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Há algumas semanas atendemos uma cliente que vinha cumprindo religiosamente suas metas de orçamento, as quais definimos juntos no início deste ano.
Foi uma longa caminhada de 18 meses até que as receitas e despesas mensais se adequassem e a família passasse a levar um padrão de vida que coubesse no bolso. Mesmo assim, todo o esforço estava valendo a pena. Ela satisfeita, o marido também e os filhos não tinham reclamação alguma em relação às mudanças nos gastos.
Tudo andava conforme o protocolo, até surgir uma grande, fantástica e imperdível oportunidade: trocar o carro (com 3 anos de uso) com o amigo endividado, que lhes ofereceu outro do mesmo modelo, mas com 1 ano de uso e poucos quilômetros rodados. O custo da troca seria R$ 40 mil.
Essa despesa eventual (grupo que inclui também as viagens, reformas na casa, festas promovidas, etc.) não estava prevista no orçamento do ano; por isso, se fechasse o negócio, a família não cumpriria a meta. Mesmo assim estavam dispostos a abrir mão de parte do orçamento de eventuais do ano seguinte para trocar de carro este ano.
Como eles não tinham a real necessidade de fazer a troca naquele momento, nossa sugestão foi que eles analisassem com a razão, e não somente com a emoção, observando o custo x benefício dessa compra da seguinte forma:
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Custo: montamos uma conta rápida para descobrir quantas horas eles teriam que trabalhar para comprar o carro. Chegamos à conclusão de que seriam necessárias 220 horas de trabalho. Ou seja, 5 semanas inteiras acordando cedo, trabalhando e poupando muito para trocar de carro.
Benefício: sugerimos que pedissem ao amigo para lhes emprestar o carro por um final de semana. Eles seguiram a recomendação e, por incrível que pareça, não viram diferença alguma para o carro atual.
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Ou seja, eles trabalhariam 5 longas semanas e fariam um grande esforço de poupança para comprar um item que não era necessário e que na essência não faria diferença na sua qualidade de vida.
Decidiram não trocar de carro, mas manter a meta de poupar os R$ 40 mil e usar parte do dinheiro para uma sonhada viagem em família no ano seguinte e a outra parte para a poupança de aposentadoria.
Como costumamos falar aqui no escritório: “música para meus ouvidos”!
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Qual a importância de um orçamento bem definido? por Jailon Giacomelli – 10.07.2013
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