O que é renda fixa

  • 11/10/2016
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Você sabe o que é renda fixa? Investimentos em renda fixa são conhecidos pela boa rentabilidade e pelo baixo risco. Entenda alguns conceitos e diferenças, tome decisões seguras e faça seu dinheiro render mais!

O que é renda fixa?

Aplicações de renda fixa podem ser definidas como investimentos que possuem regras definidas de remuneração no momento da aplicação. Ou seja, ao comprar o título, o investidor já sabe sob quais condições o seu investimento será remunerado, mas a rentabilidade final, por sua vez, não é necessariamente predeterminada.

Na renda fixa, os bancos, as empresas ou o governo captam recursos para financiar seus projetos, através da emissão de CDB’s, debêntures ou títulos públicos, respectivamente. Em troca, o investidor recebe uma remuneração pelo empréstimo do dinheiro.

Os títulos de renda fixa sempre tem prazo predefinido e, ao final do período, o valor é devolvido ao investidor – geralmente através de crédito na conta corrente.

Tipos de Renda Fixa

Apesar do que muitas pessoas pensam, é importante ficar atento, pois a rentabilidade “nem sempre é fixa”. Tendo em vista que os investimentos de renda fixa podem ser classificados como prefixados, pós-fixados e indexados.

Prefixados

Os investimentos prefixados são aqueles cuja rentabilidade é fixada no ato da aplicação e são determinados previamente, como um percentual de ganho (de 12% a.a. por exemplo) ou de um valor de retorno fixo (R$ 10.000 por exemplo).

É considerado um investimento de baixo risco e com pouca incerteza. Além disso, a grande vantagem deste tipo de investimento é que, mesmo em cenários de grande instabilidade, o retorno sobre o investimento não é alterado.

Esse é um tipo de aplicação financeira mais especulativa, pois a rentabilidade será maior ou menor do que os índices de referência do mercado (inflação ou SELIC/CDI, por exemplo) dependendo das condições do mercado. Em geral, é um tipo de investimento que tem melhor rentabilidade para o investidor em períodos de queda da taxa de juros básica da economia (SELIC).

Em momentos de alta da inflação, é importante levar em conta o índice SELIC, já que o ganho real só será conhecido ao descontarmos a taxa de inflação.

Pós-fixados

Nos investimentos de renda fixa pós-fixados o retorno fica atrelado à variação da taxa básica de juros da economia (SELIC ou CDI). Apesar de não saber ao certo qual a rentabilidade ao final do período, é um investimento de baixa volatilidade, pois as variações na taxa de juros SELIC não são frequentes e não costumam ser muito significativas.

Em geral são investimentos conservadores e possuem alta liquidez, ou seja, possuem prazos curtos de resgate. Por isso são muito indicados para a constituição da reserva de segurança.

Indexados

Investimentos com rentabilidade indexada possuem uma parte da rentabilidade prefixada e outra parte relacionada a algum indicador (normalmente a inflação medida pelo IPCA). Normalmente têm prazos de vencimento mais longos que, no caso de títulos públicos, podem chegar a 40 anos.

Os investimentos indexados à inflação têm uma grande vantagem que é oferecer rentabilidade real, ou seja, garantem uma taxa acima da inflação. O ponto que deve ser observado é a volatilidade (oscilação). Especialmente nos títulos com vencimentos longos, a volatilidade pode ser muito grande e existe a possibilidade de perdas caso o investidor precise resgatar seus investimentos antes do prazo.

Em geral são ótimas opções para os objetivos de longo prazo, especialmente para a independência financeira.

Oscilações da Renda Fixa

Os investimentos de renda fixa, prefixados e indexados, podem sofrer oscilações caso sejam vendidos antes do prazo previamente estipulado. Não há garantia de que a venda será realizada com a mesma taxa, e consequentemente o valor do título pode sofrer variações. Como dito, um resgate antecipado pode acarretar perdas ao investidor.

Os investimentos pós-fixados têm, em geral, baixíssima volatilidade.

Riscos da Renda Fixa

São dois os principais riscos da renda fixa:

Volatilidade

O primeiro é a volatilidade, ou seja, a oscilação no valor dos títulos. Como dito, apesar de ter taxas fixadas, os títulos prefixados e indexados podem sofrer fortes oscilações ao longo do prazo do investimento. Esse risco é reduzido quando o investimento é levado até o vencimento do título.

Risco de crédito

O segundo é o risco de crédito, ou seja, o risco de que o emissor não honre com o pagamento dos juros ou do valor principal. Como funciona como um empréstimo a alguém (bancos empresas ou governo), caso o credor venha a ter problemas ele pode não ter condições de pagar suas obrigações.

Como evitar o risco de crédito?

Uma das maneiras de manter-se longe do risco de crédito é optar por investimentos em títulos públicos, já que a chance de o governo não honrar suas dívidas é remota.

A aplicação em CDB’s de grande bancos também é uma boa opção, pois, apesar de a rentabilidade não ser tão boa quanto a de bancos menores, a chance de não receber seu dinheiro de volta é bem menor em relação aos pequenos e médios bancos. Em casos de aplicações de até R$ 250.000, os CDB’s são garantidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) até o limite de R$ 250.000 por CPF e por instituição financeira, o que pode ser uma boa estratégia até para os pequenos bancos, cuja rentabilidade geralmente é maior.

Outra possibilidade é apostar em empresas que apresentem uma boa saúde financeira, ao invés de adquirir investimentos de empresas que estejam enfrentando problemas financeiros, para isso, é necessário estar atento à solidez das contas do emissor e em sua classificação de risco.

Importante: muitas vezes os fundos de investimento tem em suas carteiras de investimento (na composição do fundo) títulos de empresas ou bancos que podem significar risco de crédito. Quanto mais pulverizada for a carteira de um fundo melhor for a qualidade dos títulos que a compõem, menor será o risco.

Qual a melhor opção?

Mostramos o que é renda fixa e explicamos as principais categorias deste tipo de rentabilidade oferecida em diversos produtos financeiros. Antes de optar por um investimento de renda fixa, é importante estar atento aos seus objetivos financeiros, se estes são de curto ou longo prazo e qual risco você está disposto a correr. Além disso, é preciso avaliar a decisão de acordo com o cenário econômico. Entender quais as tendências do mercado, das taxas de juros e aí sim, optar pela opção que lhe seja mais vantajosa e adequada.

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