da informação, podendo mostrar a trajetória de rentabilidade de um ativo no passado, assim como projetar a rentabilidade no presente e no futuro. Não são resultados 100% certos, mas é provável que eles se aproximem da realidade desejada.

Uma carteira de investimentos pode buscar boas rentabilidades e, ainda assim, manter sua volatilidade sob controle. Para isso, é fundamental que o investidor tenha de forma clara o seu momento atual, seu conhecimento com o investimento, o mercado e a trajetória a ser percorrida, bem como seus objetivos futuros, ficando assim confortável, ou ao menos com maior controle da sua vida financeira.

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