Hoje em dia – Selic em baixa recorde exige pesquisa e diversificação de investimentos

  • 02/01/2020
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A comerciante Laura Souza Rosa guarda a maior parte de suas economias na caderneta de poupança, mas ela decidiu entrar em 2020 pesquisando mais o mercado financeiro para saber onde melhor aplicar o dinheiro.

“Não sei qual investimento irá me favorecer mais. Preciso entender do assunto. É o que pretendo fazer”, disse a comerciante, que trabalha numa loja de moda e artigos indianos e sonha em ter recursos suficientes para ir à Índia.

A preocupação dela é a mesma de boa parte dos brasileiros, que precisam repensar investimentos após a Selic, a taxa básica que dita a política de juros no Brasil, fechar 2019 com o menor percentual da série histórica: 4,5%.

A Selic em baixa significa que a poupança fica menos atraente, sobretudo, quando a inflação sobe. A título de exemplo, o rendimento anual da caderneta está em torno de 3,1%. Já o IPCA-E dos últimos 12 meses, que é a prévia da inflação (o indicador referente à inflação de 2019 será divulgado nos próximos dias), está em 3,91%.

O novo cenário obriga os investidores interessados em ganhar mais a arriscarem e diversificarem as aplicações.

Alexandre Amorim, planejador financeiro e gestor de investimentos da Par Mais, destaca que a Selic menor reduz o ganho de investimentos em renda fixa, mais conservadores, como poupança, fundos DI, CDBs (Certificados de Depósito Bancários), Tesouro Selic (títulos do governo), LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)”.

“O brasileiro tinha a percepção de que o seu dinheiro aplicado em qualquer investimento de renda fixa ia dar um retorno grande. Essa festa acabou. Hoje você tem de escolher: se você quer liquidez e estabilidade, você vai ter de abrir mão de rentabilidade. Se quer rentabilidade, vai ter de abrir mão de estabilidade”, apontou Amorim.

A também planejadora financeira Virginia Prestes, professora de Finanças da FAAP, avalia que o momento agora é de estudar o mercado financeiro para diversificar os investimentos e entender mais sobre renda variável. “Analisar fundos multimercados, fundos imobiliários (Flls), fundos de ações e ações é importante para os investidores com perfis de moderado a agressivo, que desejam construir um patrimônio sólido e seguro”.

Vale a pena, por exemplo, pegar o dinheiro da poupança e comprar ouro? “O ouro é um ativo cotado mundialmente e em dólar. Oscila de acordo com o humor do mercado. Quando há mal humor, acaba sendo o porto seguro. Os investidores saem de outros investimentos e o compram. Mas se desvaloriza no momento de calmaria, quando há outras oportunidades. Neste momento, não é um bom investimento. Não acredito numa crise muito forte em 2020”.

Quem sabe, então, investir em imóveis? “Comprar imóveis é a mesma coisa de comprar ações: sempre há boas oportunidades, mas você precisa encontrá-las. Mas a minha preferência é pelas ações”, disse Amorim.

Confira a matéria na íntegra: https://www.hojeemdia.com.br/primeiro-plano/selic-em-baixa-recorde-exige-pesquisa-e-diversifica%C3%A7%C3%A3o-de-investimentos-1.764749

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