Giro Financeiro – DC: voto em branco e investimentos

  • 20/08/2018
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Nesta última quinta-feira, dia 16, foi dada a largada para o início da campanha eleitoral. Vamos eleger o próximo presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais. O destino do Brasil estará em jogo e teremos até 7 de outubro para decidir em quem votar.

Fazendo uma analogia entre nossas escolhas eleitorais e nossas escolhas dos produtos ideais para compor uma carteira de investimentos, podemos afirmar que ambos têm a mesma lógica e seguem alguns critérios semelhantes. Para escolher um candidato, pesquisamos e estudamos seus programas de governo, propostas, objetivos e desafios. Também analisamos as “performances” de cada um, dentro de suas respectivas áreas de atuação. Dessa forma, escolhemos os candidatos com quem mais nos identificamos.

Até aqui, o processo é bem parecido com a montagem de uma carteira de investimentos, pois também é necessário, para escolher produtos financeiros, fazer uma profunda análise do comportamento de cada ativo e de seus históricos de rentabilidade. Além disso, para montar uma carteira diversificada, é necessário estudar a composição do melhor conjunto de ativos, que fique equilibrada e alinhada com nossos objetivos financeiros, visando obter o menor risco e o melhor retorno possível.

Em nossas escolhas de investimentos, o que não temos é a possibilidade de “investir em branco” ou simplesmente “anular nossos investimentos”, pois seria como deixar todo o nosso dinheiro guardado embaixo do colchão, perdendo todo o valor ao longo do tempo.

Então, usando essa lógica, por que tanta gente está pregando a opção do voto em branco e nulo? Ao desprezar o momento máximo do exercício da democracia, que é o voto, quem pretende se ausentar está abrindo mão da livre escolha e está “investindo” o seu maior patrimônio, ou seja, sua cidadania, literalmente no lixo.

Nosso voto é o maior ativo da nossa “carteira da liberdade de escolha”. Se até agora muitos acreditam que “investiram errado”, que “perderam dinheiro”, que foram “roubados e enganados”, o melhor a fazer é parar de se queixar, estudar profundamente as plataformas de cada candidato, escolher aqueles com quem mais se identifica e também aqueles que tiveram o melhor desempenho dentro do seu ramo de atividade até o momento. Depois de eleitos, assim como nos investimentos, será necessário acompanhá-los, ver de perto suas performances e cobrar, quando necessário, um ajuste de rumo.

Se dedicamos tempo para nossas escolhas de investimentos, temos que nos dedicar muito mais para nossas escolhas eleitorais. Vivemos na pele nesses últimos tempos os reflexos em nossos investimentos das más escolhas políticas. O risco Brasil pode reduzir ou aumentar nesta eleição, vai depender de nossas escolhas. Então, votar em branco ou anular o voto é literalmente perder a possibilidade de “investir melhor” no nosso amado Brasil.

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