Iniciamos o ano de 2019 na expectativa de o novo governo emplacar as reformar necessárias para que nossa economia volte a crescer. O ano começou acelerado com a bolsa subindo 10,82% (fechou aos 97.393 pontos em 31/01), atingindo a máxima histórica do índice à vista e o dólar caindo 5,75% (fechando em R$3,64) logo no primeiro mês.
Em janeiro ainda tivemos o fatídico rompimento das barragens de Brumadinho. Já em fevereiro, logo no início, tivemos as eleições na câmara e no senado, mostrando a força do novo governo, no qual em uma articulação conseguiram reeleger Rodrigo Maia para a câmara e tiraram Renan Calheiros da disputa para o senado, deixando o caminho livre para Davi Alcolumbre. O mês, apresentou bastante volatilidade nos mercados, visto que o governo optou por não utilizar a reforma da previdência já tramitada de Michel Temer, e apresentou uma nova, com uma economia maior e mais consistente.
Em março foi instalada a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a primeira instância para análise da reforma da previdência proposta pelo governo. Parecia que tudo se encaminhava muito bem, até que no dia 20 foi apresentada a reforma dos militares e as coisas começaram a desandar. A proposta previa uma forte alteração nas regras da previdência, porém, alterava também a carreira dos militares – o que consumiria quase toda a economia com a reforma. Logo em seguida, acontece uma “troca de farpas” entre Rodrigo Maia e Sergio Moro. E no dia seguinte uma operação da Polícia Federal prendeu o ex presidente Michel Temer e uma turma de aliados – entre eles, Moreira Franco, sogro de Rodrigo Maia. O Governo demonstra falta de articulação e o congresso começa a tomar as rédeas da situação. A bolsa nesse mês que subia quase 5% despencou e caiu 0,18% e o dólar bateu próximo dos R$4,00. Parecia que mais uma vez o Brasil iria ficar à deriva.
Veio abril, maio e o mercado apenas acompanhava em stand by os ruídos da reforma. Até que em junho, Rodrigo Maia assumiu o protagonismo, fez a articulação que tanto faltava no governo e a reforma da previdência caminha.
A bolsa fechou o semestre acima dos 100 mil pontos, totalizando 100.967, subindo 14,88% no semestre e o dólar a R$3,85, caindo 1,10%.
Visto esse cenário preparamos uma lista com os melhores fundos de investimentos do 1º semestre de 2019.
Os melhores fundos foram selecionados a partir da base de fundos que estão no radar de avaliação da Par Mais. Foram escolhidos os fundos respeitando os seguintes critérios:
O motivo de realizarmos essas restrições justifica-se pelo fato de que não faz sentido apresentarmos fundos que não são acessíveis ao investidor pessoa física, por isso, foram retirados fundos exclusivos, destinados a investidores qualificados ou que possuem aplicação mínima inicial muito elevada, por exemplo.
Após um esse filtro inicial, listamos os melhores fundos de investimento em termos de risco/retorno, classificando-os pelas seguintes categorias: renda fixa pós fixada; multimercado e ações.
De forma simplificada, segue um resumo da composição da carteira de cada um desses fundos de investimento:
O 1º semestre de 2019 foi marcado pelo enfraquecimento da economia mundial, principalmente ligado a guerra comercial entre EUA e China, que vem afetando diversos países e união europeia, que inclusive vem sofrendo ameaças à imposição de tarifas no setor automotivo. Os indicadores globais que avaliam o ritmo e a confiança no setor manufatureiro (PMI), atingiram níveis de contração e indicam uma perspectiva negativa para o PIB mundial.
Dito isso, vimos os principais bancos centrais de países desenvolvidos mudarem sua comunicação e passaram a sinalizar afrouxamento em suas políticas monetárias. Com esse movimento e o BC brasileiro sinalizando cortes de juros em atrelando à reforma da previdência, vimos como consequência a diminuição dos prêmios de risco da curva de juros brasileiros. Com isso, os fundos que se aproveitaram melhor desse momento foram os que têm uma parte da carteira aplicada em ativos atrelados à inflação.
Fundo | Retorno nominal | Retorno % CDI | Vol 12M | Sharpe 12M | Liquidez | Aplic. Mínima (R$) | Patrimônio (milhões R$) |
---|---|---|---|---|---|---|---|
RB CAPITAL DEBÊNTURES INCENTIVADAS CP | 4,48% | 145,76% | 0,9571% | 4,2983 | D+21 | 1.000 | 316.570 |
ANGÁ PORTFÓLIO FI MULTIMERCADO | 4,25% | 138,17% | 0,3071% | 10,5782 | D+2 | 25.000 | 434.464 |
QUATÁ MULTISETORIAL FIC FIM CP | 4,13% | 134,33%% | 0,2090% | 10,5782 | D+2 | 25.000 | 126.765 |
Nesse semestre, essa classe de fundos conseguiu se beneficiar de diversos fatores atrelados tanto ao ambiente interno quanto externo. Os fundos que mais se beneficiaram foram os que possuíam em carteira ativos vinculados à inflação e bolsa brasil, e ativos atrelados aos juros lá fora.
Fundo | Retorno nominal | Retorno % CDI | Vol 12M | Sharpe 12M | Liquidez | Aplic. Mínima (R$) | Patrimônio (milhões R$) |
---|---|---|---|---|---|---|---|
EXPLORITAS ALPHA AMERICA LATINA FIC FIM | 14,63% | 475,92% | 8,2879% | 2,2435 | D+33 | 10.000 | 1.121.453 |
CANVAS ENDURO II FIC MULTIMERCADO | 9,33% | 303,48% | 5,9166% | 1,7382 | D+30 | 20.000 | 433.940 |
PIMCO INCOME IE FIC FIM | 7,30% | 237,41%% | 1,8381% | 2,1524 | D+13 | 25.000 | 717.200 |
O Ibovespa terminou o semestre acima dos 100 mil pontos (+14,88%), e os gestores fundamentalistas foram os que conseguiram superar melhor o índice Ibovespa.
Fundo | Retorno nominal | Excesso de retorno sobre o Ibov | Vol 12M | Sharpe 12M | Liquidez | Aplic. Mínima (R$) | Patrimônio (milhões R$) |
---|---|---|---|---|---|---|---|
TÁVOLA ABSOLUTO FIM | 20,72% | 5,84% | 14,2270% | 2,7931 | D+32 | 10.000 | 538.006 |
INDIE FIC FIA | 19,21% | 4,33% | 20,1205% | 1,6495 | D+32 | 5.000 | 251.269 |
MOAT CAPITAL FIC FIA | 16,61% | 1,72%% | 24,5433% | 1,618 | D+17 | 20.000 | 1.827.326 |
MANUAIS DA NOSSA GESTÃO DE INVESTIMENTOS
© Todos os direitos reservados.
ParMais – Sua referência em gestão patrimonial
CNPJ: 21.719.643/0001-60