O que é um COE?

  • 03/01/2019
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O que é um COE (Certificado de operações estruturadas)

O Certificado de Operações Estruturadas – COE é um produto relativamente novo no Brasil, tendo sido regulamentado a partir de 2013, mas é algo já bastante popular tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, aonde é chamado de Nota Estruturada ou Structured Note. Ele é um produto de investimento bastante interessante pois conjuga elementos do investimento na renda fixa e na renda variável. Essa característica permite que ele seja um instrumento simples para diversificação dos investimentos e potencialização dos retornos.

O que é um COE?

O COE é, na sua essência, um instrumento de captação de instituições financeiras, sendo, portanto, um ativo de crédito. Apesar disso existe uma diferença bem grande entre um COE e um CDB por exemplo. Enquanto um CDB paga geralmente um percentual do CDI (como 101% do CDI), a rentabilidade do COE está parcialmente atrelada ao rendimento de um derivativo de renda variável. Isso faz dele um instrumento muito mais complexo que outros ativos de crédito bancário, mas também potencializa o seu retorno.

Como funciona um COE?

Ao estruturar um COE, o banco atrela o capital investido a dois tipos de ativo, cada um com características e riscos bastante distintos.

A maior parte do valor investido no COE é direcionada para um ativo de renda fixa, geralmente de emissão do próprio banco. Essa parte da aplicação é o que protege o capital investido, estando sujeito só a risco de crédito.

A outra parte do valor investido, que é de um valor menor, é investida em um derivativo que tenha um alto potencial de valorização. Essa é a parte volátil do produto, que possui risco de mercado e que potencializa o retorno do investimento.

É importante destacar ainda que não existe a cobrança de taxas em um COE, da mesma maneira que um CDB por exemplo também não cobra taxas.

Tipos de COE

Os COEs podem existir na modalidade Capital garantido ou Capital de risco.

  • O COE de Capital garantido existe uma garantia de retorno do valor investido, ou seja, o investidor receberá no mínimo esse valor de volta, mas corre o risco de receber mais.
  • O COE de Capital de risco, existe a possibilidade de perda do valor investido.

A diferença essencial entre eles é a parcela que é investida em renda fixa e a parcela que é investida em derivativos de renda variável. Sendo assim, um COE de capital garantido tem um retorno potencial sempre muito inferior ao de um COE de capital de risco.

Exemplo de um COE

Imagine por exemplo um COE de 2 anos, estruturado para ganhar até 30% ao ano com a queda proporcional do Ibovespa e que, no caso de alta do Ibovespa, devolve o seu dinheiro de volta. O banco vai realizar um cálculo e aplicar boa parte do valor investido no COE em um ativo de crédito de emissão do próprio banco, de modo que ao final dos dois anos, a rentabilidade desse ativo pague o valor investido originalmente. Digamos que essa proporção seja de 90%.

Com os outros 10% o banco comprará derivativos que ganham com a queda do Ibovespa. Mesmo se esses derivativos passarem a não valer nada, o capital aplicado originalmente já está garantido por causa da aplicação no ativo de crédito. Caso haja um ganho de até 30% ao ano, você receberá uma rentabilidade extraordinária no COE. No entanto, assim como os COEs possuem uma limitação de perda, eles também costumam ter uma limitação de ganho, portanto caso o desempenho fosse superior a 30%, o investidor receberia somente até esse percentual.

Vantagens e desvantagens de um COE

Uma das principais vantagens do COE é a oportunidade de ter uma exposição aos retornos da renda variável com um tipo de investimento que possui características da renda fixa.

Aplicando em um COE de capital garantido, por exemplo, o seu dinheiro está protegido, mas você pode aproveitar um movimento específico da renda variável. Essa característica faz do COE um bom instrumento para quem quer começar a investir na renda variável, mas tendo as garantias que se espera na renda fixa.

Já entre as desvantagens do COE podemos citar a sua falta de liquidez.

Por ser uma operação estruturada de maneira bastante específica, não existe mercado para a venda antecipada desse tipo de ativo. Além disso, o COE corre risco de mercado (na parcela do COE que investe em derivativos) e possui também risco de crédito, não sendo garantido pelo FGC.

Como investir em um COE

Para investir em um COE você precisa ter uma conta em uma corretora. Tendo acesso à sua corretora de preferência, pesquise os COEs que ela distribui, assim como as suas características. Por ser um produto relativamente novo, nem todas as corretoras possuem COEs à sua disposição, mas é um produto que está sendo cada vez mais distribuído, logo estão à disposição em boa parte das corretoras independentes.

Conclusão

O COE é um ativo financeiro bastante novo, mas que tem características bastante interessantes. Ele conjuga elementos da renda variável e da renda fixa, ajudando a potencializar o retorno esperado e diminuir os riscos. É sempre muito importante verificar as características do produto, como o banco que está emitindo e as possibilidades de ganhos e perdas, mas esse é um ativo que pode agregar bastante nos seus investimentos e merece atenção.

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