Giro Financeiro – DC: riscos

  • 26/02/2018
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No mercado financeiro existem dois grandes grupos: os “tomadores” e os “doadores” de recursos. Tomadores são todos os que pegam recursos emprestados para se financiar e pagam juros por isso, enquanto doadores são os investidores, que abrem mão do consumo em troca de receber juros ou obter rentabilidade.

Portanto, quando investimos, geralmente estamos “emprestando” nosso dinheiro para alguém que pode ser uma empresa, uma instituição financeira ou para o governo. Investimos em debêntures, CDB, LCI, LCA, fundos de investimentos, ações… E todo e qualquer investimento tem riscos e, geralmente, quanto maior o risco, maior a possibilidade de retorno. Aparentemente é muito simples, mas, na prática, quase todos os dias deparo com pessoas que estão correndo riscos que desconheciam. E o maior exemplo disso é a renda fixa. Como a maioria dos investimentos conservadores é constituída por renda fixa, muita gente acaba pensando que todo tipo de renda fixa tem a característica de baixo risco. E não é bem assim.

Os principais riscos da renda fixa são conhecidos como risco de crédito e risco de mercado. O risco de crédito, bem mais simples de entender, é o risco de default ou risco de calote. Quando investimos, emprestamos dinheiro à bancos (CDB, LCI/LCA, poupança), a empresas (debêntures, CRI/CRA) e ao governo (títulos públicos). E, quando optamos por investir por meio de um fundo, normalmente estamos comprando um pouco de tudo isso. Portanto, ao aplicar nosso dinheiro em renda fixa, corremos o risco de não receber o dinheiro de volta no momento combinado, ou seja, tomar calote.

Já o risco de mercado está vinculado a perder dinheiro ao momento econômico ou político. Os títulos de renda fixa têm sempre um vencimento e uma taxa de rentabilidade contratada. Os prazos de vencimento podem ser os mais diversos, geralmente de dois anos a 20 anos.

Caso o investidor mantenha sua aplicação até a data de vencimento, essa taxa será garantida, porém, caso precise resgatar antes do prazo, estará sujeito ao ‘preço de mercado’. E esse preço dependerá de vários fatores, como variação nas taxas de juros, momento econômico, situação do emissor do título, etc. Muitas vezes, precisar do valor antes do vencimento pode acarretar em grandes prejuízos ao investidor.

Investir exige muita atenção e cuidado. Maiores retornos sempre estão ligados a maiores riscos. O mais adequado é desenvolver uma estratégia diversificada e balanceada, levando sempre em conta os objetivos e prazos dos investimentos. Uma boa carteira de investimentos é uma grande aliada a conquista dos sonhos, mas, como se diz no mercado, “não existe almoço grátis”.

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